Dois médicos americanos desmentem as
alegações da indústria abortista: os tecidos fetais não são para
pesquisas, mas apenas para o lucro
Roma,
22 de Outubro de 2015
(ZENIT.org)
Federico Cenci
Grandes lucros: esta é a única razão por trás do comércio de órgãos
fetais realizado ilegalmente pela organização abortista norte-americana
Planned Parenthood. A tentativa da rede de clínicas de aborto de
justificar-se dizendo que o tráfico macabro servia "para o bem do
progresso científico" e "para curar crianças doentes" desabou como um
gigante com pés de barro depois das denúncias de dois cientistas
norte-americanos: Bill Cassidy, médico, senador pelo Estado da
Louisiana, e David Prentice, professor de genética médica e molecular e
vice-presidente e diretor de pesquisas do Instituto Charlotte Lozier.
Um artigo escrito pelos dois cientistas no Washington Times aponta que os tecidos de bebés abortados não são destinados nem ao transplante para o tratamento de doenças e lesões, nem ao desenvolvimento de vacinas, nem à pesquisa em biologia.
Como prova, Cassidy e Prentice rebobinam a fita da história até a década de 1920. Na Itália e no Reino Unido, registavam-se naquele tempo os primeiros transplantes de tecidos fetais. Uma década mais tarde, a prática também desembarcou nos Estados Unidos para tratar a diabetes. Tentativas que, escrevem os dois cientistas, "falharam".
E falharam também as operações tentadas em 1991 na União Soviética e na China com a mesma finalidade. Das 1.500 pessoas com diabetes submetidas a esses tratamentos, só 2% responderam positivamente.
Hoje nem sequer se tenta mais: o diabetes é mantido mais efetivamente sob controle através dos tratamentos com insulina e medicamentos. Algum sucesso foi alcançado ainda graças a células-tronco adultas, que não implicam envolvimento algum de bebés abortados.
Outra área que demonstra a inconsistência da tese da Planned Parenthood é a das doenças hepáticas. Entre 1960 e 1990, recordam os dois cientistas, houve numerosas tentativas de transplante de fígado fetal e timo, mas os resultados nos pacientes ficaram aquém das expectativas. Novamente, foram obtidos bons resultados a partir de células-tronco adultas, eficazes inclusive quando o paciente ainda está no útero.
Um período mais curto de tempo, 1988-1994, mostra que nem a doença de Parkinson pode ser curada através dos tecidos de bebés abortados. 140 pacientes submetidos a esse tipo de transplante, após um inicial otimismo, sofreram "resultados trágicos", como documentado por um artigo do New York Times em 2001. Os médicos descreveram pacientes se contorcendo com movimentos incontroláveis, a ponto de se falar de "um verdadeiro pesadelo". Por outro lado, uma pesquisa de 2012 mostrou os efeitos benéficos das células estaminais adultas e dos tratamentos homeopáticos sobre o mal de Parkinson.
Quanto às vacinas, Cassidy e Prentice admitem que, nos anos 1940, eram usados tecidos fetais por serem o único tecido humano que, na época, se sabia como cultivar em laboratório. Mas a pesquisa tem progredido ao longo dos anos e hoje é possível produzir vacinas mediante outros tipos de células, mais fiáveis e com técnicas de cultura mais simples, tais como as vacinas contra a poliomielite.
"Nenhum novo tecido fetal é necessário para produzir linhas celulares para essas vacinas, nem hoje, nem no futuro", afirmam autoridades médicas como as dos Centros de Controle de Doenças. Corrobora esse testemunho o fato de que nenhum tecido fetal foi utilizado para a nova vacina contra o vírus do ebola, cuja eficácia foi confirmada em 31 de julho de 2015 na revista Lancet.
"Continuam dizendo em alta voz que o tecido fetal serve para estudar doenças ou para o progresso científico, mas é significativo que essas declarações não citem nenhum resultado específico: só promessas vagas, ainda agarradas a uma ciência antiquada", escrevem Cassidy e Prentice, argumentando também que as células-tronco pluripotentes induzidas (iPS), ou seja, as que são geradas artificialmente, fornecem uma fonte ilimitada de células para a pesquisa e podem ser produzidas a partir do tecido de qualquer ser humano, sem danos para o doador. A descoberta desse tipo de células estaminais é do prof. Shinya Yamanaka, da Universidade de Kyoto, no Japão, e lhe valeu o Prémio Wolf e o Prémio Nobel, ambos de medicina.
À luz desses dados, a Planned Parenthood continua a perder apoio nos EUA. Ohio foi mais um Estado que, nas últimas horas, aprovou uma lei que retira os fundos destinados anteriormente à grande indústria do aborto. É mais um passo em direção ao verdadeiro progresso – e contra a mentira.
Um artigo escrito pelos dois cientistas no Washington Times aponta que os tecidos de bebés abortados não são destinados nem ao transplante para o tratamento de doenças e lesões, nem ao desenvolvimento de vacinas, nem à pesquisa em biologia.
Como prova, Cassidy e Prentice rebobinam a fita da história até a década de 1920. Na Itália e no Reino Unido, registavam-se naquele tempo os primeiros transplantes de tecidos fetais. Uma década mais tarde, a prática também desembarcou nos Estados Unidos para tratar a diabetes. Tentativas que, escrevem os dois cientistas, "falharam".
E falharam também as operações tentadas em 1991 na União Soviética e na China com a mesma finalidade. Das 1.500 pessoas com diabetes submetidas a esses tratamentos, só 2% responderam positivamente.
Hoje nem sequer se tenta mais: o diabetes é mantido mais efetivamente sob controle através dos tratamentos com insulina e medicamentos. Algum sucesso foi alcançado ainda graças a células-tronco adultas, que não implicam envolvimento algum de bebés abortados.
Outra área que demonstra a inconsistência da tese da Planned Parenthood é a das doenças hepáticas. Entre 1960 e 1990, recordam os dois cientistas, houve numerosas tentativas de transplante de fígado fetal e timo, mas os resultados nos pacientes ficaram aquém das expectativas. Novamente, foram obtidos bons resultados a partir de células-tronco adultas, eficazes inclusive quando o paciente ainda está no útero.
Um período mais curto de tempo, 1988-1994, mostra que nem a doença de Parkinson pode ser curada através dos tecidos de bebés abortados. 140 pacientes submetidos a esse tipo de transplante, após um inicial otimismo, sofreram "resultados trágicos", como documentado por um artigo do New York Times em 2001. Os médicos descreveram pacientes se contorcendo com movimentos incontroláveis, a ponto de se falar de "um verdadeiro pesadelo". Por outro lado, uma pesquisa de 2012 mostrou os efeitos benéficos das células estaminais adultas e dos tratamentos homeopáticos sobre o mal de Parkinson.
Quanto às vacinas, Cassidy e Prentice admitem que, nos anos 1940, eram usados tecidos fetais por serem o único tecido humano que, na época, se sabia como cultivar em laboratório. Mas a pesquisa tem progredido ao longo dos anos e hoje é possível produzir vacinas mediante outros tipos de células, mais fiáveis e com técnicas de cultura mais simples, tais como as vacinas contra a poliomielite.
"Nenhum novo tecido fetal é necessário para produzir linhas celulares para essas vacinas, nem hoje, nem no futuro", afirmam autoridades médicas como as dos Centros de Controle de Doenças. Corrobora esse testemunho o fato de que nenhum tecido fetal foi utilizado para a nova vacina contra o vírus do ebola, cuja eficácia foi confirmada em 31 de julho de 2015 na revista Lancet.
"Continuam dizendo em alta voz que o tecido fetal serve para estudar doenças ou para o progresso científico, mas é significativo que essas declarações não citem nenhum resultado específico: só promessas vagas, ainda agarradas a uma ciência antiquada", escrevem Cassidy e Prentice, argumentando também que as células-tronco pluripotentes induzidas (iPS), ou seja, as que são geradas artificialmente, fornecem uma fonte ilimitada de células para a pesquisa e podem ser produzidas a partir do tecido de qualquer ser humano, sem danos para o doador. A descoberta desse tipo de células estaminais é do prof. Shinya Yamanaka, da Universidade de Kyoto, no Japão, e lhe valeu o Prémio Wolf e o Prémio Nobel, ambos de medicina.
À luz desses dados, a Planned Parenthood continua a perder apoio nos EUA. Ohio foi mais um Estado que, nas últimas horas, aprovou uma lei que retira os fundos destinados anteriormente à grande indústria do aborto. É mais um passo em direção ao verdadeiro progresso – e contra a mentira.
(22 de Outubro de 2015) © Innovative Media Inc.
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