Assim escreve um editorial da revista arquidiocesana de Havana, ‘Palabra Nueva’, um mês depois da visita do Papa
Roma,
23 de Outubro de 2015
(ZENIT.org)
"Após a visita do Papa Francisco" se intitula o editorial de
‘Palabra Nueva’, semanário católico da Arquidiocese de Havana que
convida a refletir sobre a situação da ilha em dois níveis: nacional e
internacional.
Retomado pela Agência Fides a revista escreve, em relação ao âmbito
internacional, que “Depois de décadas de conflito frio e quente, Cuba e
Estados Unidos estabeleceram relações e o Papa Francisco interveio em um
momento crucial no processo, deixando o sinal de Pastor. O evento é
muito importante para nós, mas suas consequências vão além das
possibilidades bilaterais, porque o processo de normalização das
relações entre os dois países reforça também a normalização das relações
entre Cuba e o resto do mondo..."
O semanário da arquidiocese reflete ainda sobre as expectativas em
nível local: “Um passo coerente seria reconhecer, uma vez por todas, o
lugar da Igreja na sociedade e a sua tríplice missão: culto, caridade e
profecia. Não apenas reconhecer a Igreja como instituição, mas em todas
as suas componentes, dos leigos aos Bispos, do clero e da vida
consagrada a todos nós, porque todos temos um lugar e um papel na
sociedade. O desejo de um compromisso é alto, mas não se acompanha por
leis e estruturas sociais...”.
O texto do editorial se encerra com o pedido: “Não é justo pretender
que a Igreja pense apenas nas coisas de Deus no templo, deixando-a
isolada da esfera social e aceitar a sua participação social quando é cómodo aos políticos. A perspectiva não deve ser ver o que convém à
Igreja ou o que convém aos políticos, mas o que é mais conveniente,
vantajoso e útil para a sociedade e os cidadãos... um passo necessário
seria certamente eliminar as restrições sobre todas as instituições
religiosas e lhes consentir de desenvolver a própria obra livremente.
Chegou a hora. Se a religião não é mais o ópio dos povos, quem são os
que têm interesse em manter vivo um acordo virtual ou a difundir uma tal
droga artificial?”
(23 de Outubro de 2015) © Innovative Media Inc.
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