O padre Mourad, libertado no dia 11 deste mês, conta a sua experiência junto com outros 250 reféns
Roma,
28 de Outubro de 2015
(ZENIT.org)
O monge e sacerdote siro-católico Jacques Mourad, prior do mosteiro
de Mar Elia, contou em entrevista à emissora cristã Noursat TV - Tele
Lumière a experiência que viveu no cativeiro depois de ser sequestrado
pelos milicianos do Estado Islâmico.
Em 21 de maio deste ano, um grupo de homens armados o raptou,
juntamente com um ajudante, na periferia de Qaryatayn, cidade de
população cristã e sunita que, dois meses antes, tinha caído em mãos dos
extremistas islâmicos. O padre fazia parte da comunidade fundada pelo
sacerdote jesuíta romano Paolo Dall'Oglio, desaparecido no norte da
Síria em 29 de julho de 2013, quando estava em Raqqa.
“Quando estava sendo deportado, com as mãos amarradas e os olhos
vendados, surpreendi a mim mesmo repetindo-me: ‘Caminho para a
liberdade’. O cativeiro, para mim, foi como um novo nascimento”, afirmou
o padre Jacques, relatando, entre outras coisas, que celebrava a missa
num dormitório subterrâneo onde tinham sido encarcerados previamente
mais de 250 cristãos de Qaryatayn, também sequestrados pelos jihadistas.
“Os cristãos eram interpelados com frequência sobre a sua fé e a sua
doutrina cristã, mas não se converteram ao islão, apesar das pressões.
Permaneceram fiéis à oração do rosário. Esta experiência de provação
fortaleceu a fé de todos, inclusive a mi fé como sacerdote. É como se eu
tivesse nascido de novo”.
(28 de Outubro de 2015) © Innovative Media Inc.
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