Pelo seu testemunho de fé e evangelização ficou conhecido como “Padre portador da Paz”
Horizonte,
27 de Outubro de 2015
(ZENIT.org)
Fabiano Farias de Medeiros
Os relatos sobre a vida de Frumêncio datam do século IV. A Tradição
nos apresenta poucos dados históricos sobre o santo, narrando que o
mesmo tinha um irmão chamado Edésio. Nasceram em Liro na Fenícia e ainda
crianças, acompanharam o seu tio Metropius, um filósofo que empreendeu
uma viagem para a Abissínia. Ao cruzar o Mar Vermelho, a embarcação
aportou no Porto de Adulis e neste momento foram atacados por bárbaros
etíopes que massacraram toda a tripulação, sobrevivendo somente os dois
irmãos que haviam se ausentado do local.
Os jovens Prumêncio e Edésio foram levados então para estarem a
serviço do Rei de Axum em Trigay. Ao serem apresentados, o Rei ficou
admirado com a postura e sabedoria dos dois jovens e colocou Edésio para
ser copeiro e Frumêncio para ser seu secretário. Ao aproximar-se do
momento de sua morte, o rei devolveu-lhes a liberdade, mas a Rainha os
pediu que ficassem para ajudar na educação de seu filho, o príncipe
Erazanes e na administração do palácio. Frumêncio ficou com a
administração e conseguiu junto à Rainha a permissão para praticar a
religião católica e tornou-se um modelo de fé para os descrentes do
reino. Ao cumprir seu tempo no palácio, mesmo a pedido da realeza, os
dois irmãos decidiram seguir seus caminhos: Edésio voltou para Tiro e
Frumêncio, ávido em evangelizar os etíopes partiu para Alexandria para
pedir ao Bispo Atanásio que enviasse uma missão para lá com um bispo e
alguns sacerdotes.
Atanásio considerou que Frumêncio estava preparado para esta missão e
no ano 328 o consagrou bispo. Frumêncio retornou para Abissínia e
ergueu sua sede episcopal em Axum. Empreendeu forte evangelização
através da pregação da Palavra, batizou o rei Erazanes e muitos outros
do palácio, assim como converteu a muitos. Sua postura levantou
divisões, principalmente por parte do imperador Constâncio, mas foi em
vão.
Frumêncio evangelizou até meados do ano 380. Após sua morte ficou
conhecido como “Padre portador da Paz”. A Igreja o celebra no dia 27 de
outubro.
(27 de Outubro de 2015) © Innovative Media Inc.
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