Páginas

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Família: Preparação para o Matrimónio é prioridade depois do Sínodo

Foto: Ricardo Perna
Responsável pelo setor na Conferência Episcopal Portuguesa traz preocupação por criar «novos caminhos»

Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano, com Ricardo Perna, da ‘Família Cristã’

Cidade do Vaticano, 26 out 2015 (Ecclesia) - O presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF), D. Antonino Dias, escolhe a preparação “mais insistente e permanente” para o Matrimónio como uma das prioridades depois do Sínodo dos Bispos que decorreu no Vaticano.

“É uma área onde precisamos de investir muito, porque muita gente se aproxima do sacramento sem fazer ideia do que isso é. Não podemos supor, temos de formar”, disse o bispo de Portalegre-Castelo Branco, em declarações à Agência ECCLESIA e Família Cristã.

Depois de ter participado nas três semanas de trabalho da assembleia sinodal sobre a vocação e a missão da família, o prelado sustenta que os debates “não foram para ganhar ou perder”, mas para procurar “caminhos de pastoral”.

“Não é tanto na doutrina, mas como levar a doutrina à prática”, precisa.

A este respeito, o presidente da CELF, organismo do episcopado católico português, sublinha a importância de acompanhar quem faz a opção de casar e “reestruturar a preparação para o Matrimónio.

“Esse é o grande desafio. As pessoas não podem aproximar-se para celebrar um sacramento se saberem o que ele implica, sem essa consciência. E não só o sacramento, mas saber que têm de fazer da família uma comunidade de vida e de amor”, assinala.

O bispo de Portalegre-Castelo Branco defende que o mais importante é que “as pessoas sejam felizes” e, assim, entendam que a indissolubilidade matrimonial “não é um jugo, é um dom”.

O responsável admite que nem sempre tem sido possível fazer uma preparação “remota” para o Matrimónio, pelo que muitos noivos chegam à Igreja sem saber o que vão fazer.

“Tem de haver aí uma pedagogia muito importante”, reforça.

“É importante que aqueles que se preparam para o matrimónio se insiram nas suas comunidades com alegria, com responsabilidade”, acrescenta o prelado.

Segundo o presidente da CELF, a família “tem de assumir a sua quota-parte de colaboração” na evangelização, a começar por casa, “abrindo-se à comunidade e prestando um contributo muito importante, experiencial”.

“Isso pode ajudar muito os casais novos a valorizar o que é importante no sacramento do Matrimónio e na própria família, acrescentou.

Falando dos leigos como um “gigante adormecido” na ação da Igreja Católica, D. Antonino Dias deixa votos de que depois deste Sínodo todos se comprometam em “fazer da comunidade paroquial uma família mais alargada, uma família de famílias”.

RP/OC

in


Sem comentários:

Enviar um comentário