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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Raad Salam, católico do Iraque, explicará num acto público porque ali perseguem os cristãos

Actualizado 27 de Outubro de 2014

ReL 

Raad Salam sofreu nas suas próprias
carnes o auge islamita.
Na próxima quarta-feira 29 de Outubro, às 20:00 horas, a Fundação Terra Santa convoca a primeira conferência do curso 2014-15, que terá lugar na paróquia de Santa Maria do Monte Carmelo (Padres Carmelitas), sita na madrilena rua Ayala, 35. Pronunciá-la-á Raad Salam Naaman debaixo do título: Que significa ser cristão no mundo árabe muçulmano? A minha experiência pessoal.

Raad Salam Naaman nasceu no seio de uma família católica de rito caldeu em Nínive, de maioria sunita, actualmente debaixo do poder do Estado Islâmico, e cresceu em Basora, de maioria chiita, também ameaçada por este grupo terrorista. Fazendo o serviço militar, viveu muito de perto a guerra Irão-Iraque e a guerra do Golfo, sendo detido em várias ocasiões pelas suas ideias pacifistas em torno de ambos os conflitos e contra o radicalismo islâmico. Conseguiu salvar-se e escapar e refugiou-se em Espanha, onde obteve primeiro asilo político e depois a nacionalidade espanhola. É doutor em filologia Árabe e Estudos Islâmicos e licenciado em Ciências Económicas, e escreveu, entre outros livros, dois sobre o islão: Que é o islão? e Wa islamah! Tudo sobre o islão.

Em numerosas ocasiões Raad Salam tinha expressado o seu temor pelo que via vir no Iraque: “Com tudo o que vivi e vi no meu país natal, sofro muito quando penso no passado. Com o aumento do radicalismo e do fanatismo islâmico na actualidade, tenho medo quando penso no futuro”, assinalava.

Desse passado como explicação e do futuro imediato falará na sua conferência, com a qual a Fundação Terra Santa quer chamar a atenção sobre o drama que vivem os católicos de rito oriental nos países onde hasta há uns anos conviviam em paz com a maioria muçulmana.

Os cristãos dessas comunidades reclamam dos cristãos que vivem em liberdade que os apoiem com a oração e dando a conhecer a sua tragédia. Raad Salam, que a viveu na própria carne, tem muito que trazer a esse respeito.


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