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terça-feira, 1 de julho de 2014

O primo do Papa Francisco encontrou-o maravilhosamente em forma

Entrevista com Jorge Bergoglio. Veio a Roma e pôde encontrá-lo e cumprimentá-lo.


Roma, 30 de Junho de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora


Jorge Bergoglio, não o Papa, mas seu primo que mora na cidade argentina de Córdoba, veio a Roma com dois dos seus três filhos e pôde cumprimentar Francisco na audiência da última quarta-feira, 25. Na quinta-feira, 26, esteve na missa em St. Marta e tomou café da manhã com o Santo Padre. Encontrou-o em forma “maravilhosa”. Nunca pensou que o seu primo Jorge Mario poderia ser Papa. "Quando descobri saí correndo pelo jardim de casa, como se tivesse tido um ataque de loucura", conta a ZENIT.

Neste sábado, 28, no município de Sántena, no norte da Itália, a 21 Km da cidade de Turim, deram-lhe uma pequena, mas sentida acolhida, encabeçada pelo prefeito e com as fotos rituais. Depois houve um jantar dos Bergoglio e familiares que ficaram deste lado do Atlântico, umas cem pessoas. E diz que agora é uma honra, mas também uma responsabilidade para todos os membros da família, ter um Bergoglio que é Papa.

ZENIT: Sr. Jorge, o que está acontecendo em Sántena?
- Jorge Bergoglio: No município de Sántena me receberam em uma cerimónia breve, mas sentida, com o prefeito, recordando a memória dos nossos países e com as fotos típicas.

ZENIT: Quantos são os Bergoglio?
- Jorge Bergoglio: Hoje à noite teremos um jantar com umas cem pessoas. Na Argentina, em Setembro do ano passado, organizamos uma festa e éramos 390 e o censo dos Bergoglio nos indica que somos um pouco mais de mil.

ZENIT: Como foi o seu encontro no Vaticano com o Papa, o seu primo?
- Jorge Bergoglio: Em primeiro lugar na audiência geral estávamos em um lugar privilegiado onde se realiza o chamado “beija mãos”, depois estivemos na missa em Santa Marta. Ali éramos um pequeno grupo de pessoas, umas cinquenta. Depois da missa conversamos com ele e entregamos uns presentes e coisas que a sua família de Córdoba enviava, e depois tomamos café da manhã em Santa Marta mesmo.

ZENIT: Há alguns anos que vocês não se viam? O que foi que Francisco lhes disse?
- Jorge Bergoglio: Disse-me, 'Fico muito feliz. Você está óptimo’, e nos perguntou sobre nós e sobre a família. Estava feliz, muito feliz. Vemos que precisa um pouco de espiritualidade familiar também.

ZENIT: Vocês pensavam que ele poderia ser eleito Papa?
- Jorge Bergoglio: Não. Foi uma grande surpresa. Quando me disseram saí correndo pelo jardim da casa. Parecia que tinha tido um ataque de loucura, não? E depois veio uma espécie de responsabilidade para toda a nossa família, que somos tão numerosos, um compromisso maior com a vida individual e pública de cada um.

ZENIT: Quando crianças brincavam juntos?
- Jorge Bergoglio: Não. Eu o conheci já maior, quando veio como superior dos jesuítas à cidade de Córdoba e então todos os primos tivemos um reunião como ele, almoçamos juntos. Estivemos também na audiência em Buenos Aires, sempre em contacto, comunicando-nos. Era sempre muito simpático e muito profundo.

ZENIT: Como o encontrou agora?
- Jorge Bergoglio: Maravilhoso, um homem que irradia felicidade, simpatia, espiritualidade, simplesmente fantástico.

ZENIT: Percebe alguma diferença com o Bergoglio que você conheceu?
- Jorge Bergoglio: Houve uma transformação extraordinária. Sua mensagem não mudou, é o mesmo de sempre, porém, ele se deu conta de que tem uma grandíssima influência e que pode fazer muitas coisas, porque ele é o maior líder espiritual do mundo. Dois dos meus filhos estamos aqui muito entusiasmados por ter tido a oportunidade de estar com ele. (Trad.T.S.)

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