Uma lei aprovada pelo governador Brown substitui os dois termos nos documentos oficiais com o neutro cônjuge. As associações familiares denunciam mais esta tentativa de destruir a instituição familiar
Roma, 14 de Julho de 2014 (Zenit.org) Federico Cenci
A intenção de demolir a instituição familiar passa pela
transformação do vocabulário. Enquanto na Itália a substituição das
palavras "mãe" e "pai" com os mais anónimos “pai 1” e “pai 2” está
lentamente sendo introduzida em algumas escolas, na Califórnia uma lei
aprovada pelo governador Jerry Brown abole as palavras "marido" e
"mulher". A partir do 1 de Janeiro de 2015, em todos os documentos
oficiais, para definir uma pessoa casada, aparecerá o termo neutro
"cônjuge".
O signatário da lei é o democrata Mark Leno, já conhecido como activista das organizações homossexuais, bem como autor do primeiro projecto de lei que visa a legalização na Califórnia do casamento entre
pessoas do mesmo sexo, em 2005. Leno disse com franqueza gélida que o objectivo da Lei é "remover uma linguagem obsoleta".
Obsoleto com relação à sua opinião, mas obviamente, não com relação à
opinião da maioria dos cidadãos californianos. Além disso, esta última
lei é apenas o último ato em ordem de tempo de uma batalha que está
sendo travada na Califórnia em torno do tema do casamento.
Batalha em que o 52% dos eleitores participaram brandindo a bandeira
do casamento natural. Em 2008, de fato, muitos foram aqueles que votaram
a favor da Proposição 8, um referendo que pedia ao Estado reconhecer o
casamento apenas como união entre um homem e uma mulher, eliminando, de
fato, o casamento homossexual introduzido anteriormente pela lei do activista Leno.
A história, porém, não acabou com o vaticínio popular. Depois de um
recurso interposto por um casal gay, no ano passado, o Tribunal de
Recurso do Estado da Califórnia declarou inconstitucional o referendo do
2008 e, assim, restaurou os casamentos do mesmo sexo, desprezando a
manifestação dos cidadãos nas urnas.
Contra o parecer do Tribunal e da recente lei de Mark Leno
levantou-se a voz de Matthew McReynolds, advogado da associação
pró-família Pacific Justice Institute. Em uma entrevista concedida à
Christian News Network, o advogado afirmou que "esta lei segue o modelo
político já conhecido nos últimos anos, ou seja, ignorar a opinião
popular e redefinir o conceito de casamento".
McReynolds também criticou a forma parcial e tendenciosa com que
alguns meios de comunicação informaram as notícias sobre o casamento
homossexual na Califórnia. "O que esses políticos não querem que as
pessoas saibam – a amarga reflexão do advogado – é que as suas acções são
ilegítimas”. Em contraste com o que foi relatado pela media, McReynolds
observa que o referendum de 2008 "não foi completamente invalidado".
Quem reconhece e denuncia publicamente por trás de tais escolhas
políticas, a intenção de destruir a família é o grupo pró-matrimónio dos
Estados Unidos National Organization for Marriage, que definiu a lei
que proíbe os termos "marido" e "mulher" "mais uma prova de que
redefinir o casamento não tem a finalidade de ‘igualdade’ ou de
expandir a instituição para outros tipos de relacionamentos”. Mas, sim,
lê-se em uma nota da organização publicada por The Christian Institute,
se quer “distorcer o significado da própria instituição", eliminando
termos como "marido" e "mulher", como se fossem um "monte de cinzas da
história". (Trad.T.S.)
(14 de Julho de 2014) © Innovative Media Inc.
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