Assinado acordo que permite o trabalho da associação italiana no país africano
Roma, 09 de Dezembro de 2013
Com a reunião realizada no dia 3 de dezembro na cidade de
Bujumbura entre a associação italiana Amici dei Bambini [Amigos das
Crianças] e o ministro de Assuntos Exteriores do Burundi, Laurent
Kavakure, a entidade está oficialmente credenciada no país africano. A
associação pode agora operar no Burundi para intermediar adopções
internacionais e acções colaborativas em prol das crianças com
dificuldades familiares.
Depois de Marrocos, Quénia, República Democrática do Congo,
República do Congo e Gana, a Amici dei Bambini planta a sua sexta
bandeira no grande mapa da África, agora num pequeno país que quase
desaparece entre as outras nações do continente, mas no qual o
sofrimento é imenso.
O Burundi está em 10º lugar mundial no índice de mortalidade
infantil. País entre os mais pobres do mundo, tem 80% da população
vivendo com menos de 1,25 dólar por dia. Quase 60% das crianças
menores de 5 anos sofrem de desnutrição crónica, principalmente devido à
insegurança alimentar, ao baixo crescimento económico do país, à
dependência da ajuda estrangeira e à alta densidade populacional.
O número de órfãos é estimado em 610.000 (Unicef, 2013). As razões do
abandono, em sua maior parte, estão na recente guerra civil que
devastou o país, na difusão alarmante do HIV (cerca de 90 mil crianças
estão infectadas) e na pobreza galopante. O Burundi também sofre de
males como a prostituição e o trabalho infantis. Este último, em
particular, afecta 26% das crianças entre 5 e 14 anos.
Em 2012 foram realizadas doze adopções de crianças do Burundi por pais
estrangeiros. A única instituição credenciada no país, além da Amici
dei Bambini, é o GVS (Grupo Voluntário de Solidariedade). O Burundi, que
ratificou a Convenção de Haia, prioriza as adopções nacionais, mas é
aberto à adopção por casais estrangeiros. A quantidade de crianças
acolhidas em instituições no país gira em torno de 4.500.
Para todas elas, a presença da Amici dei Bambini representa mais que
uma esperança: a associação já está aceitando candidaturas concretas de
casais estrangeiros que querem adoptar crianças do Burundi.
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