Com o presépio, São Francisco tornou visível o mistério do Natal
Roma, 17 de Dezembro de 2013
Na igreja de Santa Maria in Navicella, conhecida também como
a “Chiesa Nuova” em italiano e situada entre o Vaticano e o centro de
Roma, o Coral Pontifício da Capela Sistina apresentou no último sábado,
14 de dezembro, um concerto natalino que começou com canto gregoriano e
terminou com uma interpretação do Adeste Fideles que acrescenta um
trecho da versão britânica. A versão entrou no repertório depois que o
coral da Sistina cantou com o coro anglicano da abadia de Westminster,
em Londres.
Após o evento, o mestre de cerimónias do Vaticano, mons. Guido
Marini, se dirigiu aos presentes e ao coral e agradeceu não apenas pelo
concerto, mas por todo o trabalho feito durante o ano nas celebrações
litúrgicas do papa.
“O natal é justamente a festa do canto, mas a festa de um canto muito
particular: a festa do canto dos anjos. Um canto cuja beleza é
inacessível e inalcançável, porque ninguém consegue alcançar a voz
angélica, por mais talentoso que seja. Mas também porque eles cantam
seguindo a vontade de Deus”, disse Marini.
Falando para os membros do coral, ele prosseguiu: "Vocês têm essa
graça enorme, essa grande tarefa de ser o eco do canto dos anjos na
liturgia. E por isso nós agradecemos. Nós sabemos que não podemos cantar
como os anjos do Natal, mas, com a nossa vida, podemos de alguma forma
glorificar a Deus, e, na medida em que a nossa vida estiver em sintonia
com Ele, a nossa vida se transforma num canto de glória".
"O que eu lhes desejo este ano é justamente isso: que os anjos que
cantam nos ajudem a recordar que a nossa vida é autêntica quando ela se
rende à vontade de Deus. O desejo mais belo que podemos formular para
quem canta não é apenas que essa experiência do canto se prolongue no
tempo, mas, principalmente, que a vida deles se torne um canto".
Ao terminar a cerimónia, perguntado por ZENIT sobre a importância do
presépio e dos cantos para o menino Jesus nas casas das famílias, mons.
Marini declarou:
"É importante porque a tradição do presépio, que nasceu no coração e
na mente de São Francisco, era justamente o desejo de tornar visível e
tangível o mistério do Natal. Manter viva essa tradição, consolidá-la,
alimentá-la, eu acho que é muito importante para termos familiaridade
com o coração do mistério do Natal".
"O canto natalino em família, na dimensão popular do canto, é
importante porque é um reflexo do canto dos anjos. E a nossa vida, em
especial no Natal, tem que ser um canto. E ela é, se aderimos a Deus,
que se faz criança".
in
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