D. António Vitalino pede que católicos vivam celebração de forma diferente, sem se centrarem no consumo
Beja, 16 Dez 2013 (Ecclesia) – D. António Vitalino, bispo de
Beja, escreveu a mensagem ‘Natal da esperança’ e alerta que o cristão
“não pode contentar-se” em viver esta festa sem conteúdo, mas deve
“celebrar a fé” com a comunidade e com a família.
“Um cristão não pode contentar-se com passar o Natal do mesmo modo
que o faz a maioria das pessoas. Consumo de presentes e formalidades,
banquetes, viagens, passeios, etc. Esta maneira de viver o Natal
desgasta-nos, cansa-nos e deixa um lastro de tristeza”, alerta o bispo
de Beja, num texto enviado à Agência ECCLESIA.
“Seria um bom presente de Natal, se nos oferecêssemos algum tempo
para celebrar a nossa fé com as nossas comunidades e famílias, para
dialogarmos uns com os outros e para ler os dois últimos escritos do
Papa”, a exortação apostólica Evangelli Gaudium e a mensagem para o Dia Mundial da Paz, refere D. António Vitalino.
Segundo o bispo da diocese alentejana, estes documentos “fornecem”
temas ricos para o diálogo e reflexão: “Vêm fundamentar as causas da
nossa alegria, reavivar a nossa esperança e fazem-nos ver também o
porquê de tanta tristeza, miséria e infelicidade à nossa volta”.
No Natal descobrem-se “as raízes da família humana” que “fortalece a
fraternidade dos irmãos que se amam e procuram o bem uns dos outros”,
que vai ser um “forte contributo para vencer as crises de que tanto se
fala mas pouco se faz para as resolver”, desenvolve D. António Vitalino.
O prelado considera que no Natal, pela celebração da memória do
nascimento de Jesus, torna-se presente “não apenas a vida de uma pessoa
histórica importante” mas “renasce, reaviva-se e cresce a confiança”.
“Esta celebração torna-se uma necessidade, que, como tudo o que vive
no tempo e no espaço, carece de frequente repetição celebrativa”,
acrescenta.
D. António Vitalino implora também a “Deus a bênção” na esperança de
um 2014 em que se “renove a solidariedade, o amor e a fraternidade, que
ponham fim às guerras, à pobreza, à exploração, à ganância e dissensões,
na família, na sociedade, na política, no nosso país e no mundo”.
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