Autoridades aceitam o pedido do Patriarca Caldeu para reconhecer oficialmente a data. Mar Sako: "Jesus não veio apenas para os cristãos, mas para todos"
Roma, 23 de Dezembro de 2013
O governo iraquiano aceitou o pedido feito pelo Patriarca
Caldeu Mar Louis Raphael I Sako, e estabeleceu que 25 de dezembro será
um dia de festa e feriado nacional para todos os cidadãos do país.
Conforme relatado pela agência Asia News trata-se de um novo e
importante reconhecimento de uma minoria religiosa, muitas vezes,
perseguida. Há alguns dias, em Bagdad, foi montada uma árvore de Natal de
cinco metros, às margens do rio Tigre, localizada no bairro de Karrada,
no lado leste do rio, onde convivem pacificamente cristãos e muçulmanos
xiitas e sunitas.
Na semana passada Mar Sako enviou uma carta ao primeiro-ministro
Nouri al-Maliki, pedindo-lhe para declarar 25 de Dezembro "feriado para
todos os iraquianos". Uma forma de reconhecer o valor e a importância
de uma comunidade que, por séculos, contribui activamente para o
desenvolvimento da nação. Na carta – refere a agência - o Patriarca
Caldeu lembrou que "Jesus não veio apenas para os cristãos, mas para
todos"; ele também destacou o “especial respeito" que os muçulmanos "têm
por ele".
Em resposta, na manhã de ontem, o Conselho de Ministros reuniu-se em Bagdad e, presidido pelo primeiro-ministro al-Maliki, tomou esta
"importante decisão”. Além disso, as autoridades da capital montaram
árvores decoradas em diferentes bairros para "demonstrar respeito e
proximidade" à comunidade cristã, durante estes dias de festa. Após a
invasão dos Estados Unidos, recorda a Asia News, em 2003, os extremistas
islâmicos tomaram como alvo esta minoria religiosa, matando centenas de
pessoas, entre eles um bispo, padres, empresários, médicos e políticos.
Tal situação fez com que milhares de cristãos fugissem do Iraque,
passando em 10 anos, de mais de dois milhões para menos de 300 mil.
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