Depois da missa, o papa Francisco recebe os cumprimentos de aniversário de quatro sem tecto e dos funcionários da Casa Santa Marta
Roma, 17 de Dezembro de 2013
É um dia diferente na Casa Santa Marta. É o dia do 77º
aniversário do seu inquilino mais famoso. O papa Francisco celebrou a
missa desta manhã com a presença de todo o pessoal da casa. A eucaristia
foi concelebrada com o cardeal Angelo Sodano, decano do Colégio de
Cardeais.
No final da missa, o Secretário de Estado Vaticano, dom Pietro
Parolin, apresentou ao papa os parabéns em nome de todos os seus colegas
da Secretaria de Estado. Dom Konrad Krajewski, esmoleiro de Sua
Santidade, apresentou a Francisco quatro convidados sem tecto.
O encontro terminou com um coro de parabéns entoado por todos os
presentes. Logo em seguida, o papa Francisco foi tomar café da manhã
acompanhado por todos os participantes da missa.
Na homilia, falando sobre o evangelho de hoje (Mt 1,1-17), que
descreve a genealogia de Jesus, o Santo Padre brincou: "Já ouvi alguém
dizer que esta passagem do evangelho parece a lista telefónica".
Mas ela é, explicou o papa, uma passagem importante, que nos lembra
que "Deus se tornou história" e que Jesus é "consubstancial ao Pai", mas
também "consubstancial à Mãe", a Virgem Maria.
Depois do pecado original, disse o papa, Deus quis "trilhar o caminho connosco", a partir de Abraão, passando por Isaac e Jacob, até chegar a
cada um de nós.
"Deus não queria vir nos salvar sem história. Ele quis fazer história connosco", uma história "que vai do pecado à santidade" e na qual há
"tanto santos quanto pecadores".
Deus também fez história com "os grandes pecadores", com aqueles que
"não responderam a tudo o que Deus pensou para eles", como "Salomão, tão
grande, tão inteligente, e que terminou, coitado, sem nem saber como se
chamava".
É como se Deus pegasse o nosso nome para transformá-lo no "seu
sobrenome" e assim poder dizer: "Eu sou o Deus de Abraão, de Isaac e de
Jacob, de Pedro, de Marieta, de Armony, de Marisa, de Simão, de todos".
Em certo sentido, Deus "nos deixou escrever a sua vida", seguindo "a
nossa história de graça e de pecado". Isso mostra "a humildade de Deus, a
paciência de Deus, o amor de Deus", que comove.
Ao chegar o Natal, “se Ele fez a sua história connosco, se Ele adoptou o
nosso nome como seu sobrenome, se Ele nos deixou escrever a sua
história, vamos deixar pelo menos que Ele escreva a nossa história".
A santidade consiste precisamente em deixar que "Deus escreva a nossa história", concluiu o pontífice.
in
Sem comentários:
Enviar um comentário