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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

EUA: mulher processa Conferência Episcopal por negar tratamento abortivo

Presidente do episcopado avisa que Igreja continuará ensinando a sua doutrina a favor da vida 'doa a quem doer'. Católicos mantêm a maior rede de serviços de saúde sem fins lucrativos do paí­s.


Roma, 10 de Dezembro de 2013


Uma mulher do estado de Michigan, nos Estados Unidos, está processando a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) com base na alegação de que procurou um hospital católico por causa de complicações na gravidez e a instituição se recusou a lhe prestar um tratamento abortivo.

A acção, movida por Tamesha Means, aponta que as directrizes do hospital, contrárias ao aborto e apoiadas por instituições católicas, “nega às mulheres grávidas que sofrem abortos involuntários um cuidado médico apropriado, incluindo informações sobre a sua condição e opções de tratamento”.

Diante das acusações, o presidente da USCCB, dom Joseph Kurtz, respondeu publicamente que a perda de uma vida é sempre uma tragédia e que os detalhes específicos do caso serão tratados com as pessoas directamente afectadas.

O prelado avisou ainda que a Igreja no país continuará ensinando a sua doutrina em defesa da vida, "doa a quem doer".

Além disso, o arcebispo disse que "a alegação não tem fundamento. "As directrizes da Igreja " exige um cuidado respeitoso e compassivo das mães e seus filhos, durante e após a gravidez", esclareceu ele .

O presidente da USCCB explicou que a rejeição do aborto pela Igreja corresponde à defesa da dignidade de toda vida humana, vinculada à defesa de todos os demais direitos humanos. E que isto motivou que os católicos tenham estabelecido “a maior rede de serviços de saúde sem fins lucrativos da nação”. Esta rede oferece atendimento de alta qualidade para mães e crianças, incluindo aquelas que não têm recursos financeiros suficientes.

"A Igreja afirma que toda a vida humana, antes e após o nascimento, tem dignidade inerente, e que os prestadores de cuidados de saúde têm a obrigação resultante de respeitar a dignidade de todos os seus pacientes", disse Mons. Kurtz. Da mesma forma, a rejeição ao aborto está presente no juramento Hipocrático, que deu origem ao conceito mesmo da medicina como profissão, observou.

Para o prelado, a pretensão de que os bispos possam ser processados, como pretende a demanda, por apoiar esta doutrina seria uma clara violação aos princípios da primeira emenda da constituição dos Estados Unidos.

Mons. Joseph Kurtz concluiu dizendo que a presença dos católicos na área da saúde traz um grande benefício para a sociedade e é um refúgio para as mães e seus filhos não nascidos independentemente de suas condições económicas. "A Conferência dos Bispos Católicos dos EUA continuará defendendo estes princípios oportunamente e inoportunamente, e nos defenderemos deste processo, assegurou.



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