Actualizado 3 de Dezembro de 2013
Darío Menor / Ethel Bonet / La Razón
Darío Menor / Ethel Bonet / La Razón
Monjas ortodoxas antioquianas... A Síria tem uma grande variedade de comunidades monásticas |
A histórica cidade de Malula, símbolo do cristianismo no Oriente Médio, volta a sofrer a acção dos jihadistas islâmicos.
Segundo denunciou o núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) em Damasco, monsenhor Mario Zenari, doze religiosas de nacionalidade síria e libanesa do convento ortodoxo de Santa Tecla foram ontem sequestradas por um grupo de radicais.
«Eram perto das 14 horas quando os obrigaram a deixar o mosteiro. As transportaram, ao que parece, até o norte de Malula. Por essa zona já haviam aparecido antes. Deve de ser uma zona infestada de combates entre os distintos grupos.
Sabemos que foram até ao norte, mas não sabemos mais. Não sabemos tampouco se é um sequestro ou se foi uma acção para libertar Malula, ter livre o mosteiro e desde ali combater melhor», comentava monsenhor Zenari aos microfones de Radio Vaticana.
O convento ortodoxo de Santa Tecla era um dos poucos lugares todavia habitados da cidade, pois a imensa maioria da população escapou do lugar há já meses fugindo dos combates.
O núncio apostólico confirmou que, segundo a informação disponível, eram rebeldes jihadistas os que levaram as monjas do seu convento. «Neste momento há que rezar. Doze monjas em mãos desta gente... O único que se pode fazer é rezar, para que tenham um pouco de humanidade e as tratem bem. Esperemos que não seja um sequestro», disse Zenari.
Desde há três dias o Exército Livre de Síria (ELS), coordenado com milícias islamitas, tenta retomar o controlo da população enquanto o Exército resiste «apoiado por franco-atiradores nos pisos superiores dos edifícios, a maioria desabitados», segundo informou ontem ao LA RAZÓN Amer, uma fonte do ELS. «Praticamente não restam civis. A maioria fugiu para Damasco ou para outras localidades mais seguras», insistiu Amer, antes de acrescentar que os únicos habitantes que ficam são as religiosas do convento». «Cortaram as comunicações. Não há electricidade nem internet nem funcionam os telefones», advertiu.
A agência oficial Sana informou de que um grupo de «terroristas» tinha retidas «a madre superiora, Pelagia Sayaf, e um número indeterminado de monjas do convento. Segundo esta versão, os atacantes «cometeram actos de vandalismo nos arredores do edifício e em diferentes bairros de Malula».
Mas a fonte rebelde desmentiu tal informação, que qualificou de «propaganda do regime». «Nem nós nem os combatentes do Estado Islâmico do Iraque e o Levante (ISIL) e da Frente al Nusra atacaram nenhum cristão nem religiosos, nem destruiu ou saqueou igrejas. É o regime quem está difundindo esta propaganda falsa», nega Amer. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, as monjas permanecem com vida.
As religiosas e órfãos de Santa Tecla já ficaram incomunicáveis no passado mês de Setembro depois do assalto a um posto de controlo do Exército sírio, rebeldes e milicianos islamitas entraram na localidade e as forças do regime repeliram o ataque. Nesses momentos, o Patriarcado grego-ortodoxo de Antioquia e Oriente fez um chamamento de ajuda para assistir ao grupo de 40 religiosas e órfãos que estavam presos no convento pelos enfrentamentos.
No que parece ser una guerra mediática dentro e a das armas, este porta-voz denunciou que na localidade de Qara, vizinha de Malula, nas montanhas de Qalamoun, depois do bombardeio indiscriminado do regime que obrigou milhares de civis a fugir para o Líbano, os rebeldes «encontraram artefactos explosivos em duas igrejas que tinham sido colocados pelas milícias «Shabiha» (capangas do regime) para inculpar os insurgentes».
Sem dúvida, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, é o grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL) vinculado à Al Qaeda, o que converteu a igreja dos Mártires de Al Raqa no gabinete oficial desta organização na província, informa Efe. Segundo testemunhos, os jihadistas içaram a bandeira do Estado islâmico no templo.
Outro mosteiro, nas montanhas
O Exército Livre da Síria advertiu de que por sua vez o regime do presidente Bachar al Asad converteu o mosteiro Sherobem, em Saydana, nas montanhas de Qalamoun, num quartel depois de que «três tanques entraram no pátio e franco-atiradores se posicionaram no telhado do templo próximo a estátua do Cristo».
Além disso, segundo afirmam os rebeldes, o mosteiro está tomado por «dezenas de soldados com veículos artilhados e metralhadoras dushka e antiaéreas de 23 milímetros».
O ELS, informou Amer ao LA RAZÓN, pediu ao Vaticano que interceda para «obrigar as forças do regime a abandonar o mosteiro para não convertê-lo num objectivo militar» desta interminável guerra civil.
Segundo denunciou o núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) em Damasco, monsenhor Mario Zenari, doze religiosas de nacionalidade síria e libanesa do convento ortodoxo de Santa Tecla foram ontem sequestradas por um grupo de radicais.
«Eram perto das 14 horas quando os obrigaram a deixar o mosteiro. As transportaram, ao que parece, até o norte de Malula. Por essa zona já haviam aparecido antes. Deve de ser uma zona infestada de combates entre os distintos grupos.
Sabemos que foram até ao norte, mas não sabemos mais. Não sabemos tampouco se é um sequestro ou se foi uma acção para libertar Malula, ter livre o mosteiro e desde ali combater melhor», comentava monsenhor Zenari aos microfones de Radio Vaticana.
O convento ortodoxo de Santa Tecla era um dos poucos lugares todavia habitados da cidade, pois a imensa maioria da população escapou do lugar há já meses fugindo dos combates.
O núncio apostólico confirmou que, segundo a informação disponível, eram rebeldes jihadistas os que levaram as monjas do seu convento. «Neste momento há que rezar. Doze monjas em mãos desta gente... O único que se pode fazer é rezar, para que tenham um pouco de humanidade e as tratem bem. Esperemos que não seja um sequestro», disse Zenari.
Desde há três dias o Exército Livre de Síria (ELS), coordenado com milícias islamitas, tenta retomar o controlo da população enquanto o Exército resiste «apoiado por franco-atiradores nos pisos superiores dos edifícios, a maioria desabitados», segundo informou ontem ao LA RAZÓN Amer, uma fonte do ELS. «Praticamente não restam civis. A maioria fugiu para Damasco ou para outras localidades mais seguras», insistiu Amer, antes de acrescentar que os únicos habitantes que ficam são as religiosas do convento». «Cortaram as comunicações. Não há electricidade nem internet nem funcionam os telefones», advertiu.
A agência oficial Sana informou de que um grupo de «terroristas» tinha retidas «a madre superiora, Pelagia Sayaf, e um número indeterminado de monjas do convento. Segundo esta versão, os atacantes «cometeram actos de vandalismo nos arredores do edifício e em diferentes bairros de Malula».
Mas a fonte rebelde desmentiu tal informação, que qualificou de «propaganda do regime». «Nem nós nem os combatentes do Estado Islâmico do Iraque e o Levante (ISIL) e da Frente al Nusra atacaram nenhum cristão nem religiosos, nem destruiu ou saqueou igrejas. É o regime quem está difundindo esta propaganda falsa», nega Amer. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, as monjas permanecem com vida.
As religiosas e órfãos de Santa Tecla já ficaram incomunicáveis no passado mês de Setembro depois do assalto a um posto de controlo do Exército sírio, rebeldes e milicianos islamitas entraram na localidade e as forças do regime repeliram o ataque. Nesses momentos, o Patriarcado grego-ortodoxo de Antioquia e Oriente fez um chamamento de ajuda para assistir ao grupo de 40 religiosas e órfãos que estavam presos no convento pelos enfrentamentos.
No que parece ser una guerra mediática dentro e a das armas, este porta-voz denunciou que na localidade de Qara, vizinha de Malula, nas montanhas de Qalamoun, depois do bombardeio indiscriminado do regime que obrigou milhares de civis a fugir para o Líbano, os rebeldes «encontraram artefactos explosivos em duas igrejas que tinham sido colocados pelas milícias «Shabiha» (capangas do regime) para inculpar os insurgentes».
Sem dúvida, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, é o grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL) vinculado à Al Qaeda, o que converteu a igreja dos Mártires de Al Raqa no gabinete oficial desta organização na província, informa Efe. Segundo testemunhos, os jihadistas içaram a bandeira do Estado islâmico no templo.
Outro mosteiro, nas montanhas
O Exército Livre da Síria advertiu de que por sua vez o regime do presidente Bachar al Asad converteu o mosteiro Sherobem, em Saydana, nas montanhas de Qalamoun, num quartel depois de que «três tanques entraram no pátio e franco-atiradores se posicionaram no telhado do templo próximo a estátua do Cristo».
Além disso, segundo afirmam os rebeldes, o mosteiro está tomado por «dezenas de soldados com veículos artilhados e metralhadoras dushka e antiaéreas de 23 milímetros».
O ELS, informou Amer ao LA RAZÓN, pediu ao Vaticano que interceda para «obrigar as forças do regime a abandonar o mosteiro para não convertê-lo num objectivo militar» desta interminável guerra civil.
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