WORKSHOP metodologia photovoice
Instruções para suicídio infantil são encontradas em desenhos no YouTube
Qual é o salário mínimo nos países da UE
Guarda florestal da Guarda Nacional Republicana
Violência contra idosos acontece tanto nas famílias como nas instituições
Os pobres fizeram-se para a gente os transformar em classe média
Indicadores económicos e sociais
Complemento extraordinário para pensões
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
A culpa não é minha!
José Brissos-Lino | 28 Fev 2019 | Entre Margens, Últimas
O tema da culpa está muito presente nas religiões desde sempre, em especial no cristianismo. O sentimento de culpa é tão forte e desagradável que as pessoas, logo desde a infância, procuram remeter a culpa para os outros, de forma instintiva, sacudindo a água do capote.
Jean Bottéro, antigo padre dominicano que estudou profundamente a Mesopotâmia, investigou os mecanismos do pecado e da culpa. Nas religiões primitivas, parece que os seres humanos andariam apavorados face aos fenómenos atmosféricos que não compreendiam nem controlavam, com medo dos perigos e do desconhecido, lutando diariamente pela sobrevivência, mas não sabiam o que era o peso da culpa. Até que, há cerca de quatro ou cinco mil anos, começou a ser introduzido no imaginário colectivo o sentimento de culpa. Se o indivíduo perdia a colheita, se lhe morresse um filho ou se o seu animal de carga adoecia tal não seria devido às vicissitudes da vida, à má fortuna ou aos caprichos dos deuses, mas porque tinha feito qualquer coisa errada para merecer tal punição. Acabara de surgir a ideia de pecado.
Inicialmente, o conceito de pecado não se referia a uma transgressão do pecador na sua vida de cada dia, nem tinha uma carga moral. Resultava apenas de algum erro inconsciente na invocação dos deuses. O indivíduo associava então a violência dos elementos e a adversidade a algum erro eventualmente cometido na liturgia do animal previamente sacrificado. Era um pecado inconsciente, mas o adorador interiorizava uma culpa própria. Essa invenção mesopotâmica resultou na transferência de culpa dos poderes divinos para os homens. Martín Caparrós diz que os indivíduos descobriram então que estavam enganados: “eram eles que causavam as desgraças e deviam saber como e porquê. Os deuses eram como aqueles pais que batem no filho enquanto dizem que ele já sabe porquê.”
Sendo assim, o cristianismo deu um passo em frente ao propor um código de conduta associado à ideia de pecado. Daí resultou autonomia pessoal, já que agora os indivíduos poderiam decidir se queriam ou não quebrar as regras, como e quando. A culpa continuava a ser própria mas o castigo passava a fazer sentido e a ser associado a uma causa perceptível à consciência. Todo o mal resultava sempre dos pecados dos homens, pois Deus era infinitamente justo. Foi o que aconteceu na justificação do terramoto de Lisboa em 1755, uma catástrofe que chocou o mundo, quando o coração do Império Português ficou reduzido à insignificância. O padre Malagrida convocou o povo e a corte ao arrependimento, tomando a catástrofe como resultado da ira divina contra a corrupção da sociedade.
Porém, agora nem da culpa somos donos. As religiões perderam o seu principal instrumento de controlo e o indivíduo passou a atribuir a sua culpa aos grupos, ao sistema, à sociedade, aos políticos, aos economistas, aos ricos, aos imigrantes, aos “infiéis”. O diabo são os outros, a culpa nunca encontra com quem casar e acaba por morrer solteira.
Depois, ainda há o caso de alguns grupos neopentecostais que infantilizam a pessoa, atribuindo a culpa de todos os males à possessão demoníaca. É simples: se o pai é alcoólico é porque está oprimido pelo “demónio do álcool”, se o marido agride a mulher é porque está possuído pelo “demónio da violência” e tem que ir a uma reunião de culto na igreja para o pastor fazer uma oração a fim de expulsar tais entidades. Infantilização e controlo.
Paul Tournier entende que a culpabilidade está ligada à relação com os outros, às críticas alheias, ao desprezo social e ao sentimento de inferioridade, sem esquecer as questões religiosas que suscita. O psiquiatra estabelece um elo entre remorso, constrangimento, consciência pesada, vergonha, timidez e até modéstia, partindo do princípio de que o sentimento de culpa é inerente ao ser humano, como um alerta de que alguma coisa foi feita de forma errada e contrapõe a graça de Deus como uma resposta: “a consciência culpada é a constante da nossa vida. Toda a educação, em si mesma, constitui um cultivo intensivo do sentimento de culpa, mesmo a melhor educação que se recebe de pais preocupados.”
Passámos assim duma culpa difusa a uma culpa com sentido e, depois, a uma inocência a toda a prova, fazendo coro com o mito do “bom selvagem” de Rosseau. As pessoas são boas, a sociedade é que não presta. Como se a sociedade não fôssemos todos nós. Sabemos que a melhor maneira de retirar conteúdo a uma palavra ou conceito é vulgarizá-lo. A banalização da culpa por via de religiões castradoras e inquisitivas desembocou num humanismo sem alma, artificial e infantil, onde ninguém é responsável por coisa nenhuma.
A resistência em assumir a responsabilidade ou mesmo a culpa pelos erros cometidos retira aos indivíduos a oportunidade do perdão (pedir e receber), essa função social e espiritual altamente libertadora, e impede uma correcção dos procedimentos no futuro. Pois é. Só os burros é que não mudam. E mesmo assim tenho dúvidas.
José Brissos-Lino é director do mestrado em Ciência das Religiões na Universidade Lusófona e coordenador do Instituto de Cristianismo Contemporâneo; texto publicado também na Visão Online.
in
O mal tem os dias contados
Foi esta a frase
que marcou a audiência de quarta-feira, a primeira depois de findo o encontro
que Francisco convocou sobre a proteção de menores na Igreja católica.
«O
mal tem dias contados, não é eterno. O mal tem dias contados, o mal já não
pode prejudicar-nos: o homem forte que toma posse de sua casa chegou. E este
homem forte é Jesus», afirmou o Papa perante os peregrinos na Praça de São
Pedro, no Vaticano.
Ainda
na senda da cimeira, e da tolerância zero, a sala de imprensa da santa Sé confirmou
que o cardeal George Pell, condenado em primeira instância pelo abuso sexual
de dois rapazes deixou de ser prefeito da Secretaria da Economia da Santa Sé.
“Aguardando
a verificação definitiva dos factos, é proibido ao cardeal, como medida
cautelar, o exercício público do ministério e, como determinam as normas,
contactos de qualquer maneira e forma com menores de idade”, acrescentou o
porta-voz do vaticano, Alessandro Gisotti.
No
Vaticano, destaque ainda para o apelo
do Papa para a abolição da pena de morte.
Na agência Ecclesia noticiamos ainda a iniciativa
«Acorda! Da conversão ecológica à transformação social», da Fundação Fé e
Cooperação (FEC) e a Associação Casa Velha, apostada em sensibilizar a
sociedade civil para escolhas conscientes.
Mas
o portal de informação da agencia Ecclesia guarda ainda mias para lhe
mostrar. Encontramo-nos lá?
Tenha
um excelente dia!
|
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
Vamos celebrar a Páscoa!
Mensagem da Quaresma 2019 de D. João Marcos
Queridos irmãos e filhos no Senhor:
Aproxima-se a Primavera e, com ela, a festa da Páscoa, a festa da
passagem de Jesus Cristo da morte para a vida, e da nossa passagem, com Ele, deste
mundo para o Pai. É a festa da nascente da vida cristã, a festa do Batismo. Unidos
a Jesus pela fé, d’Ele recebemos o dom maravilhoso de podermos, nós também, morrer
para o pecado e ressuscitar para a vida nova de filhos de Deus. Porque estão em
jogo realidades tão importantes para cada um de nós e para o mundo, convido-vos,
irmãos caríssimos, a viver intensamente a Quaresma, este tempo de preparação
para aquela que é, para nós cristãos, a Festa das festas e a Solenidade das
solenidades.
1 – Como sabeis, adotámos como
lema para este ano pastoral na Diocese de Beja: Creio em um só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. A Fé cristã brota
do mistério pascal de Cristo, e, para nós, o centro das celebrações pascais é a
renovação das Promessas do Batismo na solene Vigília. Trata-se do recomeço da
nossa vida cristã, renunciando, de novo, ao demónio, e professando a fé em Deus
Uno e Trino. Cristo morreu e ressuscitou para nos livrar da morte e do pecado,
e nos fazer herdeiros da Sua própria vida. Celebrando a Páscoa abrimos as
portas da nossa existência para acolhermos a Sua vitória sobre o nosso pecado e
sobre a nossa morte. De facto, é acreditando no Senhor Jesus Cristo que somos libertados
dos laços que nos prendem ao mal. Assim, queridos irmãos e irmãs, neste tempo
favorável que a Igreja nos oferece para mais seriamente nos convertermos ao
Senhor, acreditai no Evangelho e mudai de vida, para que, nas próximas celebrações
pascais possais professar, com mais amor e verdade, a fé da Igreja na qual fomos
batizados e na qual queremos viver e morrer.
2 - A Quaresma é como que um Catecumenado que a Igreja nos oferece em
cada ano para refontalizar a nossa vida escutando o anúncio sempre novo dos
mistérios de Cristo, acolhendo a Sua palavra, aprofundando a fé, crescendo na
esperança e vivendo na caridade. A Quaresma, tal como o Catecumenado, vem ao
nosso encontro convidando-nos a reconhecer os nossos pecados â luz da misericórdia
de Deus, a aproximarmos d’Ele e da Igreja meditando nas verdades da nossa fé,
celebrando-as na Liturgia e orientando a nossa vida segundo a moral evangélica.
A Igreja propõe-nos, como meios para progredirmos na vida cristã, o jejum, a
oração e a esmola.
Precisamos de aprender a jejuar. Além
dos dois dias de jejum obrigatório para todos nós, (quarta-feira de cinzas e sexta-feira
santa), convido-vos a jejuar um dia por semana, na sexta-feira, por exemplo, em
memória da Paixão e Morte do Senhor, e como penitência pelos nossos pecados. Jejuar
é não comermos uma refeição. O nosso jejum deve ser significativo, deve ser sinal
exterior de uma realidade interior. O jejum de alimentos, quando verdadeiro,
manifesta um coração humilde e abnegado, que reconhece Deus como o único
necessário para vivermos, e que considera os outros acima das coisas e do meu
próprio “eu”. O jejum coloca o ser humano no seu devido lugar: liberto da
autossatisfação da comida e da ganância dos bens materiais e dependente de Deus
para estar ao serviço dos outros.
A oração, por sua vez, faz-nos crescer na relação com Deus e,
consequentemente, com os irmãos. A oração é o motor do processo da nossa
conversão. Por meio dela, o nosso coração volta-se para o Senhor e cresce na
virtude da piedade que faz de nós amigos de Deus. Pela escuta da palavra, pela
celebração dos sacramentos e pela oração pessoal, crescemos na comunhão com a
fonte da vida que é o Senhor.
A esmola, por fim, é uma forma de reconhecimento de que, pelo facto de
Deus ser o nosso Pai, todos somos irmãos uns dos outros. E, por isso, repartimos
com os necessitados os nossos bens. Assim, também pela esmola, se manifesta e alimenta
a comunhão fraterna, própria da nossa condição de filhos de Deus.
3 - A criação encontra-se em
expetativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus (Rm 8, 19). É
este o tema da Mensagem do Santo Padre para a Quaresma de 2019. Porquê esta
expetativa ansiosa de toda a criação, esperando a manifestação dos filhos de
Deus? Porque o pecado do homem perverte o sentido da existência de todas as
criaturas, e as escraviza. E toda a criação espera que apareçam os filhos de
Deus, libertados da escravidão da soberba, da ganância e da luxúria, da violência,
para ela própria ser libertada de uma existência vã. De facto, Deus criou o
mundo, tendo em vista a redenção que havia de ser realizada por Seu Filho
Jesus. A redenção é a “recriação” do mundo pela morte e ressurreição de Cristo.
Por isso, afirma São Paulo: Se alguém
está em Cristo, é uma nova criação (2 Cor 5, 17). Ser filho de Deus é,
pois, acreditar e viver em comunhão com o Pai que nos ama, dá a vida e perdoa,
com o Filho que é nosso irmão e Salvador, e com o Espírito Santo que nos inspira,
ilumina e santifica.
4 – Comunico-vos, queridos irmãos e irmãs, que a Renúncia Quaresmal deste
ano terá como objetivo ajudar os nossos irmãos da Venezuela, nesta crise que
estão vivendo. Sabemos as dificuldades políticas, sociais e económicas que este
país atravessa. Assim, metade da Renúncia Quaresmal deste ano será entregue à
Cáritas venezuelana, ficando a outra metade para a diocese de Beja, tal como
aconteceu em 2018. Informo-vos também que, no ano passado, a Renúncia Quaresmal
rendeu 18.412,32 euros, dos quais 9000 foram entregues à Custódia da Terra
Santa. Sede generosos, pois a esmola apaga uma multidão de pecados.
Queridos irmãos: Vamos celebrar a Páscoa! Preparemo-nos bem escutando a
Palavra do Senhor, confessando os nossos pecados, orando uns pelos outros,
fazendo jejum e dando esmola. E o Espírito do Senhor habitará em nós, dando testemunho ao nosso espírito de que
somos filhos de Deus e herdeiros da Sua mesma Vida (Cf. Rm 8,16-17). Ele vos abençoe, e a Sua paz permaneça convosco!!
+ João Marcos, bispo de Beja
Ação de Formação “As abordagens colaborativas na intervenção social com famílias muito vulneráveis” em 29 e 30 de abril de 2019
A
formação é, hoje em dia, uma ferramenta indispensável para quem trabalha em
qualquer área profissional. Sendo uma mais valia pois permite a melhoria das
atividades e eficácia das intervenções, a formação possui também uma componente
indispensável permitindo aos formandos receberem atualizações permanentes das
novas realidades e intervenções sociais. A realidade social não é uma
realidade estanque daí que a qualificação e a eficiência da intervenção social
dependa, cada vez mais, da formação dos técnicos que intervêm no
social.
A
EAPN Portugal/ Rede Europeia Anti-Pobreza, na sua estrutura global, está
acreditada pela DGERT desde 1997 e tem vindo a apostar na formação contínua,
adquirida ao longo da vida, encarando-a por isso como um mecanismo muito importante
para a renovação, consolidação e desenvolvimento de competências adquiridas
pela própria prática profissional ajustando os perfis formativos às constantes
mudanças vividas na sociedade.
Neste
sentido vem o Núcleo Distrital de Beja da EAPN Portugal, divulgar junto
de V. Exa. a seguinte a seguinte Ação de Formação de acordo com a
informação que segue em anexo:
-
Ação de Formação “As abordagens colaborativas na
intervenção social com famílias muito vulneráveis” em 29 e 30 de abril de 2019
Lamborghini “transformado” em jardim de infância e centro social
António Marujo | 26 Fev 2019 | Breves, Últimas
Um jardim de infância e um centro polivalente para os cristãos da planície de Nínive, no Iraque, serão reconstruídos com parte do dinheiro que resultou do leilão de um Lamborghini que tinha sido doado ao Papa Francisco. Os 200 mil euros entregues à fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) permitirão agora a reconstrução dos dois edifícios, destruídos na sequência da ocupação da região pelo auto-proclamado Estado Islâmico.
Os dois edifícios estão situados em Bashiqa, a cerca de 30 quilómetros de Mossul, no norte do Iraque (a cerca de 100 quilóemtros das fronteiras com a Síria e a Turquia) e beneficiarão as comunidades da região – cristãs mas não só, quer para a educação das crianças, quer para acontecimento de carácter social.
Dois anos depois da libertação da Planície de Nínive, a AIS diz que o número de cristãos já regressados ao território excede as expectativas mais optimistas. Há mês e meio, a 11 de Janeiro, 9.108 famílias já tinham regressado, o que significa quase 46 por cento das 19.832 famílias que viviam na região em 2014, quando chegaram os combatentes do Estado Islâmico. Mais de 40 por cento das 14 mil casas destruídas ou danificadas já estão reparadas ou reconstruídas.
in
«Conversão» na relação com a natureza
O
desafio parte do Papa Francisco e está na sua mensagem
para a Quaresma que foi ontem divulgada. Nela o Papa convida à
adoção de novos estilos de vida, solidários e ecológicos. O Papa
contrapõe a “lei de Deus, a lei do amor” à “lei do mais forte sobre o mais
fraco”, considerando que esta é uma manifestação do mal, “como avidez,
ambição desmedida de bem-estar, desinteresse pelo bem dos outros e muitas
vezes também pelo próprio”. Esse mal leva à “exploração da criação
(pessoas e meio ambiente)”, para alimentar uma “ganância insaciável que
considera todo o desejo como um direito”.
Os
perigos e as potencialidades da tecnologia, a disputa entre a robótica e as
capacidades humanas, levaram a Academia Pontifícia para a Vida a
congregar especialistas mundiais da área da robótica, da teologia, da
filosofia e da ética para debater os perigos e potencialidades das
tecnologias em áreas como a saúde ou a guerra. Na mensagem dirigida ao encontro,
o Papa refere que “hoje é possível intervir muito profundamente na matéria
viva, usando os resultados obtidos pela física, genética e neurociência, bem
como pela capacidade de cálculo de máquinas cada vez mais poderosas”. O
encontro que termina hoje, já tem desenvolvimento assegurado para a edição do
próximo ano, onde em destaque vai estar a Inteligência Artificial.
«A
Fé Cristã no Espaço Público» é o título do livro
da autoria do padre jesuíta Domingos Terra, que é lançado hoje, às 18h00, no
espaço da Livraria da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa. Manuel
Braga da Cruz, reitor da UCP entre 2000 e 2012, fará a apresentação da
obra.
Pelas
15h00, na RTP2, o programa Ecclesia conta hoje com a presença de Catarina
Martins de Bettencourt, diretora do secretariado português da AIS, que fala
do relatório sobre liberdade religiosa no mundo que vai ser agora apresentado
nas dioceses portuguesas.
Pelas
22:45, na Antena1 a edição rádio do programa reflete esta semana sobre o tema
da Inteligência Artificial.
Tenha
um grande dia
Henrique Matos
|
San Gabriel de la Dolorosa, 27 de febrero
San Gabriel De La Dolorosa (WIKIPEDIA) |
Joven atractivo, con gran éxito social
FEBRERO 26, 2019 09:01 * ISABEL ORELLANA VILCHES * TESTIMONIOS DE LA FE
«La enfermedad y la muerte fueron los peldaños de una heroica ofrenda. Joven atractivo, con gran éxito social, viéndose sin salud prometió consagrarse. Esta decisión, reiteradamente incumplida, la materializó al morir su hermana»
La vida de Francisco Possenti, un amasijo de enfermedad y muerte que fueron peldaños de una heroica ofrenda, es la de una intensa y bellísima historia de amor a Jesús crucificado, a la Eucaristía y a la Virgen. Pero no fue así desde el principio. Acomodado a los recursos que le ofrecía el alto estatus social de su familia y el éxito que le rodeaba, fue aplazando la respuesta al llamamiento que claramente percibía dentro de sí. Experto en promesas incumplidas se ofrecía a Dios, y casi a renglón seguido se olvidaba de materializar su entrega. La maraña de autoengaños y mentiras psicológicas en las que se enredó le hacían perder el tiempo que Dios había trazado sobre él. Hasta que el sufrimiento atenazó su vida con su propia enfermedad y con la pérdida del ser que más quería. Después jamás intentó doblegar la voluntad divina queriendo acomodarla a la suya. Conmovió el corazón de Gemma Galgani asistiéndola desde el cielo, a través de «visitas» en las que la animaba y aconsejaba.
Nació en Asís, Italia, el 1 de marzo de 1838. Era el undécimo de trece hermanos. Perdió a su madre cuando tenía 4 años. Su padre era juez en la ciudad y al quedarse viudo se ocupó personalmente de su formación. Era un hombre creyente que, junto a su esposa, había alentado a sus hijos a compartir diariamente prácticas de piedad como el rezo del rosario. Sostenidos por su confianza en Dios afrontaron la desaparición de cinco de los hermanos. La sensibilidad de la que hacía gala se puso de manifiesto también con la educación de Francisco. Éste tenía lo que se dice mal genio. Un carácter impulsivo y tendente a la ira, que su progenitor se preocupó de templar a través de la selecta educación que le proporcionaron los hermanos de las Escuelas Cristianas y los jesuitas con quienes le llevó a estudiar.
El mundo en cierto modo le atraía, y como era un líder fácilmente sobresalía en cualquier lugar. Después, la indómita personalidad, atenuada progresivamente, dejó traslucir un «temperamento suave, jovial, insinuante, decidido y generoso; poseía también un corazón sensible y lleno de afectividad… Era de palabra fácil, apropiada, inteligente, amena y llena de una gracia que sorprendía…».Además, poseía innegable atractivo: alto y bien formado; le acompañaba incluso su tono de voz. Esmerado en el vestir –iba a la última– tenía dotes para el canto, la poesía y el teatro. Sensible y proclive al enamoramiento, se sentía atraído por la lectura de las novelas. Pero como en su interior mantenía siempre viva su fe cristiana (incluso tenía en su habitación una escultura de la Piedad que veneraba), después experimentaba una honda tristeza y abatimiento. A veces iba con su padre al teatro, y lo abandonaba a escondidas para rezar bajo el pórtico de la cercana catedral, regresando de nuevo antes de finalizar la función.
Dios tocó su corazón por medio de una grave enfermedad. Aterrorizado por ella, prometió que si sanaba abandonaría la vida que llevaba. Se curó, pero no cumplió su palabra. Con todo, llamó a la puerta de los jesuitas, y aunque fue aceptado pensó que le convenía una comunidad más rigurosa. Nuevamente estuvo a punto de morir, y seguro de que sanaría manteniéndose fiel a Dios, tocado por el ejemplo del beato Andrés Bobola, al que había pedido su mediación, efectivamente se curó. Solo le quedaba cumplir su promesa ingresando con los jesuitas. Sin embargo, dejó pasar el tiempo. Entonces perdió a la hermana que más quería a consecuencia de una epidemia de cólera, y lo interpretó como un signo divino inaplazable. De modo que, comunicó a su padre la decisión que daría el rumbo definitivo a su existencia. A su progenitor le parecía que un joven tan mundano como él no iba a encajar fácilmente en esa forma de vida y desistiría de su empeño prontamente. En esa época intervino María. El 22 de agosto de 1856, cuando Francisco asistía a la procesión de la «Santa Icone» en Spoleto, donde residía, la Virgen le dijo: «Tú no estás llamado a seguir en el mundo. ¿Qué haces, pues, en él? Entra en la vida religiosa». Y el 10 de septiembre de 1856, con 18 años, ingresó en el noviciado pasionista de Morrovalle (Macerata). Al profesar tomó el nombre de Gabriel de la Dolorosa.
Efectivamente, tal y como su padre pensó, la diferencia entre la vida que había llevado y la conventual le costó grandes esfuerzos a todos los niveles. En nada se parecía la frugalidad de una mesa sobre la que se extendían humildes viandas con los apetitosos bocados que había gustado en su casa. Los horarios, la disciplina… Se sobrepuso a todo. Y después hizo notar en sus escritos: «La alegría y el gozo que disfruto dentro de estas paredes son indecibles».Se formó en Preveterino,Camerino e Isola feliz de poder convertirse en sacerdote, pero Dios tenía otros planes para él. Nunca se quejó, soportó santamente las humillaciones, y fue admirado por sus hermanos por la amabilidad de su trato, su fervor y la fidelidad en el cumplimiento de lo que se le indicaba. «Lo que más me ayuda a vivir con el alma en paz es pensar en la presencia de Dios, el recordar que los ojos de Dios siempre me están mirando y sus oídos me están oyendo a toda hora y que el Señor pagará todo lo que se hace por él, aunque sea regalar a otro un vaso de agua», decía.
Refugiado en Cristo, y tan alejado de la notoriedad, hasta quemó las notas de sus experiencias místicas que habían estado cuajadas de favores celestiales. Paciente, humilde y obediente supo sacar partido a las mortificaciones y penitencias, creciendo en la santidad a través del dominio de la voluntad en las pequeñas cosas del día a día. A punto de ser ordenado sacerdote en 1861, contrajo la tuberculosis. Tenía presente la Pasión de Cristo y le habían consolado «Las glorias de María» de san Alfonso María de Ligorio, que acrecentaron su devoción por la Virgen. Tras un año de sufrimientos, ofrecidos como víctima expiatoria a Cristo, dando heroico testimonio de paciencia y de conformidad en tan doloroso proceso, murió en Isola del Gran Sasso, Teramo,el 27 de febrero de 1862. Fue canonizado el 13 de mayo de 1920 por Benedicto XV.
in
Mensaje de Cuaresma: “Si el hombre vive como persona redimida, beneficia también a la creación”
© Cathopic |
Palabras del Papa
FEBRERO 26, 2019 13:33 * ROSA DIE ALCOLEA * LITURGIA, PAPA Y SANTA SEDE
(ZENIT – 26 febrero 2019).- El mensaje del Papa Francisco para el tiempo de Cuaresma es una llamada a “abandonar el egoísmo, la mirada fija en nosotros mismos”, y “dirigirnos a la Pascua de Jesús”, bajo el tema La creación, expectante, está aguardando la manifestación de los hijos de Dios (Rm 8,19).
Esta mañana, martes, 26 de febrero de 2019, se ha presentado en la Oficina de Prensa de la Santa Sede el texto de este mensaje que el Pontífice lanza a los fieles católicos para vivir mejor la Cuaresma de 2019.
El Papa recuerda que la “Cuaresma” del Hijo de Dios fue un “entrar en el desierto de la creación para hacer que volviese a ser aquel jardín de la comunión con Dios que era antes del pecado original” y desea que “nuestra Cuaresma suponga recorrer ese mismo camino, para llevar también la esperanza de Cristo a la creación”.
“No dejemos transcurrir en vano este tiempo favorable. Pidamos a Dios que nos ayude a emprender un camino de verdadera conversión”. Así, el Santo Padre exhorta: “Hagámonos prójimos de nuestros hermanos y hermanas que pasan dificultades, compartiendo con ellos nuestros bienes espirituales y materiales”.
Para el Papa Francisco, hay 3 líneas generales de reflexión en esta Cuaresma: la redención de la creación; la fuerza destructiva del pecado; y la fuerza regeneradora del arrepentimiento y del perdón.
Redención de la creación
Si el hombre vive como hijo de Dios –propone el Sucesor de Pedro– si vive como persona redimida, que se deja llevar por el Espíritu Santo, y sabe reconocer y poner en práctica la ley de Dios, comenzando por la que está inscrita en su corazón y en la naturaleza, beneficia también a la creación, cooperando en su redención”.
Fuerza destructiva del pecado
Cuando se abandona la ley de Dios, la ley del amor, acaba triunfando la ley del más fuerte sobre el más débil. El pecado que anida en el corazón del hombre “lleva a la explotación de la creación, de las personas y del medio ambiente, según la codicia insaciable que considera todo deseo como un derecho y que antes o después acabará por destruir incluso a quien vive bajo su dominio”.
Fuerza regeneradora del perdón
El camino hacia la Pascua nos llama precisamente a “restaurar nuestro rostro y nuestro corazón de cristianos, mediante el arrepentimiento, la conversión y el perdón, para poder vivir toda la riqueza de la gracia del misterio pascual”.
***
Mensaje del Santo Padre
Queridos hermanos y hermanas:
Cada año, a través de la Madre Iglesia, Dios «concede a sus hijos anhelar, con el gozo de habernos purificado, la solemnidad de la Pascua, para que […] por la celebración de los misterios que nos dieron nueva vida, lleguemos a ser con plenitud hijos de Dios» (Prefacio I de Cuaresma). De este modo podemos caminar, de Pascua en Pascua, hacia el cumplimiento de aquella salvación que ya hemos recibido gracias al misterio pascual de Cristo: «Pues hemos sido salvados en esperanza» (Rm 8,24). Este misterio de salvación, que ya obra en nosotros durante la vida terrena, es un proceso dinámico que incluye también a la historia y a toda la creación. San Pablo llega a decir: «La creación, expectante, está aguardando la manifestación de los hijos de Dios» (Rm8,19). Desde esta perspectiva querría sugerir algunos puntos de reflexión, que acompañen nuestro camino de conversión en la próxima Cuaresma.
1. La redención de la creación
La celebración del Triduo Pascual de la pasión, muerte y resurrección de Cristo, culmen del año litúrgico, nos llama una y otra vez a vivir un itinerario de preparación, conscientes de que ser conformes a Cristo (cf. Rm 8,29) es un don inestimable de la misericordia de Dios.
Si el hombre vive como hijo de Dios, si vive como persona redimida, que se deja llevar por el Espíritu Santo (cf. Rm 8,14), y sabe reconocer y poner en práctica la ley de Dios, comenzando por la que está inscrita en su corazón y en la naturaleza, beneficia también a la creación, cooperando en su redención. Por esto, la creación —dice san Pablo— desea ardientemente que se manifiesten los hijos de Dios, es decir, que cuantos gozan de la gracia del misterio pascual de Jesús disfruten plenamente de sus frutos, destinados a alcanzar su maduración completa en la redención del mismo cuerpo humano. Cuando la caridad de Cristo transfigura la vida de los santos —espíritu, alma y cuerpo—, estos alaban a Dios y, con la oración, la contemplación y el arte hacen partícipes de ello también a las criaturas, como demuestra de forma admirable el “Cántico del hermano sol” de san Francisco de Asís (cf. Enc. Laudato si’, 87). Sin embargo, en este mundo la armonía generada por la redención está amenazada, hoy y siempre, por la fuerza negativa del pecado y de la muerte.
2. La fuerza destructiva del pecado
Efectivamente, cuando no vivimos como hijos de Dios, a menudo tenemos comportamientos destructivos hacia el prójimo y las demás criaturas —y también hacia nosotros mismos—, al considerar, más o menos conscientemente, que podemos usarlos como nos plazca. Entonces, domina la intemperancia y eso lleva a un estilo de vida que viola los límites que nuestra condición humana y la naturaleza nos piden respetar, y se siguen los deseos incontrolados que en el libro de la Sabiduría se atribuyen a los impíos, o sea a quienes no tienen a Dios como punto de referencia de sus acciones, ni una esperanza para el futuro (cf. 2,1-11). Si no anhelamos continuamente la Pascua, si no vivimos en el horizonte de la Resurrección, está claro que la lógica del todo y ya, del tener cada vez más acaba por imponerse.
Como sabemos, la causa de todo mal es el pecado, que desde su aparición entre los hombres interrumpió la comunión con Dios, con los demás y con la creación, a la cual estamos vinculados ante todo mediante nuestro cuerpo. El hecho de que se haya roto la comunión con Dios, también ha dañado la relación armoniosa de los seres humanos con el ambiente en el que están llamados a vivir, de manera que el jardín se ha transformado en un desierto (cf. Gn 3,17-18). Se trata del pecado que lleva al hombre a considerarse el dios de la creación, a sentirse su dueño absoluto y a no usarla para el fin deseado por el Creador, sino para su propio interés, en detrimento de las criaturas y de los demás.
Cuando se abandona la ley de Dios, la ley del amor, acaba triunfando la ley del más fuerte sobre el más débil. El pecado que anida en el corazón del hombre (cf. Mc 7,20-23) —y se manifiesta como avidez, afán por un bienestar desmedido, desinterés por el bien de los demás y a menudo también por el propio— lleva a la explotación de la creación, de las personas y del medio ambiente, según la codicia insaciable que considera todo deseo como un derecho y que antes o después acabará por destruir incluso a quien vive bajo su dominio.
3. La fuerza regeneradora del arrepentimiento y del perdón
Por esto, la creación tiene la irrefrenable necesidad de que se manifiesten los hijos de Dios, aquellos que se han convertido en una “nueva creación”: «Si alguno está en Cristo, es una criatura nueva. Lo viejo ha pasado, ha comenzado lo nuevo» (2 Co5,17). En efecto, manifestándose, también la creación puede “celebrar la Pascua”: abrirse a los cielos nuevos y a la tierra nueva (cf. Ap 21,1). Y el camino hacia la Pascua nos llama precisamente a restaurar nuestro rostro y nuestro corazón de cristianos, mediante el arrepentimiento, la conversión y el perdón, para poder vivir toda la riqueza de la gracia del misterio pascual.
Esta “impaciencia”, esta expectación de la creación encontrará cumplimiento cuando se manifiesten los hijos de Dios, es decir cuando los cristianos y todos los hombres emprendan con decisión el “trabajo” que supone la conversión. Toda la creación está llamada a salir, junto con nosotros, «de la esclavitud de la corrupción para entrar en la gloriosa libertad de los hijos de Dios» (Rm 8,21). La Cuaresma es signo sacramental de esta conversión, es una llamada a los cristianos a encarnar más intensa y concretamente el misterio pascual en su vida personal, familiar y social, en particular, mediante el ayuno, la oración y la limosna.
Ayunar, o sea aprender a cambiar nuestra actitud con los demás y con las criaturas: de la tentación de “devorarlo” todo, para saciar nuestra avidez, a la capacidad de sufrir por amor, que puede colmar el vacío de nuestro corazón. Orar para saber renunciar a la idolatría y a la autosuficiencia de nuestro yo, y declararnos necesitados del Señor y de su misericordia. Dar limosna para salir de la necedad de vivir y acumularlo todo para nosotros mismos, creyendo que así nos aseguramos un futuro que no nos pertenece. Y volver a encontrar así la alegría del proyecto que Dios ha puesto en la creación y en nuestro corazón, es decir amarle, amar a nuestros hermanos y al mundo entero, y encontrar en este amor la verdadera felicidad.
Queridos hermanos y hermanas, la “Cuaresma” del Hijo de Dios fue un entrar en el desierto de la creación para hacer que volviese a ser aquel jardín de la comunión con Dios que era antes del pecado original (cf. Mc 1,12-13; Is 51,3). Que nuestra Cuaresma suponga recorrer ese mismo camino, para llevar también la esperanza de Cristo a la creación, que «será liberada de la esclavitud de la corrupción para entrar en la gloriosa libertad de los hijos de Dios» (Rm 8,21). No dejemos transcurrir en vano este tiempo favorable. Pidamos a Dios que nos ayude a emprender un camino de verdadera conversión. Abandonemos el egoísmo, la mirada fija en nosotros mismos, y dirijámonos a la Pascua de Jesús; hagámonos prójimos de nuestros hermanos y hermanas que pasan dificultades, compartiendo con ellos nuestros bienes espirituales y materiales. Así, acogiendo en lo concreto de nuestra vida la victoria de Cristo sobre el pecado y la muerte, atraeremos su fuerza transformadora también sobre la creación.
Vaticano, 4 de octubre de 2018
Fiesta de san Francisco de Asís
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Celebraciones del Papa Francisco en Cuaresma y Pascua
Miércoles De Ceniza, 14 De Febrero De 2018 © Vatican Media |
Celebraciones en marzo y en abril
FEBRERO 26, 2019 19:28 * ANA PAULA MORALES * PAPA Y SANTA SEDE
(ZENIT – 26 febrero 2019).- Este martes 26 de febrero, se publicó en la Sala de Prensa del Vaticano las celebraciones litúrgicas conducidas por el Santo Padre que se llevarán acabo en marzo y abril.
La novedad este año además de los tradicionales ritos de Cuaresma y Pascua son: Su viaje apostólico a Marruecos y los ejercicios espirituales en Ariccia para la Curia Romana.
Le presentamos, el calendario de celebraciones litúrgicas presididas por el Papa Francisco:
Cuaresma
El Santo Padre comenzará la Cuaresma con el Miércoles de Ceniza a las 16 horas en el Aventino, desde la Iglesia de San Anselmo hasta la cercana Basílica de Santa Sabina, realizará la Statio y la procesión penitencial, donde presidirá la Santa Misa, con la bendición e imposición de las cenizas.
El 10 de marzo se realizarán los Ejercicios Espirituales para la Curia Romana en la localidad de Ariccia, hasta el viernes 15. El viernes 29 de marzo, en la Basílica Vaticana, el Pontífice presidirá la celebración de la Penitencia a las 17 horas. Y los días 30 y 31 de marzo, realizará su viaje apostólico en Marruecos.
Semana Santa
El 14 de abril, Domingo de Ramos y de la Pasión del Señor, el obispo de Roma presidirá en la Plaza de San Pedro a las 10 horas la Capilla Papal para la Conmemoración de la entrada del Señor en Jerusalén y la Santa Misa.
El 18 de abril, Jueves Santo, en la Basílica Vaticana, a las 9:30 horas, el Papa presidirá la Santa Misa Crismal. El 19 de abril, Viernes Santo, el Santo Padre realizará dos eventos: por la tarde a las 17 horas en la Basílica de San Pedro la celebración de la Pasión del Señor y a las 21:15 horas el Vía Crucis en el Coliseo.
El 20 de abril, Sábado Santo, el Papa Francisco llevará acabo la Vigilia Pascual en la Noche Santa a las 20:30 horas.
Pascua
El Domingo de Pascua, 21 de abril, a las 10 horas, el Santo Padre celebrará la Santa Misa, mientras a las 12 del mediodía, impartirá su bendición apostólica Urbi et Orbi.
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«Dios actúa en la historia»: la presentadora Eva Crosetta explica cómo fue su vuelta a la Iglesia
En estos momentos presenta un programa en la RAI 2 sobre temas sociales y religiosos
Eva Crosetta presenta en estos momentos en la Rai 2 el programa "Sulla via di Damasco" |
Eva Crosetta es con su 1,84 metros de estatura una de las presentadoras de televisión que más llama la atención en Italia. Esta veneciana tiene una dilatada carrera profesional primero en la televisión pública de la RAI, luego en Sky y ahora de nuevo en la RAI, en este caso en la segunda cadena donde ha comenzado a presentar el programa Sulla via di Damasco (Camino a Damasco), programa cultural y religioso que tiene como nexo el catolicismo.
La nueva presentadora de un programa ya veterano vivió su particular camino a Damasco volviendo a la Iglesia que dejó en la adolescencia y encontrando sentido a toda su existencia. Amada por Dios ha podido amar a los demás, especialmente a los más pobres y vulnerables.
El desafío de seguir el Evangelio
Vivir la fe es ver a Cristo en el día a día y en todo lo que hace. “Es algo que va más allá de la mera creencia religiosa. La conversión se lleva a cabo en la familia, en la escuela, en el entorno laboral, en el matrimonio: significa tener una disposición mental diferente, evolucionar positivamente y aceptar el desafío, ¡porque es un gran desafío! Es seguir lo que dice el Evangelio”, explica esta italiana.
En su vida –agrega Eva- hace una práctica religiosa constante, va a “misa los domingos. La oración es, sin duda, un aspecto fundamental, pero lo que más me seduce sobre el aspecto religioso es la conciencia de este Dios que actúa en la historia. Y no he utilizado casualmente el verbo seducir: si la fe es amor, no puede dejar de tener una capacidad atractiva”.
Un Dios que se ha hecho hombre
Preguntada durante una entrevista con el semanario Credere sobre qué la sedujo de la fe católica, la presentadora afirma segura que “el hecho de que Dios se hizo carne y quería hacer libre al hombre. Es una certeza que me da esperanza y me consuela: somos esperados en la eternidad. Lo que vivimos es sólo una parte del camino que tenemos por delante. Y luego está todo el aspecto del perdón”.
Eva Crosetta está ahora muy unida a la espiritualidad que predica el padre Maurizio Botta, sacerdote del Oratorio de San Felipe Neri.
La crisis que la devolvió a la Iglesia
Pero no siempre ha vivido así su fe. “Recibí una educación católica: asistí a catequesis y recibí todos los sacramentos, pero no fue nada particularmente vivo o ardiente. Entonces, como sucede con muchas personas, en la adolescencia me alejé de la Iglesia, hasta que pasé por un momento particularmente difícil”.
En ese momento complicado de su vida, Eva confiesa que se acercó a la Iglesia en busca de consuelo y de casualidad conoció al sacerdote Matteo Galloni, fundador de la Comunidad Amor y Libertad, que acudió a un programa de televisión como invitado en un programa en el que ella estaba presente.
Eva decidió ir al Congo con la comunidad Amor y Libertad, fundada por Matteo Galloni
El viaje al Congo
“Me impresionó mucho y decidí ir a Florencia para conocer la realidad que había fundado, que se ocupa de los niños y los padres que viven en zonas pobres. Ese mismo verano salí con ellos para el Congo. Cambió completamente mi perspectiva”, asegura.
Y así fue como su vida dio un giro radical en aquel viaje a África. Eva cuenta en la entrevista que “en el Congo enseñé italiano a un grupo de estudiantes: estudiaban en un lugar sin agua y sin luz. Por la noche los disparos se escuchaban a menudo”.
“Todavía recuerdo el día que fui a visitar una comunidad cercana: ni siquiera me presenté y una monja, llamada Clelia, se subió a un pequeño sillón (¡soy muy alta!) para abrazarme.Me dijo: ‘No necesito saber quién eres, te amo por el simple hecho de que estás aquí’. Otra cosa que me impresionó fue cuando algunos de los jóvenes a quienes enseñé italiano tomaron sus votos. Les pregunté qué regalos habían recibido y Eric me respondió: ‘Mi hermana me dio un papel para escribir, y mi madre me dio un consejo’. Lo dijo con tal solemnidad que me emocioné. Me pregunté cuánto hemos perdido los occidentales en nuestras vidas. ¿Cuánto nos hemos afeado, alejándonos de lo que es más auténtico? Me acerqué a la Iglesia y me entregué a hacer: Dios está en la historia, pero también necesita que yo actúe”, relata.
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