O Santo Padre afirmou, nesta segunda-feira, que os mártires, perseguidos ou expulsos com luvas brancas, são as maiores testemunhas
Cidade do Vaticano, 01 de Julho de 2014 (Zenit.org)
"Há mais mártires na Igreja hoje do que nos primeiros
séculos", perseguidos, como no Oriente Médio, ou "expulsos de forma
elegante, com luvas brancas", afirmou o papa Francisco durante a missa
desta segunda-feira na Casa Santa Marta, no dia da memória dos santos
mártires dos primeiros tempos da Igreja romana, imolados aos pés da
colina do Vaticano por ordem de Nero depois do incêndio de Roma no ano
64.
O papa recordou a oração inicial da missa, que recorda que o Senhor
"fertilizou com o sangue dos mártires os primeiros brotos da Igreja de
Roma", o que nos faz pensar nas palavras de Jesus: "O reino dos céus é
como o homem que lançou a semente e foi para casa"; esteja ele dormindo
ou acordado, "a semente cresce e brota sem que ele saiba como".
A semente, disse o Santo Padre, é a Palavra de Deus que cresce e se
transforma na Igreja graças à força do Espírito Santo e ao testemunho
dos cristãos.
"Sabemos que não há crescimento sem o Espírito: é Ele que faz a
Igreja crescer, é Ele que chama a comunidade da Igreja, mas também é
necessário o testemunho dos cristãos. E quando o testemunho vem, quando
as circunstâncias históricas nos pedem um testemunho forte, nós temos os
mártires, as maiores testemunhas. E a Igreja é regada pelo sangue dos
mártires. Esta é a beleza do martírio. Começa com o testemunho dia após
dia e pode terminar como Jesus, o primeiro mártir, a primeira
testemunha, a testemunha fiel: com o sangue".
"Mas há uma condição: para o testemunho ser verdade, ele deve ser sem
condições. Escutamos o Evangelho que fala de alguém que diz ao Senhor
que o seguirá, mas só depois de ir enterrar o seu pai. Jesus impede:
‘Não!’. Porque o testemunho é sem condições. Tem que ser firme,
decisivo, com a linguagem de Jesus, tão forte: ‘Vossa palavra seja sim,
sim, não, não’. Esta é a linguagem das testemunhas".
É verdade que muitos cristãos foram perseguidos na época de Nero,
disse Francisco, mas "hoje em dia não são menos", porque "hoje há muitos
mártires na Igreja, muitos cristãos perseguidos. Penso no Oriente
Médio, nos cristãos que têm que fugir da perseguição, nos cristãos
assassinados pelos seus perseguidores. Também nos cristãos expulsos de
forma tão elegante, com luvas brancas: isso também é perseguição. Hoje
são muitas as testemunhas, há mais mártires na Igreja hoje do que nos
primeiros séculos”.
O papa convidou os fiéis presentes na santa missa a “recordar os
nossos gloriosos antepassados, aqui em Roma, e também os nossos irmãos e
irmãs que vivem perseguidos, que sofrem e que, com o seu sangue, fazem
crescer a semente de muitas igrejas pequenas que nascem. Oremos por eles
e por nós".
(01 de Julho de 2014) © Innovative Media Inc.
in
Sem comentários:
Enviar um comentário