Nem a igreja do povoado se salvou. Nos últimos cinco anos, 12 mil pessoas já foram mortas e ao menos 8 mil ficaram feridas
Roma, 17 de Julho de 2014 (Zenit.org)
Mais uma aldeia da Nigéria foi atacada pelos islamistas da
seita terrorista Boko Haram. "Foi um massacre. A aldeia foi arrasada,
não se salvou nem sequer a igreja católica”, informou o padre Timothy
Cosmas, responsável pela Comissão Justiça e Paz na diocese de Maiduguri,
em declarações a MISNA.
Os terroristas atacaram desta vez a aldeia de Dille, a 200 quilómetros ao sul de Maiduguri, uma das principais cidades do nordeste
da Nigéria. O padre Timothy relata: “Eu tinha visitado a localidade
poucos meses atrás e hoje falei com alguns paroquianos. Eles me falaram
da chegada de um grupo de homens armados a bordo de camionetes e
motocicletas, de casas incendiadas e rajadas de metralhadoras”.
Segundo a rede CNN, a polícia nigeriana prendeu Zakari Mohammed, um
dos líderes do grupo terrorista, acusado de envolvimento no assassinato
de sete pessoas. O Ministério da Defesa publicou uma nota em que afirma
que a operação apreendeu armas e prendeu outros membros do grupo,
dispostos a colaborar com informação.
Desde 2009, mais de 500 católicos foram assassinados e 20 igrejas e
casas paroquiais foram destruídas no nordeste da Nigéria pelos islamitas
da seita Boko Haram. As autoridades nigerianas estimam que o grupo
terrorista tenha assassinado nos últimos cinco anos cerca de 12 mil
pessoas e ferido ao menos 8 mil.
O nome Boko Haram significa "A educação não-islâmica é pecado".
Teoricamente, a “luta” do grupo extremista é contra a ocidentalização da
educação na Nigéria. Eles pretenderiam atingir esse objectivo mediante a
imposição da sharia, a lei islâmica.
No último dia 7 de Julho, mais de sessenta mulheres sequestradas pelo
Boko Haram conseguiram escapar e voltar para casa, aproveitando-se de
um momento de combate entre os sequestradores e o exército nigeriano na
região de Damboa. A pequena guarda que vigiava o cativeiro dormia no
momento da fuga. Por outro lado, não se sabe praticamente nada sobre as
200 menores sequestradas desde o dia 14 de Abril.
(17 de Julho de 2014) © Innovative Media Inc.
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