Páginas

terça-feira, 15 de julho de 2014

Cuba: cerca de cem Damas de Blanco são detidas por protesto

Depois da missa na paróquia de Santa Rita, elas organizaram uma marcha para recordar as 37 mortes provocadas pelo governo cubano ao afundar uma embarcação em 1994


Roma, 15 de Julho de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora


Cerca de cem “Damas de Blanco” foram detidas em Cuba neste domingo, 13 de Julho, depois de participarem da missa na paróquia de Santa Rita, no sector diplomático de Miramar. Elas realizavam uma marcha para recordar os 20 anos do afundamento de uma embarcação por parte do governo cubano, episódio que causou 37 mortes.

As Damas de Branco são um movimento formado por esposas e outros familiares de presos cubanos, considerados geralmente como presos políticos, embora o governo diga que são presos comuns. Elas são a parte mais visível da oposição e ganharam em 2005 o Prémio Sakarov do Parlamento Europeu.

Em 13 de Julho de 1994, dezenas de pessoas que queriam fugir de Cuba se apoderaram de uma embarcação estatal e partiram rumo aos Estados Unidos. A embarcação foi atacada e afundada por quatro barcos do governo cubano, o que provocou a morte de 37 pessoas.

Interceptadas durante a marcha, as activistas foram presas por policiais uniformizados e agentes civis, enquanto apoiantes do governo comunista de Raúl Castro se manifestavam contra elas gritando "Viva Fidel, Viva Raúl", informa a agência AFP.

As manifestantes foram detidas e levadas pelos agentes, em três ónibus, até unidades policiais. Sem opor resistência, elas continuaram clamando em coro: "Liberdade, liberdade, liberdade". As Damas de Branco são o único movimento que tem autorização desde 2010 para fazer caminhadas de protesto nas ruas aos domingos.

No último sábado à noite, barcos com exilados cubanos provenientes da Flórida lançaram fogos artificiais em águas internacionais de frente para Havana em recordação do afundamento de 1994.

Sem comentários:

Enviar um comentário