Costumo dizer ao meu filho que quem tem uma avó (ô) tem tudo e
ele, na sabedoria de quatro anos, já me devolveu esta frase. Na realidade, é
o que de mais puro sinto ao observar a cumplicidade que tem com quem o mima
sem limites. O meu filho não
conheceu os quatro avós: dos que o precederam, sabe que de um herdou o nome e
de outra, ainda hoje dorme embrulhado em mantas feitas com o mais puro amor
pela sua avó que nos deixou quando ele tinha cinco meses, ainda antes de ele
nascer. Muito sonhou ela este neto. E muito o ama. Os que com ele se
alegram pelo crescimento, descobertas e mimos, já muito partilharam: canções
antigas e pregões da minha avó, a calma do tempo que elege as brincadeiras
como o principal da vida, ou a lição de com 90 anos deitar no chão e brincar
apenas porque o neto assim pediu. Não há stresses, não há açucares a mais,
não há limites para este amor que rejuvenesce e torna perene o indizível,
semeando memórias quando a ausência física se apresentar. Eu que não convivi
com os meus avós, é com alegria que vejo os mimos, a cumplicidade e o desejo
de estar juntos. «Quando o vírus passar vou passar dois dias em casa da avó
para matar as saudades», ouvi há umas semanas. E que bom que assim é, que
assim seja por muito tempo! Obrigada a todos
quantos ajudam os pais, são presença, memória e amor, convite à brincadeira,
com todas as folhas e pedras que há no jardim, com sabor a mar salgado a
horas tardias, com todos os beijos e abraços que há para dar e cumplicidades
que ficarão para a vida toda! As nossas crianças são mais felizes porque têm
avós! E por isso esta data
especial é lembrada
pela Igreja. Mas há mais para
descobrir na página da Agência
Ecclesia. Encontramo-nos lá? Tenha um excelente
domingo, boas férias e continue a cuidar dos outros, cuidando de si! |
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