O campo de extermínio de Auschwitz. Foto © Pawel Sawicki – Auschwitz-Birkenau State Museum – Musealia |
O arcebispo Ludwig Schick, de Bamberg, na Baviera (Alemanha), presidiu a uma missa nas antigas barracas do campo de concentração de Auschwitz (Polónia), em memória do padre Maximiliano Kolbe, que morreu no campo e dos 80 anos da invasão da Polónia e do início da II Guerra Mundial, que se assinalam no próximo domingo, 1 de Setembro.
Schick, que preside ao grupo de ligação entre as conferências episcopais católicas alemã e polaca e disse sentir-se gratificado por falar naquele lugar em nome dos católicos alemães, recordou a invasão alemã da Polónia, afirmando que no início da guerra, as primeiras vitórias nazis já asseguravam “esquemas para eliminar todos os judeus, tal como os [membros das etnias] sinti e roma – que atingiram o clímax trágico em Auschwitz.”
Maximiliano Kolbe, padre franciscano, foi assassinado no campo de extermínio nazi, em 1941, por meio de injeção letal, depois de se ter oferecido para ser executado no lugar de outro preso, que tinha família. O padre Kolbe foi canonizado a 10 de Outubro de 1982 pelo Papa João Paulo II, ele próprio polaco.
O bispo Ludwig Schick louvou o legado de Kolbe, que tinha ascendência alemã e polaca, e que foi preso em Auschwitz por desafiar a política nazi. Schick elogiou a forma firme com que Kolbe defendeu as suas convicções morais e escolheu sofrer ao lado das pessoas que o regime de Hitler considerou como “indesejáveis”. “Kolbe foi um espinho no olho dos nazis, que não reconheceu Hitler como um líder todo-poderoso, antes proclamando que Deus é mestre e governante de todas as pessoas, raças e nações”, afirmou o bispo alemão, na eucaristia realizada no passado dia 14.
Também na passada quarta-feira, 28 de agosto, o Papa Francisco se referiu ao início da II Guerra Mundial, que será evocado no próximo domingo em várias cidades polacas. “Rezemos todos pela paz, para que não se repitam os trágicos acontecimentos provocados pelo ódio, que apenas geram destruição, sofrimento e morte”, disse o Papa, durante a audiência semanal na Praça de São Pedro, citado pela agência Ecclesia.
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