Objeto feito a partir de zinco das barracas de Kibera, no Quénia,
simboliza os mais marginalizados e vai estar em peregrinação pelo mundo
Cidade do Vaticano, 19 out 2016 (Ecclesia) – O Papa abençoou hoje, no
final da audiência pública com os peregrinos no Vaticano, uma custódia
símbolo do amor de Cristo pelos mais pobres e marginalizados, que vai
estar em peregrinação pelo mundo.
Segundo a Rádio Vaticano, esta custódia, nome que designa o objeto
litúrgico onde é colocada a hóstia consagrada, símbolo do Corpo de
Cristo, foi feita a partir de “zinco” retirado das “barracas da maior
favela da África subsaariana”.
Trata-se de favela de Kibera, em Nairóbi, no Quénia, uma das maiores do mundo, com cerca de 2,5 milhões de habitantes.
A ideia da custódia e da peregrinação partiu da Fundação Casa do
Espírito e das Arte, dedicada aos mais desfavorecidos de Itália e do
mundo.
Já antes deste projeto, este organismo tinha apresentado ao Papa
Francisco um cruz construída a partir de bocados dos barcos dos
migrantes que chegaram ao porto da Ilha de Lampedusa.
Um objeto que está em peregrinação desde 9 de abril de 2014, por toda a
Itália, num trajeto sido desenvolvido por inúmeros voluntários e
abrangido paróquias, mosteiros, prisões e hospitais.
A Rádio Vaticano recorda
outro evento, integrado no Ano Santo da Misericórdia, o jubileu dos
migrantes, em que foi celebrada missa e foram consagradas as “hóstias da
misericórdia”, feitas à mão por reclusos do estabelecimento prisional
de Opera, em Milão.
JCP
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