Segundo dados estatísticos provenientes das Nações Unidas, espera-se que aumente a população global das pessoas idosas, do número obtido no ano 2015, de mais de 900 milhões, para 2.1 biliões no ano 2050.
Relativamente a Portugal, no ano 2050, segundo a mesma fonte, seremos o 4º país mais velho do mundo, precedidos pelo Japão.
Face a este contexto, torna-se imperioso, promover cada vez o envelhecimento ativo, as políticas intergeracionais, que venham a capacitar estas pessoas, no sentido de exercerem os seus direitos.
A população envelhecida não constitui o único problema: temos também a baixa taxa de natalidade a qual conduz a uma insustentabilidade social e económica, tendo como base a contração económica e o Estado Social.
A terceira idade deve ser encarada como uma dádiva, uma bênção, e não como um problema. O idoso deve-se manter ativo, na medida em que seja feito com segurança e apoio.
A aprendizagem contínua, bem como a vivência entre as gerações, constitui um fator importante. A redefinição dos papéis familiares deve ter em conta o aumento da esperança de vida, a baixa taxa de natalidade, mas também o desemprego dos jovens, o adiamento da constituição da família, tendo implícito, com frequência, uma maior permanência em casa dos pais, com o seu inerente suporte financeiro, entre outras situações emergentes.
Reveste-se igualmente da maior importância a solidariedade, entre as gerações futuras e presentes, no sentido de perseverar o ambiente, atuando de forma sustentável a fim de que as próximas gerações possam continuar a usufruir dos recursos naturais.
As alterações sociodemográficas, têm contribuído para a mudança da imagem da terceira idade. São seres integrais, os quais têm de ser protagonistas da sua própria vida.
Que a sociedade portuguesa venha a constituir um bom exemplo a replicar, através da promoção de políticas intergeracionais adequadas, enquanto participante no processo de desenvolvimento sustentável, com o objetivo de se alcançar uma sociedade justa, humana e solidária.
Maria Helena Paes |
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