Concluir um projeto que tem 30 anos é um desejo de Isabel Capeloa
Gil no mandato como reitora da UCP onde a Teologia é uma «ciência nodal»
Lisboa, 29 out 2016 (Ecclesia) – A reitora da Universidade Católica
Portuguesa disse à agência Ecclesia que tem “garantias muito sólidas”
para conclui o processo de abertura de um curso de Medicina, com um
“projeto académico diferenciador” e centrado na “defesa inabalável da
vida”.
Isabel Capeloa Gil não diz que o processo esteja “concluído dentro de
um ano”, mas afirmou estar determinada em concretizar o projeto, que
“tem 30 anos”, de abrir um curso de Medicina na Universidade Católica
Portuguesa (UCP), o primeiro numa universidade não estatal.
“A defesa de um modelo de medicina católico, centrado na defesa
inabalável da vida é algo que é essencial ao desenvolvimento das grandes
universidades católicas”, sublinhou a reitora da UCP, no dia da tomada
de posse, esta sexta-feira.
Isabel Capeloa Gil adiantou que o “projeto académico teria de ser
diferenciador” e é necessário garantir o suporte financeiro que o curso
de Medicina exige.
“O modelo que está agora a ser implementado consegue conciliar estas
duas dimensões e em breve daremos notícias felizes para todos os que
desejam ver um curso de Medicina católico em Portugal”, acrescentou.
Numa entrevista que vai ser emitida no programa 70x7 deste domingo
(RTP2, 13h30), Isabel Capeloa Gil adiantou as prioridades para o mandato
que agora inicia como reitora da UCP e disse que o curso de Teologia é
“nodal” para a Universidade Católica
Para a responsárel pela UCP, a Teologia “é uma área viva”, que a
universidade vai “cultivar e desenvolver na intercessão com outras
Faculdades” e, como noutras áreas do saber, é “absolutamente
internacionalizável e há passos que estão a ser dados de forma muito
ambiciosa nesse sentido”.
Isabel Capeloa Gil disse que a Teologia “não é só uma área para a
formação de sacerdotes” e recordou o trabalho que desenvolveu, enquanto
vice-reitora da UCP no mandato que agora terminou para que fosse
reconhecida como “ciência” pelas fundações de fomento à investigação.
“Portugal e França eram - agora é só a França - os únicos países
europeus onde a teologia não era considerada nas fundações de fomento à
investigação. Os projetos teológicos eram apresentados em Filosofia. E
essa situação alterou-se”, lembrou.
Isabel Capeloa Gil referiu uma das “lutas” que travou junto da Fundação
para a Ciência e Tecnologia (FCT) foi pelo reconhecimento da Teologia
“avaliáveis e mensuráveis” pela fundação, o que conseguiu.
A reitora da UCP explica também a internacionalização em curso na
academia, onde 13% dos alunos são estrangeiros, de 90 nacionalidades,
referindo que “tem de ser um processo integrado”, o que que passa antes
de mais pela estruturação interna.
Nesta entrevista, gravada no dia da tomada de posse, a reitora da UCP
explica os projetos que vai tentar implementar durante o mandato de
quatro anos que agora inicia, nomeadamente a iniciativa ‘Católica
I&I’ (Católica Investigação e Inovação), ‘Católica Talentos’ (que
propõe uma nova abordagem à gestão de talentos e à sua promoção) e
‘Católica 4.0’ (para digitalizar e simplificar as estruturas).
Isabel Capeloa Gil referiu-se também à identidade da Universidade,
afirmando que a “relação” e o “testemunho” são os modos fundamentais de
garantir a sua identidade católica.
A entrevista à reitora da Universidade Católica Portuguesa, Isabel Capeloa Gil, é emitida este domingo, às 13h30, na RTP2.
PR
in
Sem comentários:
Enviar um comentário