Francisco recebeu grupo que reúne responsáveis católicos e de forças policiais
Cidade do Vaticano, 27 out 2016 (Ecclesia) - O Papa denunciou hoje no
Vaticano a “chaga social” do tráfico de pessoas, ao receber os membros
do Grupo Santa Marta, que reúne responsáveis católicos e de forças
policiais de vários países.
Francisco assinalou que o tráfico de seres humanos está na origem de
“novas formas de escravidão”, cujas vítimas são “homens e mulheres,
muitas vezes menores, explorados por causa da sua pobreza e
marginalização”.
O encontro começou com uma intervenção do cardeal Vincent Nichols,
presidente da Conferência Episcopal de Inglaterra e Gales, e de Bernard
Hogan-Howe, chefe da Polícia Metropolitana de Londres, que estiveram na
origem do projeto, apoiado pelo Papa desde a sua criação, em abril de
2014.
“É preciso um compromisso concreto, eficaz e coerente tanto para
eliminar as causas deste fenómeno complexo, para encontrar, assistir e
acompanhar as pessoas que caem nas malhas tráfico”, sustentou Francisco.
O Papa falou num número de vítimas que aumenta todos os anos, sobretudo
junto dos “mais indefesos”, aos quais é “roubada a dignidade, a
integridade física e psíquica, mesmo a vida”.
Esta quarta-feira, o Papa Francisco tinha afirmado no Vaticano que os
“muros” que impedem o acolhimento de migrantes e refugiados promovem o
tráfico de pessoas.
"Fechar-se não é uma solução, pelo contrário, acaba por favorecer os
tráficos criminosos. A única solução é a da solidariedade, solidariedade
com o migrante, solidariedade com o forasteiro", disse, na Praça de São
Pedro.
OC
in
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