Foto Agência ECCLESIA/Arlindo Homem - Tomada de posse de Isabel Capeloa Gil como reitora da Universidade Católica Portuguesa |
Ser «mais comunidade do que estrutura», fomentar a
internacionalização e a investigação são as prioridades para projetar
uma «universidade nova»
Lisboa 28, out 2016 (Ecclesia) - Isabel Capeloa Gil, professora
catedrática da Faculdade de Ciências Humanas, tomou hoje posse como
reitora da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e afirmou que quer
construir uma “universidade nova”, que seja “mais comunidade que
estrutura” e marcada pela “internacionalização”.
A cerimónia de tomada de posse decorreu no auditório Cardeal Medeiros,
em Lisboa, e foi presidida por D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de
Lisboa e magno chanceler da Universidade Católica Portuguesa.
A nova reitora afirmou no seu discurso que este "novo ciclo" quer
respeitar "a força das origens", procurando responder a um "momento
difícil" para as universidades e o país.
Isabel Gil falou numa "liderança inteligente", por parte da UCP, com o
seu direito a ser "voz crítica e discordante", em defesa da liberdade de
ensino e de investigação.
“Não somos obra perfeita, somos projeto, e risco”, referiu a nova
reitora da UCP, acrescentando que “a missão da universidade é situar-se
na vanguarda, transgredir produtivamente as fronteiras do conhecimento,
experimentar, explorar com nobre objetivo de melhor a condição humana”.
Isabel Capeloa Gil disse que a nova universidade liga a “catedral à
nuvem”, “tem um espaço, mas não tem muros” e “será grande na medida em
que for mais comunidade do que estrutura física”.
Para a reitora da UCP, a nova universidade “projeta-se ainda numa
relação ambiciosa com o mundo, fomentando a internacionalização dos
alunos, acolhendo culturas distintas e respeitando a diferença das 90
nacionalidades de estudantes que frequentam” e “alargando o espaço da
conversação académica e científica”.
Isabel Capeloa Gil afirmou que o futuro da UCP determina-se por “quatro
linhas mestras” definidas no Plano Estratégico 2015-2010 e que passam
por “posicionar a investigação como suporte fundamental do ensino” e
“incutir um modelo de internacionalização integrada”.
“Desenvolver-se segundo um modelo de especialização inteligente,
sustentado na integralidade ética; e promover a sustentabilidade
financeira dos seus projetos académicos e de investigação” são outras
duas orientações para os próximos anos.
A responsável manifestou "gratidão" pela escolha para este cargo, com a
sua equipa reitoral, com quem quer "cultivar a oportunidade",
apresentando uma UCP "socialmente inclusiva" e "atenta às fragilidades
do mundo".
Na mesma ocasião, tomaram posse como vice-reitores Teresa Lloyd-Braga,
professora catedrática da Faculdade de Ciências Económicas e
Empresariais; José Tolentino Mendonça, professor associado da Faculdade
de Teologia; Miguel Athayde Marques, professor auxiliar da Faculdade de
Ciências Económicas e Empresariais; e Luis Gustavo Martins, professor
auxiliar da Escola das Artes.
A equipa inclui ainda, como pró-reitor, Fernando Ferreira Pinto,
professor auxiliar da Faculdade de Direito, e como administradora Maria
Helena de Almeida, professora auxiliar convidada da Faculdade de
Ciências Económicas e Empresariais.
Maria da Glória Garcia, reitora cessante, recordou as decisões “muito
duras e difíceis” que teve de tomar e agradeceu a “confiança depositada”
em si nos últimos “quatro árduos anos”.
Isabel Maria de Oliveira Capeloa Gil nasceu a 22 de julho de 1965 em
Mira, Coimbra; tem doutoramento em Língua e Cultura Alemãs na Faculdade
de Ciências Humanas da UCP, da qual foi diretora desde 2005 e 2012.
A UCP, criada em 1967, é reconhecida pelo Estado como instituição universitária livre, autónoma e de utilidade pública.
A Concordata entre a Santa Sé e a República Portuguesa assinada em 2004
afirma no seu artigo 21.º a “especificidade institucional” da
Universidade Católica.
OC/PR
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