A Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para a Cultura aborda problemáticas e assuntos ligados à mulher
Cidade do Vaticano, 03 de Fevereiro de 2015 (Zenit.org) Rocio Lancho García
Quais são os espaços propostos para as mulheres na vida da
Igreja? Que tipo de mulher é necessário para a Igreja de hoje? Quais são
as características da presença das mulheres nas diversas sociedades e
culturas? A Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para a Cultura
abordará estas e outras perguntas em seu encontro sobre "As culturas
femininas entre igualdade e diferença", que acontece em Roma de 4 a 7 de Fevereiro.
Para apresentar o evento, participaram hoje na sala de imprensa da
Santa Sé o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho
para a Cultura; Anna Maria Tarantola, presidente da RAI; Monica
Maggioni, diretora da RAI News 24, e Nancy Brilli, atriz.
A assembleia terá quatro sessões: “Entre igualdade e diferença: a
busca de um equilíbrio”; “A geração como código simbólico”; “O corpo
feminino: entre cultura e biologia” e “As mulheres e a religião: fuga ou
novas formas de participação na vida da Igreja".
Participam do congresso os membros e consultores do Pontifício
Conselho com nomeação pontifícia. O evento poderá ser seguido nas redes
sociais através da hashtag #lifeofwomen. Nesta quarta-feira, 4 de Fevereiro, está previsto um evento público no Teatro Argentina de Roma:
serão cinquenta minutos em que se apresentarão vídeos, breves
entrevistas, leituras e música ao vivo.
A programação está no site do dicastério, assim como as linhas de trabalho da Assembleia Plenária.
O cardeal Ravasi declarou que “a expressão ‘cultura feminina’ não
significa separá-la da masculina; ela manifesta, antes, a consciência de
que existe um olhar sobre o mundo e sobre tudo o que nos rodeia, sobre a
vida e sobre a experiência, que é próprio das mulheres”. Ele anunciou
também que há um desejo de criar depois, para o dicastério, uma
consultoria feminina permanente.
Anna Maria Tarantola acrescentou que este congresso procurará
reflectir sobre o papel das mulheres no mundo contemporâneo e na Igreja e
sobre a contribuição que elas podem dar com as suas especificidades e
competências. “Há estudos que destacam que as mulheres têm algumas
características muito apreciadas pelas empresas porque são aptas para
gerir as crises”. Ela recorda que “o trajeto rumo à igualdade não
significa homologação de modelos” e que “temos características que nos
diferenciam, mesmo na igualdade entre os seres humanos. Não devemos
tender ao modelo masculino”.
Outro assunto da assembleia mencionado na conferência de imprensa são as
cirurgias estéticas, consideradas pelo documento como uma “burka de
carne”. Esta definição “é tão acertada quanto aguda e foi dada por uma
mulher. Salvaguardando a liberdade de escolha de cada um, será que não
estamos sob o jugo cultural de um modelo feminino único? Pensamos nas
mulheres usadas na publicidade e na comunicação massiva?”, indaga o
documento. A este respeito, o cardeal Ravasi alerta para a “dimensão
degenerativa” da prática ao perseguir um modelo determinado.
(03 de Fevereiro de 2015) © Innovative Media Inc.
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