O presidente da Conferência Episcopal espera que a visita produza um salto qualitativo na evangelização
Roma, 01 de Julho de 2014 (Zenit.org)
O Bispo de Cheju e presidente da Conferência episcopal
coreana, mons. Pietro Kang U-il, em entrevista à agência AsiaNews
indicou que o seu país “conseguiu grandes metas em todos os campos, mas
que é preciso transformar o desenvolvimento mecânico conseguido até
agora em um desenvolvimento humano: em campo político, económico e
também missionário”. Acrescentou que “agora precisamos parar e reflectir
sobre a nossa maturidade também como Igreja católica”.
Sobre o anúncio da chegada do Santo Padre disse que "hoje, o povo
coreano, e não apenas os cristãos, mas também muitos que não pertencem à
Igreja Católica, sinceramente estão esperando esta visita, com grande
esperança e muitas expectativas diferentes."
Em particular todos esperam que “o Papa possa abrir um novo momento,
uma nova fase para a reconciliação e a unidade entre as duas Coreias, a
do Norte e a do Sul".
Lembrou que os últimos 64 anos foram de muita apreensão e sob
constante ameaça de guerra e que "são muitas as pessoas divididas nas
próprias famílias da região desmilitarizada, que por mais de meio século
não conseguiram encontrar-se de novo desde a separação. Aqueles que
deixaram a sua própria casa durante a última Guerra da Coreia
(1950-1952) esperam desesperadamente uma reunificação, uma vez que
muitos estão morrendo ou por velhice ou por doenças".
Sobre a situação na Coreia enfatizou que houve "nos últimos 50 anos
um rápido desenvolvimento que outras nações teriam levado, pelo menos,
100 anos”. E no campo económico, “embora a nação tenha conseguido feitos
importantes (como demonstra o Pib), a diferença entre ricos e a massa
pobre é quase insuperável."
No que diz respeito à evangelização, a Igreja teve grandes sucessos
do ponto de vista das conversões. “No último meio século a população
católica aumentou de 500 mil para mais de 5 milhões. Mas hoje começamos a
perguntar-nos sobre a qualidade da evangelização”, disse.
Nesse sentido, afirmou, "hoje, a nossa sociedade deveria dar um passo
a frente; do desenvolvimento económico mecânico deve alcançar um
desenvolvimento que integre realmente o ser humano; a democracia de
fachada deve passar para uma democracia do espírito, que respeite
realmente os direitos humanos e os valores da cada indivíduo; das actividades missionárias voltadas apenas para o exterior deve alcançar a
maturidade evangélica na Igreja".
E concluiu, expressando sua esperança de que "o Papa provoque uma
verdadeira oportunidade de mitigar o confronto hostil, abrindo o caminho
para a paz. E rezemos para que possa incentivar a sociedade coreana
para alcançar uma verdadeira maturidade humana em todos os níveis".
(Trad.T.S.)
(01 de Julho de 2014) © Innovative Media Inc.
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