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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Paz e alegria são sinais da presença de Deus na Igreja

As palavras do Papa Francisco na homilia na Santa Marta


Cidade do Vaticano, 30 de Setembro de 2013


A paz e a alegria são o sinal da presença de Deus na Igreja: foi o que disse o Papa Francisco na missa desta manhã, na Casa Santa Marta, comentando as leituras do dia.

Os discípulos estavam entusiasmados, faziam programas, projectos para o futuro sobre a organização da Igreja nascente, discutiam quem fosse o mais importante. Mas Jesus – explica o Papa – os surpreende, transferindo o centro da discussão para as crianças: “Quem entre vós é o menor de todos, este é o maior”:

“O futuro de um povo está justamente aqui, nos idosos e nas crianças. Um povo que não cuida deles não tem futuro, porque não terá memória e não terá promessa! E quanto é comum deixá-los de lado. As crianças são tranquilizadas com uma bala, com um brinquedo. E os idosos são impedidos de falar, ignorando seus conselhos …”. 

E os discípulos, destacou o Papa, não entendiam:

“Eu entendo que os discípulos queriam a eficácia, queriam que a Igreja prosseguisse sem problemas. E isso pode se tornar uma tentação para a Igreja: a Igreja do funcionalismo! A Igreja bem organizada! Tudo no lugar, mas sem memória e sem promessa! Esta Igreja, assim, não funcionará: será a Igreja da luta pelo poder, do ciúme entre os baptizados e tantas outras coisas quando faltam memória e promessa”. 
Portanto, a “vitalidade da Igreja” não está nos documentos e nas reuniões “para planear e fazer bem as coisas”: trata-se de realidade necessárias, mas não são “o sinal da presença de Deus”:

“O sinal da presença de Deus é este, como disse o Senhor: ‘Velhos e velhas se sentarão nas praças de Jerusalém, cada um com sua bengala na mão por sua longevidade. E as praças da cidade estarão repletas de meninos e meninas brincando. Brincadeira nos faz pensar em alegria: é a alegria do Senhor. E esses idosos, sentados com a bengala na mão, tranquilos, nos fazem pensar na paz. Paz e alegria: este é o ar da Igreja!”.


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