Após análise exaustiva por comissão especial, o bispo não poderá exercer o seu ministério. Ele é acusado de gastar 31 milhões de euros em reforma da residência episcopal.
Roma, 23 de Outubro de 2013
Depois de várias e intensas controvérsias levantas na
Alemanha durante a semana passada por causa dos gastos excessivos em sua
residência, dom Franz-Peter Tebartz-van Elst, bispo da diocese alemã de
Limburg, foi suspenso do ministério episcopal.
Em comunicado, a Sala de Imprensa da Santa Sé afirma que "o Santo
Padre foi informado ampla e objectivamente sobre a situação na diocese de
Limburg [...], onde veio a criar-se uma situação em que o bispo, dom
Franz-Peter Tebartz-van Elst, não pode no momento presente exercer o seu
ministério episcopal".
Uma pequena comissão foi criada para investigar o prelado, que é
acusado de ter empregado uma soma de 31 milhões de euros para reformar a
residência episcopal. Diz o comunicado: "Depois da visita fraterna de
Sua Eminência, o cardeal Giovanni Lajolo, no mês de Setembro, a
Conferência Episcopal Alemã, após acordo com o bispo e com o Capítulo da
Catedral de Limburg, constituiu uma comissão para realizar uma análise
minuciosa da construção da sé episcopal".
"Em espera dos resultados das investigações sobre as
responsabilidades a este respeito, a Santa Sé considera apropriado
autorizar a Sua Excelência, dom Franz-Peter Tebartz-van Elst, um período
de permanência fora da diocese [...] Por decisão da Santa Sé, entra em
vigor a partir de hoje a nomeação de Wolfgang Rösch como vigário geral”.
Rösch, que já estava nomeado para assumir as funções do vicariato geral
da diocese a partir de 1º de janeiro de 2014, administrará desde agora a
diocese de Limburg durante a ausência do bispo, "com os poderes
atrelados ao cargo".
Após furiosa polémica na Alemanha, dom Van-Elst tinha viajado a Roma
no início da semana passada para se encontrar com o papa Francisco. O
papa o recebeu na terça-feira, após consultar, nos dias precedentes, o
presidente da Conferência Episcopal Alemã, dom Robert Zollitsch, e o
arcebispo de Colónia, cardeal Joachim Meisner.
Na véspera da audiência com o papa, o bispo de Limburg também recebeu
a visita, em Roma, de seu compatriota mons. Georg Gaenswein, prefeito
da Casa Pontifícia e secretário pessoal do papa emérito Bento XVI.
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