Evento é marcado por encontro na Associação da Imprensa Estrangeira na Itália
Roma, 18 de Outubro de 2013
O Santo Padre publicou uma mensagem por ocasião dos 30 anos
do Centro Televisivo Vaticano (CTV), destacando que não se trata apenas
de recordar o aniversário, mas de fazer algumas reflexões.
“Quero enfatizar que o trabalho de vocês é um serviço ao evangelho e
à Igreja”, disse Francisco, recordando que os documentos conciliares,
com visão profética, sublinhavam "o quanto é importante o uso desses
meios, de maneira que, como sal e luz, eles fecundem e vivifiquem o
mundo, transmitindo a luz de Jesus Cristo e contribuindo para o
progresso de toda a humanidade”.
O papa reconheceu, entretanto, que “a tecnologia nesta década viajou
em alta velocidade, criando inesperadas redes interconectadas, e é
necessário manter a perspectiva evangélica nesta espécie de rodovia
global das comunicações”. Francisco observou que, ao criar o CTV, o
beato João Paulo II quis “favorecer uma acção mais eficaz da Igreja nos
meios de comunicação social para oferecer novos instrumentos comuns e
desenvolver no mundo o papel universal da Igreja”.
O papa afirmou ainda que essa tarefa de contar o que acontece na
Igreja “pede uma responsabilidade particular” que permita “ler a
realidade numa perspectiva espiritual”, porque os eventos na Igreja
respondem a uma lógica que não é a “a lógica das categorias, por assim
dizer, mundanas”.
O presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, dom
Claudio Maria Celli, recordou que 30 anos são uma idade de plena
maturidade, mas não se trata de olhar para trás e sim para o desafio do
futuro, em particular com o papa Francisco: ele é um papa que, além das
palavras, enriquece a sua mensagem com os gestos, estando sempre perto
das pessoas de hoje, de quem sofre e precisa de ajuda.
Por sua vez, a presidente da Rádio e Televisão Italiana (RAI), Ana
Maria Tarantola, definiu o Centro Televisivo Vaticano como um ponto de
referência de qualidade para a comunicação religiosa no mundo. Ela
considera uma conquista saber acolher as oportunidades oferecidas pela
indústria da comunicação, em particular nos últimos 15 anos, porque o
CTV também se transformou em uma agência que oferece serviços. "Com
vocação de serviço, para difundir o trabalho do papa e conectar o centro
da cristandade com o resto do planeta. Um instrumento prestigioso de
difusão da mensagem da fé".
“Temos alguns aspectos que nos unem”, prosseguiu Tarantola: “arquivar
e informar. Por isso, a RAI é uma ‘hóspede’ privilegiada nas relações
com o CTV. Uma relação que se consolidou no final dos anos 90”. A
presidente da RAI recorda o amplo espaço que a emissora abre para os
eventos do Vaticano, criando “um diálogo que enriquece crentes e não
crentes”.
in
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