Como apurado por Fides os religiosos indianos reencontram as motivações profundas para sua obra de testemunhas e evangelizadores
Roma, 18 de Outubro de 2013
“A Índia necessita de Cristo. No contexto socio-político
indiano, nós religiosos somos chamados a testemunhar o Evangelho. Talvez
não seja permitido baptizar, mas podemos promover os ‘Christa-bhakta’ ou
seja, ‘devotos de Cristo’ entre os hinduístas, que não aceitam o rito
do baptismo enquanto comporta uma rejeição pública de sua religião e
casta”: como afirma uma nota enviada a Fides pela “Conferência dos
Religiosos da Índia”, foi o que disse o pe. Mahendra Paul,
Superior-Geral da “India Missionary Society”, ordem religiosa muito
difusa no subcontinente indiano, participando do encontro dos Superiores
maiores das congregações religiosas, masculinas e femininas, organizado
nos dias passados em Agra por ocasião do encerramento do Ano da Fé.
Como apurado por Fides, na conclusão de um tempo dedicado à
reflexão, os religiosos indianos reencontram as motivações profundas
para sua obra de “testemunhas e evangelizadores”. Pe. Mahendra Paul
declarou: “A Índia afirma ter uma cultura religiosa, mas em termos de
ética, é uma das sociedades mais corruptas do mundo. Existem injustiças e
violências, atrocidades contra mulheres e crianças, divisões de casta.
Na Índia, a religião não transforma a vida. Os meios de comunicação de
massa estão repletos de propaganda religiosa e encorajam práticas
supersticiosas, que muitas vezes são somente actos de ritualismo vazio”. É
a fé o “gerador” da evangelização, declarou de modo enérgico o
palestrante. “A fé não é estática, mas conduz a uma vida activa em
sintonia com os ideais e os valores de Jesus: a fé gera a mudança”. Em
especial, convidar os hinduístas a se tornarem “Christa-bhakta” é uma
possível “estrada propedêutica” ou uma “estratégia alternativa” que,
recordou o Superior, “é o que falava Madre Teresa: a conversão do
coração”.
No debate que se seguiu, os religiosos indianos, certos de que “as
pessoas que fazem uma autêntica experiência de Deus possam
compartilhar”, expressaram o desejo de “reavivar o fogo divino em nós
para encher o mundo com a luz da sua bondade”.
in
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