Recebida a notícia centenas de fiéis se reuniram diante do santuário para protestar
Roma, 29 de Outubro de 2013
“Uma acção perpetrada de maneira fria e covarde”. Assim Dom
Joaquim Ferreira Lopes, Bispo de Viana, descreve a profanação do
Santuário de Muxima, em Angola. Segundo Radio Ecclesia (emissora da
Igreja angolana), no domingo 27 de outubro, 6 pessoas não identificadas
vandalizaram e destruíram algumas imagens de Nossa Senhora veneradas no
Santuário. “Felizmente, a imagem principal de Nossa Senhora de Muxima
(uma imagem, ndr.) sofreu danos limitados, mas outras imagens são
irrecuperáveis porque foram barbaramente destruídas”, afirmou o Bispo. O
grave ato de vandalismo foi cometido no dia do encerramento do Ano da
Fé em Angola.
Recebida a notícia centenas de fiéis se reuniram diante do
santuário para protestar. Dom Lopes convidou todos a manter a calma, mas
sublinhou que além de alguns danos materiais, as autoridades devem
considerar “os danos menos visíveis, ou seja, os danos morais que afectam
o coração das pessoas que provocam raiva na população, que se sente
privada dos símbolos aos quais é muito devota”. As autoridades
anunciaram uma investigação e o recurso a especialistas para consertar a
imagem da Virgem.
Segundo notícias da imprensa, a polícia parou algumas pessoas
pertencentes a confissão evangélica chamada “Igreja profética da Arca de
Belém” e está avaliando a sua posição em relação ao ato de profanação.
Os bispos angolanos expressaram em várias ocasiões suas preocupações
pelo aumento das seitas e pelo forte crescimento de imigrantes de
religião muçulmana no país (veja Fides 18/11/2011). Uma preocupação
manifestada no final de sua última Assembleia Plenária por Dom Manuel
Imbamba Arcebispo de Saurimo e porta-voz da CEAST, que numa entrevista a
Rádio Ecclesia afirmou que a Igreja Católica não pode impedir a entrada
de algumas religiões no país, mas sublinhou que não se pode ignorar “as
graves consequências” por causa da chegada de formas religiosas
marcadas “pela intolerância, fundamentalismo, violência e perversão de
sua própria cultura”.
Recordando que existem países que financiam a expansão do Islão para
fins políticos, Dom Imbamba concluiu: "Devemos ficar atentos contra
essas situações, olhando para as situações de violência na Nigéria,
República Centro-Africana e Oriente Médio”.
in
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