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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Alice Cooper, de cantor de rock satânico a cristão comprometido

"Satanás não é um mito", afirma agora o cantor 

Actualizado 13 de Outubro de 2013

Fernando de Navascués / ReL

Alice Cooper, a estrela de rock maldita, abandonou o mundo do satânico e voltou ao mundo de Cristo. O seu verdadeiro nome é Vincent Damon Furnier, mas tomou o artístico de Alice Cooper porque esta era uma bruxa e uma feiticeira das que foram mortas em Salem, Estados Unidos, nos finais do século XVII às mãos de uns protestantes radicais.

Alice foi durante anos um dos mais bem-sucedidos e aclamados músicos do Heavy Metal. Os seus concertos eram macabros, com guilhotinas que matavam manequins, bonecas empaladas e, por suposto, a serpente pitão que costumava levar sobre o seu pescoço. Com a sua maquilhagem agressiva, Cooper inspirou outros artistas como os do grupo Kiss ou Marilyn Manson. 

O cristianismo não é questão de regras
Alice, que actualmente tem 65 anos, ofereceu várias entrevistas à imprensa estadunidense explicando a sua mudança radical de vida. Numa delas, ao Cherokee Tribune, confirmava a notícia e explicava: “Sim, é certo, sou um cristão que voltou a nascer. Porque cada um dos que acreditam em Cristo vive uma vida nova, tem uma percepção diferente da própria existência – explica o cantor. Não é como na Cientologia, onde tudo se baseia nas tuas forças, nas tuas capacidades, no teu esforço por melhorar-te. O cristianismo, por outro lado, é uma relação pessoal com Cristo: não é uma questão de regras ou de técnicas...”

Também lhe perguntaram como compaginar a sua nova vida com a de artista, ao que respondeu que “na Bíblia não está escrito em nenhuma parte que uma estrela de rock não possa ser cristã. Quantos cristãos – pergunta o artista - não serão franco-atiradores, lutadores de boxe ou qualquer outra coisa? O cristianismo pode passar através de todos os tipos de ofícios, talvez o de uma estrela de rock seja o menos pior...”, remata Cooper.

A influência da sua mulher
Tudo começou graças à influência da sua mulher, Sheryl, com quem leva casado cerca de 40 anos e com quem tem 3 filhos. O problema vinha de trás. Alice tinha um grande vício pelo álcool e a sua vida era um autêntico desastre. Então Sheryl animou-o a visitar uma igreja evangélica onde poderiam ajudá-lo.

O pastor, conta o próprio Cooper, lançou-lhe “um sermão incendiário sobre o inferno“, que chegou a tal nível que ao músico se lhe deu vontade de ir dali e continuar zombando do sagrado. Noutra entrevista, Alice Cooper confirma-o com rotundidade: “Eu quero dizer: tenham cuidado! Satanás não é um mito; não vão por aí crendo que Satã é uma brincadeira”.

Ele que antes era um modelo para alguns cantores, agora soube encontrar o seu sítio: “Não quero converter-me numa celebridade cristã”, assegurou na revista musical Hard Music Magazine, porque “é muito fácil concentrar-se em Alice Cooper e não em Cristo. Eu sou um cantor de rock. Não sou nada mais do que isso. Não sou um filósofo. Considero-me muito abaixo na escala dos cristãos conhecedores. Assim não procures respostas em mim”.

Louvem a Deus pelo que sou agora
“Ser cristão é algo no qual vais progredindo, é uma dinâmica em movimento. Vamos aprendendo. Vamos ao nosso estudo bíblico. Devemos rezar. Eu era uma coisa antes. Agora sou algo completamente novo. Não julguem Alice pelo que costumava ser. Louvem a Deus pelo que sou agora”, conclui.

As letras das canções de Alice Cooper falavam de necrofilia, violência, sexo, álcool e drogas, e com elas vendeu mais de 50 milhões de discos. Agora quer dedicar a sua vida “a seguir Jesus Cristo".


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