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sábado, 7 de novembro de 2015

Cardeal Bagnasco: "O papa é apoiado por todos os seus bispos"

O presidente do episcopado italiano falou sobre os novos vazamentos de documentos do Vaticano e sobre a solidariedade social

Cidade do Vaticano, 06 de Novembro de 2015 (ZENIT.org)

O papa "não está sozinho de jeito nenhum": pelo contrário, "está rodeado e apoiado" com afeto e lealdade "por todos os seus bispos", declarou o cardeal Angelo Bagnasco, presidente da Conferência Episcopal Italiana, jogando água fria no fogo mediático em torno ao chamado “Vatileaks II”. Falando durante a conferência “Um novo humanismo”, organizada pela paróquia do Hospital Pediátrico Gaslini, de Génova, Bagnasco assegurou que não tem "preocupação alguma com essa divisão que querem criar diante da opinião pública para gerar mais confusão", embora esta situação realmente seja motivo de "grande tristeza e pesar" para o Santo Padre e para "todos nós, pastores".

De uma polémica para a outra, o cardeal Bagnasco também abordou as acusações indiscriminadas de má gestão dos fundos direcionados pelos italianos à Igreja no país, que são administrados pela conferência episcopal e não pelo Vaticano. Para o arcebispo de Génova, “é evidente para todos” o modo como é administrado esse dinheiro “por dioceses, paróquias, associações e centros de acolhimento para os pobres, tanto italianos quanto imigrantes, e para lutar contra todas as formas de pobreza, velhas e novas".


O cardeal comentou ainda sobre as perspectivas positivas para a economia italiana por parte da Comissão Europeia, dizendo-se esperançoso. No entanto, observou, "até agora não nos consta um impacto positivo para as famílias, para os jovens ou nem tão jovens que perderam seus empregos".


A este respeito, o cardeal recordou que toda a sociedade deve agir "por meio de redes, não só institucionais, embora estas sejam indispensáveis, mas também voluntárias e de afeto" para ajudar os necessitados. "No contexto cultural ocidental, a vida já não é um valor inviolável, não é mais considerada como algo de que não se pode dispor a bel-prazer. Numa visão não só religiosa, mas puramente racional, a vida é um presente, porque ninguém se dá a vida. É algo que recebemos, que é maior do que nós, que é anterior a nós e que devemos acolher com gratidão e preservar com amor, dentro de um contexto, de uma rede que hoje se tornou mais frágil".


"Nesta sociedade, nesta cultura muito isolada e individualista, é cada vez mais difícil cuidar da vida em todas as suas formas, desde a concepção até o último momento".

(06 de Novembro de 2015) © Innovative Media Inc.
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