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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Publicado o programa da visita do Papa à Albânia

O Santo Padre chegará em Tirana na manhã de 21 de Setembro e voltará para Roma na tarde do mesmo dia


Roma, 31 de Julho de 2014 (Zenit.org)


O Papa partirá para sua viagem apostólica à Albânia às 7h30 no próximo 21 de Setembro do Aeroporto de Fiumicino. Este foi o comunicado da Sala de Imprensa do Vaticano, que anuncia que a cerimónia de boas-vindas será realizada às 9h30, no Palácio presidencial de Tirana, seguido da visita de cortesia ao Presidente da Albânia Bujar Nishani.

Imediatamente depois, o Santo Padre se encontrará com autoridades locais e às 11h irá para a Praça Madre Teresa Praça para celebrar a Missa e rezar o Angelus. Em seguida, às 13h30 o Papa almoçará com os bispos albaneses na Nunciatura Apostólica.

Na parte da tarde, às 16h, o Pontífice se reunirá com os líderes de outras religiões e denominações cristãs na Universidade católica de Nossa Senhora do Bom Conselho. Uma hora mais tarde, às 17h, a celebração com os sacerdotes, religiosos e religiosas, seminaristas e os movimentos leigos na Catedral de Tirana. Aqui, o Pontífice também fará um discurso oficial.

O último compromisso será às 18h30 no Centro de Betânia, com as crianças e alguns pacientes de institutos de caridade da Albânia. A cerimónia de despedida está agendada no aeroporto de Tirana às 19h45, antes de partir para Roma, que será por volta das 20h.

O arcebispo de Tirana, Rrok Mirdita, diz à Rádio Vaticano que a Igreja na Albânia aguarda o Papa Francisco "com alegria e afecto, mas também as outras religiões e os não crentes têm grande estima e apreço por ele". Mons. Mirdita também diz que o Santo Padre encontrará na Albânia "um modelo exemplar de coexistência religiosa". 

"Em Gaza, não há vencedores"

Durante a sua viagem a Washington, o Patriarca Twal expressou ao governo estadunidense as suas preocupações com os cristãos da Terra Santa


Roma, 31 de Julho de 2014 (Zenit.org)


No decorrer de sua longa jornada nos Estados Unidos, que durou do 8 ao 28 de Julho, o Patriarca Latino de Jerusalém, mons. Fouad Twal manifestou sua preocupação com a situação na Faixa de Gaza, onde "os cristãos e os muçulmanos inocentes são mortos a cada dia".

Segundo informa o site do Patriarcado, no passado 24 de Julho, Twal reuniu-se com o staff da Casa Branca Denis McDonough, e o Conselheiro Presidente, John Podesta, para discutir da situação dos cristãos na Terra Santa, no quadro alarmante da guerra em Gaza, por outro lado degenerada durante as semanas de ausência do patriarca.

"Não há vencedores nesta guerra em Gaza. No final disso só haverá morte e destruição”, declarou monsenhor Twal, acrescentando que" a única solução é chegar a um acordo em que os direitos dos palestinianos sejam reconhecidos, porque a paz é construída sobre a justiça".

O Patriarca também levantou a questão da divisão das famílias e, em particular, da incapacidade dos palestinianos que vivem em Jerusalém, de se reunir com seus cônjuges nos territórios palestinianos da Cisjordânia: eles são forçados a viver ou separadas de seu cônjuge ou a viver com o seu cônjuge fora de Jerusalém, abandonando suas casas e o estatuto de residente.

Durante as conversações com o Patriarca, McDonough prometeu o compromisso da Casa Branca, a fim de facilitar o reagrupamento familiar.

Por sua parte, o maior expoente da Igreja Latina em Jerusalém informou também o risco de confisco de alguns edifícios de culto católicos, perto da área do muro e até mesmo a possível demolição de outros como o mosteiro Salesiano de Cremisan, perto de Belém. 

Iraque: nasce um grupo de resistência armada contra os jihadistas

É chamado de "Brigadas Mosul". O bispo caldeu de Mosul, por sua vez, negou a notícia sobre a destruição de igrejas cristãs


Roma, 31 de Julho de 2014 (Zenit.org)


Nenhuma igreja destruída em Mosul. Isto foi afirmado pelo bispo caldeu da cidade iraquian, Mons. Amel Shimon Nona, que à Agência Fides nega as notícias que circularam nos últimos dias na internet que dizia que os jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante teriam demolido edifícios sagrados cristãos. Os únicos casos de destruição até agora são de algumas mesquitas, como a do profeta Jonas, explodida no dia 24 de Julho.

"Algumas igrejas e edifícios pertencentes às igrejas e comunidades cristãs têm sido ocupado - diz o bispo caldeu -, mas até agora não houve destruição."Mons. Nona diz que está “inquieto” de que os “os sofrimentos e os problemas dos cristãos do Iraque e do Oriente Médio neste momento tão conturbado possam se tornar pretexto de operações alarmistas e de propaganda, evidentemente interessadas em alcançar outros fins".

Sofrimentos e problemas que os cristãos do Iraque decidiram enfrentar criando um movimento local de resistência. De acordo com testemunhos locais recolhidos pela Agência Fides, no último final de semana pelo menos 5 jihadistas teriam sido executados por grupos de jovens organizados em grupos armados de resistência para se opor ao regime imposto pelos islamitas. O nome do grupo seria "Brigadas em Mosul". 

Tudo pronto para a Festa do Perdão em Assis

A inauguração será amanhã, 1 de Agosto, com a abertura da Porta da Porciúncula por mãos do Ministro Geral dos Frades Menores


Roma, 31 de Julho de 2014 (Zenit.org)


Daqui a poucas horas será a abertura do Portão da Porciúncula que inaugurará solenemente a Festa do Perdão de Assis. Vai acontecer pelas mãos do frei Michael Perry, Ministro Geral dos Frades Menores, durante a celebração solene de Abertura do Perdão sexta-feira, 1 de Agosto de 2014, às 11h.

Destacam-se também outras actividades, como a Hora de espiritualidade na Rádio Maria, com a oração do Santo Terço transmitida ao vivo do Convento da Porciúncula a partir das 16h45.

Depois do enorme sucesso do ano passado (com o prof. Massimo Cacciari), também neste ano haverá a conferência com Enzo  Bianchi – Viver o Perdão – às 17h no Teatro das Esteiras.

Sábado, 2 de Agosto, vamos entrar no coração da solenidade, com diferentes celebrações. Destacamos especialmente a Solene Celebração eucarística das 11h presidida por Mons. Domenico Sorrentino, bispo de Assis, com súplica à Nossa Senhora dos Anjos e o canto dos peregrinos do Abruzzo.

Às 15h viveremos um dos momentos mais amados pelos jovens: a chegada da 34ª Marcha Franciscana, com o tema "Cem por um". Mais de 1.000 jovens peregrinos – provenientes de todas as regiões da Itália e do exterior – passarão como um luminoso e sorridente rio por meio da Porciúncula, meta de sua longa caminhada. Mais informações em www.assisiofm.it.

Para saber mais sobre a história, o significado e as condições de Indulgências da Porciúncula, visite a página http://www.porziuncola.org/il-perdono-della-porziuncola-15-1.html.

Ainda hoje, São Francisco anuncia alegre, "Quero levar-vos todos ao Paraíso" 

Na África, a situação está "fora de controle" para o surto de Ebola

De Março até hoje, houve mais de mil casos de pessoas afectadas pela doença


Roma, 31 de Julho de 2014 (Zenit.org)


O flagelo do ebola está invadindo a África Ocidental e agora ameaça também outros países. Assim o revela Bart Janssens, director das operações de Médicos Sem Fronteiras, em uma entrevista com o jornal La Libre Belgique. Janssens não hesitou em chamar a epidemia de "sem precedentes" e "fora de controle", e afirmou ainda que "a situação só pode piorar".

Serra Leoa, Guiné, Libéria e Nigéria são os Países actualmente afectados. De Março até hoje, houve 1.201 casos notificados e 672 mortes, de acordo com o Centro para a Prevenção e o Controle das doenças de Atlanta, nos Estados Unidos.

O medo e o desconforto aumentaram depois que o vírus causou a morte de Sheik Umar Khan, médico de trinta e nove anos da Serra Leoa, famoso director do principal centro contra o vírus do Ebola em Kenema. Mortos com ele também três enfermeiras que trabalhavam no mesmo edifício. O Ministro da Saúde, Miatta Kargbo, declarou Khan um "herói nacional", celebrando o seu "enorme sacrifício" para salvar as vidas dos outros.

O vírus Ebola é extremamente agressivo para os seres humanos que causa uma febre hemorrágica devastadora. O vírus é potencialmente fatal e produz uma série de sintomas como febre, vómitos, diarreia e, por vezes, hemorragia interna e externa. A taxa de mortalidade é muito elevada (90%), também porque actualmente não existe nenhuma vacina eficaz.

Espanha: 2015 será o primeiro ano jubilar do Caminho Inaciano

O segundo Ano Jubilar será celebrado em 2021-2022, quinto centenário da conversão de Santo Inácio e sua peregrinação a Manresa


Roma, 31 de Julho de 2014 (Zenit.org)


Por ocasião da festividade de Santo Inácio, a Companhia de Jesus constituiu oficialmente, este 31 de Julho, a Obra Apostólica Caminho Inaciano “com a missão de manter vivo o espírito inaciano da peregrinação”.

O primeiro ano jubilar será celebrado do 31 de Julho de 2015 ao 31 de Julho de 2016, enquanto que o segundo ano jubilar está previsto do 31 de Julho de 2021 ao 31 de Julho de 2022, quando se celebra o quinto centenário da conversão de Iñigo de Loyola e sua peregrinação a Manresa. O encerramento dos dois anos jubilares coincide com a celebração, no domingo, da festa de Santo Inácio.

A tradição de peregrinar aos santuários de Loyola e Manresa se tornou popular no século XVII, após a canonização de Santo Inácio e São Francisco Xavier. Esta tradição tem aumentado ao longo do século XX e início do XXI, assim como a piedade ligada às peregrinações. O Caminho inaciano, indica  da Companhia, nasceu com a vocação de veicular essa piedade por meio de uma proposta de peregrinação que relembra o caminho percorrido por Inácio de Loyola em 1522.

O trabalho de construção desta nova rota começou no final de 2010. E este trabalho deu como fruto a criação da Obra Apostólica Caminho Inaciano (OACI) da Companhia de Jesus. A sua missão será “manter vivo o espírito inaciano nos quase 700 km de peregrinação que unem o santuário de Loyola com o da Cova de Manresa”.

O bispo de São Sebastián, mons. José Inacio Munilla Aguirre, e o bispo de Vic, mons Romà Casanova i Casanova apoiaram esta iniciativa, com a qual celebrarão dois anos de comemoração jubilar nos santuários de Loyola e Manresa, bem como ao longo do Caminho Inaciano “entendido como experiência contínua dos Exercícios Espirituais”, observa a Companhia de Jesus.

Da mesma forma, querem lembrar que "o Jubileu do Caminho Inaciano atinge aqueles que, cumprindo as condições estabelecidas pelo direito canónico - missa, confissão e oração segundo as intenções do Papa – realizem a peregrinação do Caminho Inaciano vivido em espírito de peregrinação e, seguindo alguma modalidade dos Exercícios Espirituais, visitem algum dos santuários inacianos do caminho, e levem adiante alguma obra de caridade, seja já antes ou durante a peregrinação”. Além do mais, foi pedido ao Santo Padre a concessão de indulgências especiais para os mencionados Anos Jubilares.

"Peregrinos da Paz, vamos rezar com nossos irmãos"

150 pessoas de toda a Itália rumo a Terra Santa junto com Salvatore Martinez e a Renovação


Roma, 31 de Julho de 2014 (Zenit.org)


A missão da Renovação no Espírito Santo não para na Terra Santa, apesar das dificuldades causadas pelo conflito que estes dias sitia a Faixa de Gaza e Israel. Também este ano, o Movimento propõe a Peregrinação Nacional para a Terra Santa saindo da Itália em 31 de Julho, com retorno previsto para 7 de Agosto.

Acompanhado de meditações espirituais do presidente nacional Salvatore Martinez e guiado pelos directores espirituais Pe. Guido Pietrogrande, Pe. Patrizio Di Pinto, Pe. Giovanni Alberti, Pe. Fulvio Bresciani e Pe. Vincenzo Apicelli, 150 participantes de toda a Itália renovarão a fé nos passos dos profetas, de Jesus, da comunidade cristã primitiva, de Nazaré até Jerusalém.

O programa que propõe  experiências espirituais em lugares importantes como o Monte Carmelo, a Igreja de São Gabriel e Antiga Fonte, a Basílica da Anunciação, Caná da Galiléia, o Monte Tabor, o Monte das Bem-Aventuranças, o rio Jordão, Tabgha, Cafarnaum, Qumran, Jericó, Wadi Kelt, termina com um itinerário preciso em Jerusalém.

A peregrinação será uma ocasião especial para a comunhão e partilha com as comunidades cristãs presentes nas cidades previstas no programa, como vivido nos anos anteriores. Haverá também alguns momentos especiais de oração pela paz na Terra Santa, para oferecer aos irmãos que vivem as dificuldades cotidianas gestos concretos de proximidade e solidariedade.

A iniciativa também será enriquecida com alguns encontros especiais: com Mons. Fouad Twal, Patriarca Latino de Jerusalém, Dom. Giuseppe Lazzarotto, Núncio Apostólico em Israel; Mons. William Hanna Shomali, vigário patriarcal para Jerusalém, Mons. Giacinto-Boulos Marcuzzo, vigário patriarcal para Israel, com o Padre Pizzaballa OFM, guardião da Terra Santa e os membros do  grupo da Renovação "Espírito e Força", de língua árabe, no Convento do Arcanjo Gabriel Mujedel - Migdal Ha 'Emeq.

Partindo para a Terra Santa, o presidente Martinez sublinhou "a importância de repetir também este ano a experiência da tradicional peregrinação para a Terra Santa, uma terra que parece não conhecer a paz e pela qual não devemos dar trégua na oração".

"Uma grande fé - disse Martinez – anima os peregrinos que se tornam embaixadores de oração e de paz" no contexto histórico que vivemos. 150 pais, mães, crianças, idosos, irmãs e irmãos que, com coragem, mais do que se deixar levar pelo medo da morte, se deixam impulsionar pelo Espírito para tornar-se profecia de vida, sinal visível de fraternidade para com aqueles que sofrem e que esperam,  um exemplo humilde de proximidade aos nossos irmãos e irmãs perseguidos por causa da injustiça humana”.

A Renovação tem uma ligação especial com a Terra Santa por causa do trabalho em desenvolvimento no Centro Internacional para a Família de Nazaré, projecto confiado pela Santa Sé ao Movimento, através do estabelecimento de uma Fundação  Vaticana ("Centro Internacional para a Família de Nazaré"), presidido por Salvatore Martinez nomeado para trabalhar pela edificação do Centro que será construído no topo da colina com vista para Nazaré.

A estrutura será um centro de espiritualidade familiar que acolherá famílias de peregrinos na Terra Santa, bem como de formação para a vida parental e familiar, de pastoral e de preparação para a Nova Evangelização. 

(Trad.:MEM)

Aumenta o número de casais sem filhos na Itália

A análise do Istat confirma os dados do declínio demográfico: em dez anos, um aumento de 10% das famílias sem filhos. Fórum da Família: "Precisamos de mais atenção para aqueles que querem constituir família"


Roma, 31 de Julho de 2014 (Zenit.org)


Na Itália há mais casais sem filhos. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Istat, em dez anos, o número aumentou em 10%. No censo de 2011 as famílias italianas eram 24.611.766, das quais 7.667.305 formadas por uma única pessoa e 3.304.078 famílias com mais pessoas. Dez anos depois, em 2011, se confirma a tendência crescente de casais sem filhos e famílias monoparentais.

Apesar de casais com filhos (8.766.690) ainda constituir o tipo predominante de núcleo familiar, representa 52,7% do total, o censo de 2011 revela a presença de 5.230.296 casais sem filhos (31,4% do total), com aumento de 474 869 (10%) em relação ao ano de 2001 (4.755.427).

Em nível local, os casais com filhos têm uma incidência mais elevada do que a média nacional em algumas regiões do sul, onde há também uma ligeira diminuição demográfica. Em Campania casais com filhos são 59,9% do total, na Puglia, 58,9%, 58,5% em Basilicata, na Calábria 58% e na Sicília 57%. Valores abaixo da média nacional são registados na região de Liguria (42,8%), em Aosta (46,9%) e no Piemonte (47,1%).

Os dados publicados pelo Istat sugere a Francesco Belletti, presidente do Fórum das Associações Familiares, uma reflexão qualitativa. Belletti observa que "90% da população vive na família, compartilha a vida com outra pessoa, e o modelo single, embora muitas vezes tão apoiado pelo marketing, apesar do crescimento, não é interessante para o projecto de vida italiano".

De acordo com o presidente do Fórum, "é necessário uma grande atenção a favor dos projectos para a família por parte de toda sociedade, para apoiar a jornada difícil, mas emocionante de "constituir família" em uma sociedade que parece prescindir os genuínos laços familiares ou combate-los ferozmente". 

(Trad.:MEM)

Atrocidades do grupo Estado Islâmico (EI) destacam a importância da liberdade religiosa

O arcebispo de Denver pede o envolvimento das pessoas de fé autêntica no sistema político em todos os níveis


Roma, 31 de Julho de 2014 (Zenit.org)


Reproduzimos a seguir a coluna assinada pelo arcebispo dom Samuel Aquila, de Denver, nos EUA, publicada originalmente no Denver Catholic Register.

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"Pela primeira vez na história do Iraque, Mossul está agora vazia de cristãos", disse o patriarca Louis Sako depois de vencido o ultimato dado pelos extremistas islâmicos, ao meio-dia do último dia 19 de Julho. A cidade de Mossul tinha contado com a presença cristã fazia mais de 1.700 anos. Agora, porém, o grupo militante extremista Estado Islâmico (EI) os expulsou, na tentativa de expandir o próprio território regido pela sua particular interpretação da sharia, a lei islâmica.

Nossos irmãos e irmãs na fé foram intimados a deixar suas casas e a ir embora com as suas famílias caso desejem preservar a fé cristã. Se ficassem, teriam duas opções: converter-se ao islão ou morrer. À medida que as famílias desesperadas partiam, eram obrigadas a entregar todo o dinheiro ou objectos de valor que possuíssem, além dos passaportes.

Em Mossul, os membros do EI marcaram as casas dos cristãos com a letra árabe "N", pichada com spray vermelho. É a inicial de “nazarenos”, o termo com que o alcorão denomina os cristãos. A marca significa que a casa pode ser saqueada e ocupada pelos seguidores do EI. Os cristãos não foram os únicos alvos: os muçulmanos xiitas também tiveram as casas pichadas com a letra "R", por "rejeitarem" os militantes do islamismo sunita.

Com a partida dos cristãos, o EI começou a queimar igrejas históricas, mosteiros e mesquitas xiitas. Uma das mesquitas demolidas tinha sido um antigo mosteiro católico que continha o túmulo do profeta Jonas. Era local de peregrinação para cristãos e muçulmanos havia séculos. Tornou-se uma pilha de escombros.

O bispo auxiliar de Bagdad, dom Shlemon Warduni, também descreveu como os idosos, os doentes e as crianças pequenas estão sendo tratados pelos militantes. E lamentou: "Nós nos perguntamos: por que isso está acontecendo? Essas coisas contra a dignidade humana, contra Deus, contra a humanidade? Esses militantes arrancam os remédios das mãos de crianças, crianças pequenas, e os atiram no chão".

Eu uno a minha voz à do papa Francisco e à de muitos outros que condenaram e clamam contra esta grave injustiça. É evidente, pelas suas acções, que o EI não é capaz de entrar em diálogo e não pode ser confiável para proteger os cristãos ou outras minorias. Ou é do jeito deles, ou é a morte.

O que devemos fazer então? Em primeiro lugar, temos que expressar a nossa solidariedade para com os nossos irmãos cristãos do Oriente Médio por meio de apoio material e espiritual. Temos que orar e jejuar pelos nossos inimigos e pela sua conversão de coração, tal como Jesus nos ordena no Evangelho. Podemos também doar para as agências que ainda estão trabalhando em meio ao caos, como a Catholic Relief Services, a Ajuda à Igreja que Sofre e a Rede Católica Internacional de Migração.

Ao agir e manifestar a nossa solidariedade para com os que sofrem perseguição, nós crescemos em coragem e misericórdia. Essas virtudes essenciais são necessárias nos tempos em que vivemos e temos que desejá-las em nosso coração, se queremos que a paz aconteça. Estas duas virtudes também são necessárias para protegermos a nossa liberdade religiosa no Estado do Colorado e em todo o nosso país.

A segunda coisa que devemos fazer na esteira dessas atrocidades é reflectir sobre o quanto elas ressaltam a importância fundamental da liberdade religiosa para que exista uma sociedade civilizada. Mas não fiquemos só no pensamento. Todos nós temos que nos engajar activamente no sistema político para proteger os nossos direitos religiosos e trabalhar pelo bem comum, à luz do Evangelho e da nossa fé.

A liberdade religiosa não consiste apenas em poder louvar a Deus numa casa de oração. Para os cristãos, consiste em poder ser cristãos, em deixar a nossa fé impactar a nossa forma de trabalhar, de fazer compras, de tomar decisões, de formar as nossas famílias, de trabalhar em nossas instituições de caridade e em nossas empresas e de interagir com o resto da sociedade. O verdadeiro encontro com Jesus e com a sua Igreja é tão poderoso que não afecta apenas o que fazemos aos domingos: ela afecta as nossas vidas inteiras.

Como americanos, nós fomos abençoados por viver em um país que tem valorizado a fé e, na maior parte dos casos, tem respeitado o nosso direito de praticá-la livremente. Mas o apoio do governo à fé está diminuindo cada vez mais. A prova mais recente disso é a decisão executiva do presidente Barack Obama de incluir os indivíduos com atracção pelo mesmo sexo e as pessoas transgénero em uma lista de classes protegidas nas contratações federais. O aspecto mais significativo desta ordem é que ela não inclui qualquer isenção religiosa, apesar das repetidas solicitações de respeito à objecção de consciência.

A melhor defesa contra isso é o envolvimento de pessoas de fé autêntica no sistema político, em todos os níveis. Várias pessoas já me disseram que orar e agir para derrotar os projectos de lei contrários à dignidade humana foram a sua primeira atitude política em muitos anos. Algumas pessoas me disseram também que não votaram nas últimas três eleições porque tinham perdido a esperança no governo!

Mas a atitude cristã na política deve ser de esperança, porque Cristo pode vencer qualquer coisa. O maligno quer que percamos a esperança e nos desesperemos, mas a ressurreição de Jesus nos garante o contrário. Com Deus, todas as coisas são possíveis para o bem e para a verdade, mas nós, como seres humanos, temos que agir para defender esta verdade. Somos chamados a ser pessoas de esperança que depositam a confiança em Cristo, para que Ele nos ajude a fazer do seu Reino uma realidade aqui na terra.

Oro para que todos os que lêem esta coluna ou ouvem falar dela actuem para ajudar os nossos irmãos e irmãs no Oriente Médio, e para que, ao fazê-lo, recebam a graça de ser corajosos na defesa da liberdade religiosa em nosso país também.

Oremos pelos perseguidos e pelos seus perseguidores e demos testemunho da nossa fé, não importa o quanto isso possa nos custar: mesmo que nos leve à cruz de Jesus Cristo! Que o aflito seja consolado pela graça de Deus e pela esperança do céu.

Demitir os profissionais de saúde que se recusam a colaborar com o aborto é um perigoso divisor de águas na Europa

Polónia, Escócia, Suécia são afectadas pela violação dos direitos humanos de consciência


Roma, 31 de Julho de 2014 (Zenit.org)


Roger Kiska, da Aliança em Defesa da Liberdade

O Dr. Bogdan Chazan, profissional reconhecido em toda a Polónia pela sua perícia médica, foi recentemente multado e demitido do cargo de director do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Sagrada Família, em Varsóvia, capital do país, por se recusar a realizar o aborto de uma criança com diagnóstico de lesão cerebral potencialmente grave.

Chazan, que também é professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Varsóvia e ex-consultor nacional em obstetrícia e ginecologia, é um católico devoto que acredita que o aborto é o assassinato intencional de um ser humano inocente.

O histórico profissional do Dr. Chazan é irrepreensível. Ele conquistou seu primeiro diploma de médico há 40 anos. Desde 1998, actuou como chefe do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia de um dos mais importantes hospitais de toda a Polónia. Apesar do impressionante currículo do médico, a prefeita de Varsóvia, Hanna Gronkiewicz-Waltz, exigiu que o seu contrato com o hospital fosse rescindido porque ele se recusou a realizar o procedimento de dar fim à vida de uma criança.

O caso de Chazan vem à tona junto com dois outros casos europeus de destaque. O primeiro envolve duas enfermeiras escocesas, Concepta Ward e Mary Teresa Doogan. O outro caso é o da parteira sueca Ellinor Grimmark. As três profissionais foram demitidas por se recusarem a ajudar em abortos. Estes casos demarcam conjuntamente um preocupante divisor de águas na história da Europa e dos direitos humanos.

Após os horrores da Segunda Guerra Mundial, a Europa adoptou colectivamente a Convenção Europeia dos Direitos Humanos para lutar contra a tirania do Estado e garantir que os europeus desfrutassem de liberdade de religião e dos direitos de consciência. A jurisprudência internacional e a legislação sobre estas questões têm sido claras e firmes, com a grande maioria das nações europeias permitindo a objecção de consciência baseada em crenças morais e religiosas sinceras.

A Polónia terá a oportunidade de determinar se os direitos humanos de Chazan serão respeitados ou injustamente usurpados em favor de uma ideologia radical que apregoa a destruição da vida. O Estado de Direito afirma que ninguém deve ser forçado a ir contra a sua consciência ou a escolher entre o seu trabalho e as suas crenças religiosas sinceras. Este direito humano básico deve ser sempre reafirmado. Mas está em sério perigo.

Santo Inácio de Loyola

Inácio de Loyola foi um profundo conhecedor da Palavra anunciando-a com sua vida e com suas obras.


Horizonte, 31 de Julho de 2014 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros


Iñigo Lopez nasceu no dia 31 de Maio de 1491 na localidade de Loyola, município de Azpeitia na Espanha. Filha de uma nobre e rica família cristã, ele era o mais novo dos treze filhos do casal que o educou com uma austera e sólida formação cristã. Perdeu a mãe logo cedo e aos dezasseis anos perdeu também seu pai. No ano de 1506, Inácio tornou-se o serviçal de seu familiar João Velásquez de Cuellar, tesoureiro do reino de Castela, onde viveu até o ano 1517.

Em 1516, com a morte de seu familiar, colocou-se a serviço do vice-rei de Navarra, assumindo a função de militar. Em 1521 na Batalha de Pamplona foi gravemente ferido e passou alguns meses inválido, período no qual se dedicou a leitura sobre a vida dos santos e conteúdos espirituais. Após sua recuperação, em 1522, decidiu com fervor seguir a vida religiosa e foi ao Santuário de Nossa Senhora de Montserrat onde depôs sua espada e rompeu com as regalias do mundo. Dirigiu-se para o mosteiro de Manresa na Catalunha onde se hospedou e viveu como mendigo retirando-se para uma caverna e levando uma vida de penitência e profunda oração. Neste período desenvolveu os escritos de sua obra “Exercícios Espirituais”, que se tornou um instrumento muito eficaz de evangelização na Igreja.

Com o desejo de ir à Jerusalém, em 1523 rumou para Barcelona e em seguida para Paris para adquirir o passaporte. Chegando em Jerusalém foi acolhido pelos franciscanos. Em seguida retornou à Barcelona em 1524 para estudar o latim. Foi preso pela inquisição e ficou proibido de pregar e concluir os estudos. Libertado pelo Arcebispo de Toledo foi para Paris em 1528 para concluir a faculdade de Filosofia. Junto com mais seis companheiros, no dia 15 de Agosto de 1534, reunidos na Capela de Saint-Denis, Inácio fundou a Companhia de Jesus. Dedicados à caridade e ao ensino da sã doutrina católica a Ordem foi aprovada em 1537, pelo Papa Paulo III.

Fundaram vários colégios, casas e províncias, expandindo-se por toda a América e Oriente. Muito fragilizado em sua saúde, Inácio faleceu no dia 31 de Julho de 1556, em Roma e foi canonizado a 12 de Março de 1622 pelo Papa Gregório XV.

A Líbia é agora uma "selva" onde guerreiam "inúmeros grupos"

Enquanto um incêndio próximo ao aeroporto de Trípoli levanta temores de um desastre ambiental, já existem várias embaixadas fechadas e milhares de refugiados


Roma, 30 de Julho de 2014 (Zenit.org)


A imagem de uma densa e negra nuvem de fumaça saindo de uma bola de fogo no aeroporto de Trípoli e que se espalha sobre toda a cidade, dá uma boa ideia da situação de caos que reina neste momento na Líbia. Combates acontecem na capital, mas também em Benghazi, onde um avião militar caiu ontem. Fontes do País falam de milhares de líbios que já atravessaram a fronteira com a Tunísia para escapar de um conflito que parece sem fim. E depois há centenas de estrangeiros que abandonaram a Líbia, incluindo o Corpo Diplomático Inglês, Francês, Holandês, Alemão, canadense e americano.

Quem permanece no país é o Padre Amado Baranquel, missionário em Benghazi. "Há dois dias que estamos sendo bombardeados e temos confrontos – diz o sacerdote à Agência Misna -. Um avião militar caiu. Tornou-se cada vez mais perigoso movimentar-se. Vive-se com medo e no caos total. Aqui as enfermeiras filipinas decidiram ir embora e o fato de que todos os estrangeiros estejam planeando deixar a Líbia é um sinal muito ruim".

Desde o último sábado há uma ofensiva em Benghazi dos grupos armados compostas por militantes islâmicos, entre os quais Ansar al-Sharia contra uma base militar da unidade das Forças especiais do exército, perto do centro. "As pessoas estão escondidas dentro de casa e em algumas áreas não há electricidade", acrescenta o padre Amado Baranquel, falando de uma situação "insustentável" e "fora de controle", uma "verdadeira selva", na qual quem comanda são “vários grupos que ditam as leis".

Fora de controle é a situação também em Tripoli, onde não se apagam as chamas do incêndio nos dois enormes depósitos de combustível, perto do aeroporto, por semanas objecto de um conflito entre as milícias de Zintan e as de Misurata. Teme-se um desastre ambiental, porque a poucos quilómetros do incêndio há um mexi-gasómetro onde estão armazenados 90 milhões de litros de gás líquido. 

"O Papa realizou um gesto concreto de unidade"

O presidente da Renovação no Espírito, Salvatore Martinez, comentou a recente visita do Papa Francisco ao pastor Giovanni Traettino


Roma, 30 de Julho de 2014 (Zenit.org)


"Olhamos com alegria para os gestos do Papa Francisco como aquele do encontro com o amigo Traettino", disse o presidente italiano da Renovação no Espírito Santo (RNS), Salvatore Martinez.

"Ao irmão João Traettino nos liga uma velha amizade, concretizada com muitos gestos de unidade e de cooperação durante esses anos - disse Martinez -. Estamos felizes de que o Papa tenha querido homenagear a Comunidade Pentecostal de Caserta e o trabalho de reconciliação feito por João Traettino no meio de não poucos mal-entendidos".

O Presidente da RNS, chamou esta visita da última segunda-feira "uma visita de importância histórica, que desafia a relutância do protestantismo e do catolicismo mais conservador, cavando um sulco no caminho do diálogo ecuménico espiritual, no qual a renovação sempre participou e colaborou, na oração e no encontro com os irmãos cristãos".

"O gesto concreto do Papa Francisco nos encoraja a continuar este caminho, rumo a um verdadeiro cristianismo, profundo, não  intelectual, para além das diferenças que são do mesmo Espírito, que como um poliedro faz a diversidade e a unidade na diversidade", concluiu Martinez. 

Possível presença do Papa no Encontro Mundial das Famílias

A oitava edição do evento será realizada em Filadélfia, nos Estados Unidos, do 22 ao 27 de Setembro de 2015


Roma, 30 de Julho de 2014 (Zenit.org)


O Papa Francisco vai se reunir com as famílias, no dia dedicado a elas que será realizado na Filadélfia, nos Estados Unidos, em Setembro de 2015. Pe. Federico Lombardi o anunciou aos jornalistas no último dia 26 de Julho.

Na resposta do Padre Lombardi se lê que o Santo Padre recebeu "vários convites” na América e que, "como sempre", leva-os em "devida consideração". Portanto, "o Papa expressou a sua disponibilidade de participar do encontro das famílias”, porém, por agora, “não existe concretamente nenhum projecto ou programa de viagem relativo aos Estados Unidos ou México”.
 
"Deve-se ter presente – explicou por fim o director da Sala de Imprensa vaticana – que ainda falta um ano para o encontro de Filadélfia”.

O VIII Encontro Mundial das Famílias, organizado todos os anos pelo Conselho Pontifício para a Família, foi anunciado em Fevereiro de 2013 e acontecerá do 22 ao 27 Setembro de 2015.

Capitão Thiago Silva: sobrevivente do aborto e uma tatuagem evocativa

A mãe do capitão da selecção brasileira de futebol diz que tinha sido tentada a interromper a gravidez. Seu pai a dissuadiu: "Não cometa pecado"


Roma, 30 de Julho de 2014 (Zenit.org) Federico Cenci


As imagens mostram-no, enquanto abraçado à sua mulher, admira a beleza de Paris a bordo de um barco que navega no rio Sena. Aproveitando do serviço que a TV brasileira Globo está realizando sobre a sua biografia, o jogador Thiago Silva,  desfrutar de um momento de relaxamento na romântica cidade onde ele trabalha como defensor do time do Paris Saint Germain.

Um trabalho não como os outros, esse do jogador futebol em determinados níveis; um trabalho que lhe dá a abundância de lucros e reputação. Privilégios que podem desgastar aqueles que os possuem. Este é o caso de muitos atletas que, atraídos pelo encanto da fama que os precede, acabam correndo sim, mas fora do campo de jogo, atrás dos fetiches do star system.

Thiago Silva, por outro lado, corre e sua apenas dentro do rectângulo verde atrás da bola e dos atacantes adversários. Na vida prefere ir devagar, pensar antes de falar e tomar uma atitude sóbria e digna diante das câmaras. Isto foi visto no último dia 9 de Julho, quando, no estádio de elo Horizonte, consumou-se a pior derrota na história da selecção brasileira. Uma derrota de 7-1 contra a Alemanha, que ficará como uma marca indelével, impressa na pele dos torcedores e dos jogadores brasileiros durante toda a vida.

O capitão da equipa verde amarelo, Thiago Silva, teve que assistir das arquibancadas a hecatombe futebolística dos seus companheiros. A TV de todo o mundo o imortalizou enquanto, com olhar contrito, levava as mãos à cabeça. No final do jogo, em seguida, desceu ao campo, abraçou seus companheiros ainda marcados pela humilhação e, juntamente com eles, levantou os braços para os seus torcedores, em um gesto de desculpas. Gesto que depois repetiu na frente dos microfones dos jornalistas.

Afinal, de uma derrota, por pior que seja, sempre é possível sair. Uma lição que Thiago Silva aprendeu ao longo de sua vida, forjada no contexto duro e perigoso de uma das piores favelas do Rio de Janeiro, Santa Cruz. É aqui que a estrela brasileira teve que lutar para crescer e chegar onde chegou hoje, evitando a tentação de anestesiar a pobreza e a segregação com recurso “fácil” do crime.

Com a luta, Thiago Silva teve muito trabalho pela frente aos 14 anos, quando, por uma tuberculose quase morreu. Mas, antes disso, conheceu a luta sem estar consciente ainda. Trata-se da luta que teve de travar a sua mãe, Angela, exactamente trinta anos atrás, pressionada por uma vida que estava crescendo em seu ventre e pelo desejo insano de interromper aquele maravilhoso processo vital.

A mesma Angela fala daqueles momentos durante o especial de Thiago Silva que foi ao ar na Globo. "Pai, eu não queria fazer um aborto, mas não tenho condições de ter uma criança”, disse desesperada ao seu pai, com lágrimas que quebravam as palavras e colocava em risco o futuro avô da estrela brasileira. O homem ouviu a sua filha, tentando dissuadi-la com cuidado e firmeza ao mesmo tempo. "Ele me impediu – explica hoje a mulher -, me disse que eu não poderia cometer um pecado". Aquele conceito, que alguém hoje - na cultura dominante - diluiria com gotas de falsa piedade, lentamente penetrou no coração de Angela abrindo-o ao amor de nova vida.

Foi assim que convenceu-se a levar adiante a gravidez, até aquele 22 de Setembro de 1984, dia em que Thiago Silva veio à luz. Entre a lama de uma família favelada não teria garantido uma existência fácil, mas feliz sim, graças ao amor por um filho que chegou de repente, e, no final, aceito como um presente. Um dom vindo do alto, como o mesmo Thiago Silva sabe em seu coração. E isso está escrito bem na sua pele com uma tatuagem que diz: "Eu não possuo o mundo, mas sou o filho do dono." 

O sacerdote do século XXI: um homem "criativo" e próximo das pessoas

Durante o encontro com o clero da diocese de Caserta, sábado passado, o Papa Francisco recomenda aos sacerdotes manter um bom relacionamento com o seu bispo


Roma, 30 de Julho de 2014 (Zenit.org) Luca Marcolivio


Com uma boa dose de senso de humor o Papa Francisco exortou no encontro do sábado passado (26), com o clero da Diocese de Caserta, que aconteceu na Capela Palatina dela Reggia.

Após o discurso de boas vindas do bispo de Caserta, monsenhor Giovanni D'Alise, o Santo Padre brincou sobre a extensão da visita em dois dias (domingo e segunda-feira).

"Estou feliz e me sinto um pouco culpado de ter causado tantos problemas no dia da festa do padroeiro", disse ele, observando que preferiu adiar para a segunda-feira o encontro com o pastor Giovanni Traettino, para não coincidir, por razões de oportunidade, com a festa da padroeira Santa Ana.

"E imediatamente pensei: No dia seguinte, estará nos jornais: na festa da padroeira de Caserta o Papa foi com os protestantes. Bonito título, hein?", Brincou o Papa.

Respondendo a uma pergunta do vigário-geral, monsenhor Antonio Pasquarello, sobre alguns conflitos territoriais e burocráticos encontrados na diocese de Caserta, o Santo Padre recordou que é "feio quando os bispos brigam um contra o outro, ou fazem lobby”: dessa maneira “se rompe a unidade da Igreja”.

Lembrou depois os primeiros Concílios, quando muitos bispos "chegavam até mesmo aos socos" e acrescentou: "Eu prefiro que se gritem quatro coisas daquelas bem fortes e que depois se abracem e não que se falem secretamente um contra o outro”.

É justo que os bispos estejam de acordo entre si, explicou o Santo Padre, enquanto “na unidade”, não na uniformidade. Cada um tem o seu carisma, cada um o seu modo de pensar, de ver as coisas: esta variedade, às vezes, é fruto de erros, mas muitas vezes é fruto do mesmo Espírito”.

Perguntado por um pároco sobre a possibilidade de uma “pastoral que sem sufocar a piedade popular, possa relançar a primazia do Evangelho", o Papa citou a Evangelii Nuntiandi, de Paulo VI, que lembrava como então a piedade popular tenha que ser, em certo sentido, "evangelizada", de modo a evitar o risco de que ela possa “não ter uma expressão de fé forte”.

Falando dos apostolados da juventude, em particular com base em sua experiência na diocese de Buenos Aires, Bergoglio afirmou que nestas iniciativas há "algo de piedade popular".

Mesmo nos "santuários", acrescentou, é possível encontrar "pessoas simples, pecadoras, mas santas” das quais pode ver um “sentido evangélico": por trás das "misérias" narradas em um confessionário por estes fiéis, há sempre "a graça de Deus que os leva a este momento".

Em uma conversa posterior, Francisco destacou o dom da "criatividade" que tem sido de grande ajuda para muitos apóstolos do passado, começando com Pedro e Paulo, e que só é possível alcançar por meio da oração.

A criatividade espiritual tem uma dimensão de "transcendência", tanto no que diz respeito a Deus do que ao próximo. "Não devemos ser uma Igreja fechada em si, que olha para o próprio umbigo, uma Igreja auto-referencial, que olha para si mesma e não é capaz de transcender", reiterou o Santo Padre.

Fazer apostolado significa lidar com o "diálogo", que, no entanto, exige que não se renuncie nunca à própria "identidade", que, porém, não deve ser confundida com o "proselitismo", que é uma "armadilha". A Igreja, de fato, como já havia dito Bento XVI, "não cresce por proselitismo, mas por atracção". E a atracção reside precisamente na "empatia humana, que é guiada pelo Espírito Santo."

O sacerdote do século XXI, então, será principalmente um "homem de criatividade", que, através da oração, "se aproxima das pessoas".

Na última pergunta, o Papa Francisco recomendou que os sacerdotes diocesanos sejam capazes de tecer uma relação alegre, construtiva, franca e segundo os preceitos da obediência com o próprio bispo, para além das possíveis divergências de carácter.

Também nestas dinâmicas, o "maior inimigo" são "as fofocas" que, muitas vezes, de acordo com o Papa são o "resultado de uma vida de celibato vivida como esterilidade, não como fecundidade".

A amargura e a raiva podem marcar também a vida dos sacerdotes, no entanto, deve sempre prevalecer neles a "dupla fidelidade" e a "dupla transcendência" da ligação com Deus e com os homens.

Gregório III Laham: "Os cristãos não querem deixar o Iraque"

O patriarca greco-melquita responde a proposta de asilo enviada pelo governo francês. Também acusa a Europa de ter contribuído por 50 anos para dividir cristãos e muçulmanos


Roma, 30 de Julho de 2014 (Zenit.org)


Gregório III Laham, Patriarca da Igreja Católica Greco-Melquita, remete a proposta do governo francês, que nos últimos dias através do ministro das Relações Exteriores Laurent Fabius disse que estava pronto para acolher os cristãos que fogem da perseguição do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

Os cristãos iraquianos "querem permanecer na terra deles", disse Gregório III Laham em entrevista à Tele Lumier. O patriarca não escondeu que há necessidade de "alguém para nos receber", mas ao mesmo tempo destacou a necessidade de "alguém que nos ajude a permanecer em nossa terra." O apelo dirigido à comunidade nacional foi: "Ajude-nos a combater o terrorismo e os grupos takfiristas e a colocar um fim nessa corrida armamentista que beneficia apenas a esses grupos."

Trata-se de "um esforço importante" mais concreto do que um mero dizer que “estamos perto" e mais digno do que "nos transformar em refugiados". O prelado ainda reiterou: "Queremos ficar em nossa terra e viver lado a lado com os nossos irmãos muçulmanos, apesar de todos os problemas".

Gregório III Laham também acusa a Europa de ter ajudado a desmembrar o Oriente Médio. "Tudo o que a Europa fez por 50 anos - denunciou - foi dividir os muçulmanos e os cristãos. Em vez disso, deve-se trabalhar para a unidade inter-árabe e inter-muçulmano e também entre cristãos e muçulmanos”.

Então, com uma mensagem dirigida aos fiéis do Iraque, disse: "Nós não somos os primeiros a serem oprimidos ou a sofrer por estes fatos. Milhares de mártires foram mortos e seu sangue ajudou a manter a presença dos cristãos e sua mensagem sobre a terra".

(Trad.:MEM)

Animação entre os jovens do "Stop'n Go"

O encontro de verão da Juventude para a Unidade do Movimento dos Focolares teve lugar este ano em Civita Castellana


Roma, 30 de Julho de 2014 (Zenit.org) Eloisa De Felice


Amável partilha, participação activa, ajuda mútua, mas também, sinceridade no diálogo que nasce do ouvir e do confronto pro-activo. O "modo" com que se vive faz a diferença! Assim, na tentativa de dar vida à regra "faça aos outros o que gostaria que fizessem a você", “começou o Stop'n Go" que foi o lema não declarado dos participantes.

Stop'n go é o nome. Em português, parar e começar de novo. Como definir? Poderia ser o "acampamento de verão", mas parece um pouco reducionista. De "verão", na verdade, o tempo, ou a terceira semana de Julho na Europa. Mas continuando no calor incrível em que ele veio à vida, a quarta edição acaba de terminar e já se fala do próximo ano. O que aconteceu de tão exuberante?

Uma semana de tempo. O local escolhido: Pian Paradiso, Civita Castellana. Setenta meninos e meninas com idades entre 14 e 20 anos decidiram parar, conforme o termo Stop no título, em seguida, começar de novo, ressurgir, reconstruir, resplandecer, ampliando o termo Go na segunda parte do nome . Tudo inspirado e derivado da ideia de amor e fraternidade universal proposta por Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares.

Para os adultos, de forma simplista, a chamada "sociedade". Alguns adicionam o adjectivo “complexo”. Alguns negativamente a julgam "amoral e degenerada”. Não que os jovens não sintam a dinâmica em sua própria pele, sofrendo por sua distorção.

Mas querendo dizer ‘chega de reclamar’ ou apenas fingir que nada aconteceu, os jovens decidiram arregaçar as mangas. Eles levaram ‘animação’ para um lar de idosos e para uma instituição para deficientes. E através de oficinas e jogos tentaram investigar questões sobre as dependências. E à procura de possíveis soluções, questionaram a necessidade de atenção que cada um sente, apesar de estar sempre ligado em nossa sociedade digital. Por fim, foram desafiados na preparação de refeições e na gestão dos locais que os acolheram e na criação de objectos a partir de materiais de descarte.

Uma verdadeira experiência de como as coisas podem ser melhores se você coloca todo o amor possível, além do compromisso, da responsabilidade e da consciência. E no momento de dizer adeus, todos estavam com lágrimas nos olhos ao pensar que, depois, não seria apenas um sonho, mas a vida real.

(Fonte: Mediapolitika/ Trad.: Zenit/MEM)