Na catequese de hoje, Papa Francisco aprofunda na fé no retorno de Cristo e no juízo final
Brasília,
“A fé no retorno de Cristo e no juízo final – disse Papa
Francisco na catequese dessa quarta-feira – não é assim tão clara e
forte no coração dos cristãos”. Portanto, para iluminar mais essa
verdade do nosso Credo o Papa reflectiu hoje em três textos evangélicos:
“o das dez virgens, o dos talentos e o do juízo final”.
Vigilância:
Fazendo uma leitura da primeira parábola, o Papa disse que a parábola
das dez virgens coloca-se no contexto do “tempo imediato” que estamos
vivendo, o tempo que está entre a primeira e a última vinda de Cristo.
“O Esposo é o Senhor, e o tempo de espera da sua chegada é o tempo que
Ele nos presenteia, a todos nós, com misericórdia e paciência, antes da
sua vinda final”, afirmou o Papa. Agora é o tempo de vigilância: de
manter acesas as lâmpadas da fé, da esperança e da caridade e “de ter
aberto o coração para o bem, para a beleza e para a verdade; tempo de
viver segundo Deus”. Temos que fazer de tudo para não dormirmos, porque
“a vida dos cristãos adormecidos é uma vida triste”.
Dons recebidos:
Tendo diante dos olhos a segunda parábola, a dos talentos, o
pontífice afirmou que agora estamos no tempo da acção, e não podemos
enterrar os nossos talentos, os nossos dons, como o fez o servo
preguiçoso da parábola. Enterrar o próprio dom, é “fechar-se em si
mesmo”, disse o Papa e “um cristão que se fecha em si mesmo, que esconde
tudo o que o Senhor lhe deu não é cristão!” Portanto, agora é o tempo
da espera, o tempo “da acção – nós estamos no tempo da acção -, o tempo de
frutificar os dons de Deus não para nós mesmos, mas para Ele, para a
Igreja, para os outros, o tempo de fazer sempre crescer o bem no mundo”,
comentou o Papa.
Vendo também que a Praça de São Pedro estava repleta de jovens,
lançou-lhes este questionamento: “A vocês, que estão no início do
caminho da vida, pergunto: pensaram nos talentos que Deus lhes deu?
Pensaram em como colocá-los ao serviço dos outros? Não enterrem os
talentos!”. “Apostem em grandes ideais” -exortou o Papa, porque “A vida
não nos foi dada para a conservarmos cuidadosamente para nós mesmos, mas
nos foi dada para que a entreguemos"
Juízo final:
Por fim, trazendo à tona a passagem narrada em Mt 25, do grande juízo
final, o pontífice, também recordou Jesus como estrangeiro, como os
estrangeiros que estão em Roma: “penso em tantos estrangeiros que estão
aqui na diocese de Roma: o que fazemos por eles?”. Porque a matéria do
juízo final será, o amor. “Isso nos diz que seremos julgados por Deus
sobre a caridade, sobre como o amamos nos nossos irmãos, especialmente
nos mais frágeis e necessitados”, sabendo que só a Graça de Deus que nos
salva, e que o único que nos é pedido é correspondermos a Ele.
Que olhar para o juízo final não seja motivo de medo, mas de viver
melhor o presente, pois "Deus nos oferece com misericórdia e paciência
este tempo para que aprendamos a reconhecê-lo a cada dia nos pobres e
nos pequenos, nos comprometamos pelo bem e sejamos vigilantes na oração e
no amor", disse ao final o Papa.
in
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