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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Escutou João Paulo II na Tanzânia e desertou do exército para ser missionário e sacerdote

P. David Alexander Kinabo
 

É sacerdote da Congregação dos Missionários do Sangue Precioso, fundada por São Gaspar do Búfalo, e vive em Itália.

Actualizado 24 de Abril de 2013

Aci


Quando o Beato João Paulo II visitou a Tanzânia nos anos 90 “eu estava fazendo o serviço militar obrigatório, escapei-me do campo e por uma pequena rádio escutei toda a sua mensagem e isso tocou-me”, relata o sacerdote africano, David Alexander Kinabo, que actualmente é missionário em Itália.

Desejo ser missionário
O Padre Kinabo natural da Tanzânia assinala que “apesar que não estava no seminário, tinha o desejo de converter-me em missionário e ser sacerdote e logo que o escutei (João Paulo II), enviei uma carta aos Missionários do Sangue Precioso, fundada por São Gaspar do Búfalo”.

Na quarta-feira 5 de Setembro de 1990 o Papa Wojtyla assinalou na Missa celebrada no Estádio Kilimanjaro em Moshi, Tanzânia que “vocês queridos irmãs e irmãos são a feliz colheita dos missionários – acrescentando posteriormente – poderiam inundar o mundo com a luz”.

O Papa peregrino enfatizou ao povo africano que “é o seu momento de converter-se em testemunhas de Cristo na Tanzânia, o continente africano e até aos confins da terra”. Estas palavras pronunciadas pelo beato, foram aquelas que levou a determinar ao Padre Kinabo, que nesse momento tinha 23 anos, a responder ao chamado à vocação religiosa.

Evangelizar na Europa
Apesar de a África ser o continente que por muitos anos foi evangelizado pelos europeus, agora sai ao encontro da Europa para proclamar a palavra de Deus e a re-Evangelizar. Para o Padre David, isto é como “aquele que investe o seu dinheiro numa campanha e depois retorna ao investidor em frutos”.

A feliz colheita dos missionários
Como bem dizia o Beato “são a feliz colheita dos missionários”. O sacerdote conta que há uns dias visitando Pompeia “uma primeira Missa a celebrou um africano, a segunda outro africano que falava em italiano e francês, provavelmente do Congo ou Ghana, e também estava eu. Maravilhei-me e comentámos: agora estamos todos aqui”.

Trabalho na Tanzânia e Itália
Desde que ingressou no seminário, o sacerdote estudou 10 anos na Tanzânia, logo foi enviado para Roma para a sua ordenação que foi efectuada pelo Arcebispo de Dar-es-Salaam (Tanzânia), Cardeal Polycarp Pengo. Posteriormente regressou à Tanzânia a servir por cinco anos e em Outubro de 2005 foi enviado novamente para Itália, país em que permanece desde há oito anos sendo “uma bela experiência, apesar da diferença cultural, acolheram-me bem. Até mudaram-me o nome já não me chamam Padre David, dizem-me Padre D”.

O Amor de Deus leva-te a evangelizar
O Padre Kinabo disse aos missionários de África que “não tenham medo de vir à Europa, primeiro de tudo é uma chamada de amor própria de Deus, às pessoas, ao povo, à Europa para evangelizar, este deve ser o nosso fundamento, o amor que empurra para evangelizar a mensagem que temos recebido, é o amor de Deus que te leva aos confins da terra".

"A palavra de Deus pode-se inserir em cada cultura, raça e nação, por isso é importante ser cristão, católico, levar essa mensagem de paz de alegria, ainda que algumas vezes pregamos segundo a nossa cultura, de maneira simples, ao modo de África. Há tantas pessoas que te agradecem quando fazes uma pregação, quando as pessoas se identificam, então se sentem bem e acolhem-te, às vezes canto no meu idioma swahili”.

Agora missionário em Itália

O Padre David respondeu ao chamado de Deus no seu coração, como assinala a congregação à qual pertence, “os missionários são chamados a lugares que significam um desafio para eles”.

Actualmente o Padre é capelão de uma pequena capela que pertence à Paróquia Preciosísima Sangre em San Roco, Bari, Itália.


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