Em menos de 24 horas foram sequestrados e libertados
Roma,
Os dois bispos ortodoxos, Bulos Yazigi e Yuhanna Ibrahim
foram sequestrados ontem e libertados hoje. Notícia divulgada pela
edição árabe de ZENIT, e confirmada posteriormente pelo L'Oeuvre d'Orient de Paris.
A notícia do sequestro foi dada pelo site Ora pro Síria.
Os dois bispos ortodoxos de Aleppo voltavam de uma cidade onde estavam
para uma missão humanitária. O carro foi interceptado. Um grupo de
homens armados, depois de matar o diácono que dirigia, sequestrou os
dois bispos.
Sobre o acontecido o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi,
declarou que “o sequestro dos dois Metropolitas de Aleppo,
respectivamente da Igreja Síria Ortodoxa, Mas Gregorios Ibrahim, e da
Grega Ortodoxa de Antioquia, Paul Yazigi, bem como a morte do motorista,
confirma a dramática situação em que vive a população da Síria e a
comunidade crista”.
Padre Lombardi disse que o Papa Francisco foi informado sobre o
gravíssimo fato “que se soma à violência crescente dos últimos dias e à
vasta emergência humanitária que atinge o país. Francisco acompanha os
eventos com muita participação e preces intensas pela saúde e a
libertação dos dois bispos sequestrados e para que, com o esforço de
todos, o povo sírio possa finalmente ver respostas eficazes ao drama
humanitário e o surgimento no horizonte de esperanças reais de paz e
reconciliação”.
Segundo declara a Radio Vaticana, padre George Abou Kazen,
administrador apostólico de Aleppo, os dois bispos sequestrados na Síria
cumpriam uma missão: libertar dois sacerdotes, também sequestrados há
alguns meses.
Em 15 de Fevereiro os sequestradores prometeram que iriam
libertá-los. As vítimas foram um padre do rito arménio católico e um
padre do rito bizantino grego ortodoxo. Ao que parece, os bispos
chegaram a um acordo e foram buscar os dois sacerdotes. Depois, alguma
coisa ainda desconhecida aconteceu.
Na entrevista concedida a Francesca Sabatinelli, padre Kazen afirmou
que o motorista do bispo sírio ortodoxo, que morreu, era cristão do rito
romano, católico. “Era um paroquiano nosso”.
Sobre uma provável solicitação de resgate, padre Kazen disse não
saber de nada e que “não precisa encorajar a violência dando armas para
as pessoas, mas buscar uma justa reconciliação, um diálogo entre todos.
Sabemos bem que precisamos das pessoas de fora, potências que não são
sírias. Estes encorajam a violência e a guerra. Que encorajem o diálogo!
E isso que precisamos. O diálogo, a reconciliação: essa é a via justa
para a paz”.
Depois, chegou a notícia da libertação. A situação continua grave, mas pelo menos os dois bispos estão vivos e livres.
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