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quarta-feira, 24 de abril de 2013

O premier húngaro assinala que «a crise financeira é o resultado de uma crise moral europeia»

Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria

E acrescenta: "Sem os valores cristãos, a Europa não recuperará o seu papel mundial, nem sequer no âmbito económico".

Actualizado 22 de Abril de 2013

ReL


O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, já está na Espanha para participar nas VII Jornadas Católicas e Vida Pública do País Basco, organizadas pela Acdp (Associação Católica de Propagandistas) e que terão lugar em Bilbau.

Na conferência de imprensa prévia, Orbán defendeu que "sem os valores cristãos, a Europa não recuperará o seu papel mundial, nem sequer no âmbito económico".

O dirigente do Fidesz húngaro (o partido de centro-direita que governa o país com maioria absoluta desde 2010) expressou que "o meu trabalho - que leva por título Razões para crer - vai centrar-se em que a crise que assola o nosso continente não é só uma crise financeira, mas sim o resultado da crise moral europeia. Mas esta crise também é um impulso para repensar a nova Europa", detalhou, segundo informa El Mundo.

Orbán denunciou que uma grande maioria da elite política acredita que o mundo "pode articular-se sem os mandamentos de Deus" e reivindicando o "papel primordial" do cristianismo na história e cultura do continente, algo que, no seu entender, se deixou erroneamente de lado na confecção da Constituição Europeia. "Resulta muito doloroso admitir que se tenha dado as costas a estas crenças e raízes", apontou.

Neste sentido, o dirigente sublinhou a importância dos "bens estruturais da sociedade" como "o respeito à família e à vida" ou "o valor do trabalho e das culturas nacionais", acompanhados de medidas como o preservar a especulação financeira.

"Na Europa está reinando um pensamento generalizado de liberalismo individualista, que propõem que os bens estruturais não existem como tal", assinalou.

A Hungria está no ponto de mira da Comissão Europeia pela sua recente reforma constitucional, que incorpora, entre outros assuntos, emendas baseadas nos valores cristãos como a ideia de que a base da família é o matrimónio heterossexual e o vínculo paternal. Como detalhou o primeiro-ministro, a análise do conteúdo destas emendas à Carta Magna, que incluem uma reforma do sistema judicial, todavia está em curso.

As jornadas, que começam esta segunda-feira com a conferência do dirigente magiar, celebrar-se-ão no Palácio Euskalduna da capital basca.


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