Resposta à sentença federal que permite que qualquer mulher compre a pílula nas farmácias
Roma,
A Conferência Episcopal dos Estados Unidos, através de
comunicado de imprensa, se manifestou sobre uma decisão judicial que
permite que qualquer mulher, mesmo sendo menor de idade, compre na
farmácia a chamada “pílula do dia seguinte”.
A sentença é do juiz federal Edward Korman, do Brooklyn, Nova
Iorque. No último 5 de Abril, ele decretou que a pílula do dia seguinte
deve ficar acessível para todas as mulheres, de qualquer idade e sem
receita médica. Korman pediu que a Agência de Medicamentos dos Estados
Unidos (FDA) acabe “com as restrições existentes tanto para a pílula
Plano B One Step quanto para as suas variações genéricas, nos próximos
trinta dias”.
Deirdre McQuade, porta-voz da Conferência dos Bispos Católicos dos
Estados Unidos e secretária para as actividades pró-vida, afirma que "o
tribunal agiu de maneira irresponsável ao deixar esta droga poderosa
disponível sem receita médica para menores de idade", além de destacar
que "a acção da corte compromete a capacidade dos pais de proteger as
filhas dos efeitos adversos da droga em si".
O comunicado recorda que "muitos estudos já demonstraram que aumentar
o acesso dos jovens à chamada anticoncepção de emergência não reduz as
gravidezes nem os abortos, contribuindo, antes, para aumentar os índices
de doenças de transmissão sexual. Nenhuma consideração de saúde pública
justifica a distribuição não regulada dessa pílula para menores". E
sentencia: "Esta decisão deve ser revogada".
A arquidiocese de Nova Iorque também se manifestou. Sean Fieler,
presidente da Comissão Pró-Vida local, declara: "É uma decisão trágica.
Ela tira dos pais os direitos legítimos de saber que tipo de atenção
médica e que medicamentos os filhos estão tomando. Como sociedade, nós
regulamos adequadamente as decisões que os menores podem tomar por sua
conta, e, por isso, um menor não pode tomar uma aspirina sem a
supervisão dos pais, nem colocar um piercing, nem, aqui em Nova Iorque,
frequentar um solarium! Esta medida é muito triste e simplesmente
errónea".
in
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