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quarta-feira, 10 de abril de 2013

No Iraque melhora a situação dos cristãos

O governo facilita o seu retorno, indicou o embaixador do Iraque junto à santa Sé


Roma,


O governo iraquiano está oferecendo facilidades para os cristãos que emigraram e querem voltar.

Foi o que disse hoje em Roma o embaixador do Iraque junto à Santa Sé, Habeeb Mohammed Hadi Ali Al-Hadi Sadr, em um café da manhã organizado pelo Centro de Estudos do Oriente Médio, da Fundação Espanhola Promoción Social de la Cultura (FPSC), que foi realizado no hotel NH Giustiniani.

Foi o presidente do Iraque que “instituiu um departamento dedicado aos cristãos”, disse, que propõe uma “série de facilidades financeiras para os cristãos voltarem ao país".

O embaixador precisou que tal departamento do governo deu um financiamento de 20 milhões, destinados a reconstruir e restaurar igrejas, instituições educativas e sanitárias “que o regime tinha nacionalizado e que agora foram restituídas aos cristãos”.

Talvez o mais importante, disse Al-Sadr, é que "a Constituição garante o direito de cidadania, de liberdade religiosa e de consciência".

Acrescentou que "o Ministério dos Direitos Humanos estabeleceu um departamento especial para as religiões e as etnias, para poder controlar a situação humanitária das minorias. Tal departamento deverá indicar quaisquer violações de seus direitos ".

Mas, do ponto de vista político, informou que “a nova lei eleitoral assegura aos cristãos cinco cadeiras parlamentares”.

O embaixador também disse que na vida diária os cristãos “podem formar parte de partidos e clubes, associações e organizações, mesmo de meios audiovisuais e de imprensa. Além do mais foi-lhes concedido o uso do idioma siríaco para expressar os seus projectos e as suas preocupações”.

Depois de lembrar que os cristãos foram testemunhas da “época amarga de Sadam que produziu a primeira onda de emigração” afirmou que eles “tinham acolhido o novo governo com a esperança de um futuro prometedor”.

Porém, admitiu que “os seguidores de Sadam – os Baathisti Saddamistas – propagaram o terror e a desordem social apontando nos cristãos”, para assim “capturar a atenção do Ocidente e envenenar a convivência pacífica entre cristãos e muçulmanos que desde sempre tinha caracterizado a sociedade iraquiana”.

Foi isso que “causou a segunda grande onda de emigração rumo a região do Kurdistão no Ocidente".

Por isso, considerou que "o novo Iraque tem de trabalhar para o desenvolvimento de uma identidade nacional, que sem retirar as particularidades próprias, religiosas e confessionais, consolide os diversos componentes, para que sejam ponto de partida para cimentar a unidade e acelerar o avanço da reconstrução.

Já foram dados passos importantes, disse o embaixador, “seguindo para a reconstrução o modelo democrático e de abertura”.

Isso do ponto de vista económico "resultou em um crescimento económico de 9 por cento, e intensificou o comércio com o Irão e a Turquia, que tem permitido facturar 16 milhões de dólares anualmente."

"E que o medo dos países vizinhos - concluiu Al-Sadr -  fosse superado, depois de mais de 20 anos de fechamento e de políticas agressivas do velho regime”.



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