Passou pela Casa do Clero e pagou a conta. Tem um programa intenso. O estilo do Papa definirá as medidas de segurança
Roma,
No sábado encontra os comunicadores, no domingo tem o Ângelus, na terça-feira é a missa de abertura do pontificado, e na
quarta-feira encontro ecuménico. Este é o programa para os próximos
dias. E seu nome de Papa “é Francisco e não Francisco I”.
São informações dadas hoje pelo director da Sala de Imprensa, padre
Federico Lombardi, na conferência de imprensa no Mediacenter, acompanhado
pelo porta-voz espanhol, mons. José María Gil Tamayo; e pelo porta-voz
de língua inglesa, padre Thomas Rosica.
Durante a apresentação de hoje, os jornalistas presentes no
Mediacenter, agradeceram o padre Lombardi e o aplaudiram pelo trabalho
que fez para facilitar o trabalho da média.
"Ficamos impressionados com a sua atitude e gestos que todos nós
vimos. Começamos com o fato de que tenha se apresentado como bispo de
Roma, com esse carinho peculiar que conquistou massivamente a praça de
São Pedro. Com essa aparição que os encheu de alegria”. E acrescentou:
“Eu não esperava, foram surpresas muito positivas”.
"Depois de ser eleito papa recebeu na Capela Sistina, a saudação dos
cardeais. Francisco recebeu a homenagem de pé e diante do altar e não
sentado."
Como viram, “cumprimentou do balcão de São Pedro, com a batina muito
simples sem a mozeta, e com a cruz que era a mesma de bispo. E as coisas
que fez e disse nem precisamos repetir”. A cruz do papa Francisco é de
prata oxidada, um metal relativamente comum na América Latina.
"Ter querido ao vigário de Roma do seu lado, foi um aspecto novo com
relação ao passado”, disse e acrescentou que “o fato de pedir a oração
do povo sobre ele foi outra característica. A bênção de Deus através da
oração do povo”.
Voltando para a basílica de Santa Marta de residência, preparou o
carro oficial era 001 e mudança SCV queria voltar para os outros
cardeais no ónibus, como tinha sido um cardeal. Após o jantar, que teve
lugar em uma atmosfera festiva, disse algumas palavras de agradecimento e
disse: "Que Deus te perdoe pelo que você fez".
"Mais tarde - continuou Lombardi - telefonou para o Papa emérito
Bento XVI, e não demorará muito para visitá-lo em Castel Gandolfo, mas
não o fará de modo iminente”, disse.
Sobre o dia de hoje, indicou que às 8h foi a Santa Maria Maior para
homenagear Nossa Senhora, acompanhado do arcipreste Abril y Castelló,
cardeal turolense, e foi acolhido pelo capítulo da Capela, os
confessores, e aqueles que trabalham lá.
"Depôs o ramalhete aos pés do altar, ficou rezando e um pouco sentado
também. Passou pela parte inferior do altar de onde segundo a tradição,
está o nascimento de Jesus. E orou no altar em que Santo Inácio
celebrou a sua primeira missa de Natal. Um lugar significativo para os
jesuítas”, disse. Parou ali diante da tumba de São Pio V. No espaço da
basílica cumprimentou os leigos e pessoas presentes".
“Voltou para o Vaticano - lembrou o porta-voz que estava lá presente -
em um dos carros da Gendarmeria, ou seja, de modo bastante simples.
Passou pela casa do clero na rua da Scroffa, onde morava antes do
conclave. Pagou a conta, tanto até mesmo para dar exemplo, e foi para
Santa Marta”.
A missa de hoje na Capela Sistina, será em latim com as leituras em
italiano, veremos se faz a homilia em italiano, também ser espontânea, e
provavelmente não teremos antes um texto na mão. “Poderemos encontrar
elementos muito importantes na mesma”, indicou Gil Tamayo.
"Nesta tarde, depois da missa na Capela Sistina, irá para os
apartamentos pontifícios no Palácio Apostólico e tirará os selos, de
modo que possam começar os trabalhos de reforma que serão bem rápidos. E
o papa ficará por enquanto na Santa Marta”.
Amanhã sexta-feira 15 na Sala Clementina, o Papa cumprimenta todos os
cardeais, não apenas os eleitores. É uma reunião familiar em que cada
um cumprimenta o santo padre num ambiente mais simples.
No sábado, na Sala Paulo VI, o Santo Padre encontra os jornalistas,
sem maior credenciamento que um documento da imprensa e podem convidar
também os operadores da comunicação que desejarem.
No domingo será a primeira oração do Ângelus da famosa janela que dá
para a praça de São Pedro. E na terça-feira, 19, festividade de São José
– esperando que o tempo seja bom – a missa será na praça. Não haverão
ingressos, o acesso é livre e cada um chega até onde conseguir ir, foi o
que disseram.
Na quarta-feira, 20, pelo contrário, não terá audiência geral, ainda
que dará audiência aos ‘delegados fraternos’ ou seja das igrejas
cristãs, ainda que poderá se estendido aos representantes de outros
credos.
"Sobre as medidas de segurança, como conciliá-las com o novo papa,
serão definidas por Francisco de acordo com a sua linha pastoral. E
chegou um novo estilo, como já vimos”, indicou o porta-voz em espanhol.
Sobre o fato de que o estilo de Francisco seja mais parecido ao de
João XXIII que ao de Bento XVI, o padre Lombardi, pediu para esperar um
pouco mais, para dar um juízo mais acertado. Ainda que seja claro que
Bento morou mais num ambiente académico e universitário, enquanto que
Francisco numa diocese populosa com muito trabalho pastoral.
"Nós jesuítas não estamos acostumados à ideia de um papa, porque pela
nossa espiritualidade estamos mais ao serviço no fronte do que na
direcção da Igreja – disse Lombardi – e vivo-o como um trabalho de
serviço, de missão, muito particular que nenhum jesuíta nunca teve”.
Sobre a saúde do Papa disse que há uns 40 anos teve uma doença na
qual perdeu uma parte de um pulmão, mas isto foi totalmente curado.
in
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