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terça-feira, 5 de março de 2013

Começam as Congregações gerais: os cardeais mais anciãos têm um papel nelas

Os não eleitores orientam

Actualizado 4 de Março de 2013

Radio Vaticano/ReL

No contexto de a Sé Vacante, teve lugar na manhã desta segunda-feira às 9:30 na sala do Sínodo da Aula Paulo VI do Vaticano, a primeira Congregação geral do Colégio Cardinalício. A partir das 5:00 da tarde, a segunda Congregação.

Na passada quinta-feira às 8 da tarde, iniciou-se a “Sé Vacante” que indica o intervalo de tempo entre o final de governo da Igreja por um Papa e a eleição do seu sucessor. É um período especial que a Igreja vive na espera, que o Conclave eleja um novo Papa. Enquanto tanto o governo da Igreja se encomenda ao Colégio de Cardeais que seguem as disposições da Constituição Apostólica "Universi Dominici Gregis".

No cargo permanecem algumas figuras chave como:
  • o Camarlengo,
  • o penitenciário maior,
  • o cardeal vigário geral para a diocese de Roma,
  • o Cardeal Arcipreste da Basílica de São Pedro
  • e o vigário geral para a Cidade do Vaticano.
Mantém a direcção dos seus escritórios o Substituto da Secretaria de Estado, o Secretário para as Relações com os Estados, os secretários dos dicastérios da Cúria Romana, assim como todos os núncios apostólicos.



Depois da notificação do decano do Colégio de Cardeais, todos os cardeais vindos a Roma estão chamados a estar presentes nas Congregações ou reuniões de cardeais prévias ao Conclave. As há de dois tipos:
  • A Congregação Geral, que inclui também os cardeais não eleitores e que está presidida pelo cardeal Angelo Sodano, decano do Colégio de Cardeais. Nessas reuniões tomam-se uma série de decisões antes do Conclave e se reflecte acerca dos problemas e as necessidades da Igreja.
  • A Congregação particular: se reúnem o cardeal Camarlengo e três cardeais - um de cada ordem: bispos, presbíteros e diáconos - e tem a tarefa de ajudar nos assuntos ordinários de cada dia, especialmente durante as eleições.
Os cardeais de mais de 80 anos, que não são eleitores e não participam no Conclave, podem participar nestas congregações gerais, ajudando à reflexão sobre a Igreja e sobre o perfil do Papa que crêem que Deus está propondo.

Na sua mais recente Motu Proprio (Normas não nulas) Bento XVI concedeu ao Colégio de Cardeais, a capacidade de antecipar o início do conclave. Bento XVI estabelece que "nenhum cardeal eleitor pode ser excluído por nenhuma razão ou desculpa". Já no primeiro dia do Conclave pode-se votar e, sucessivamente, estão programadas duas votações pela manhã e outras duas pela tarde.

Depois de três dias sem resultado (quer dizer depois de 12 ou 13 escrutínios, no caso que se vote no primeiro dia), as votações serão suspensas durante um dia de reflexão e oração, e logo se procederá de novo a sete escrutínios mais.

Depois de 33 escrutínios proceder-se-á à eleição entre os dois cardeais mais votados. A eleição do novo Papa tem que contar com uma maioria qualificada de pelo menos dois terços dos votos dos cardeais "presentes e votantes".


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