Os Bispo católicos, que já em outras ocasiões denunciaram as
provocações e intimidações do rabino extremista, apelam às autoridades
israelitas
A Assembleia dos Bispos ordinários católicos da
Terra Santa recebeu “com surpresa” e imediatamente condenou as recentes
declarações anticristãs divulgadas pelo rabino Benzi Gopstein,
justamente nos dias em que se celebraram cinquenta anos da declaração
conciliar Nostra aetate, que abriu uma nova fase das relações entre
judeus e Igreja católica, informou a Agência Fides.
Nos dias passados, o rabino, conhecido por suas posições extremistas e líder do movimento Lehava, que se opõe aos matrimónios entre judeus e não-judeus, publicou em um site a proposta – publicada pela imprensa israelita – de proibir as festividades cristãs e expulsar os cristãos de Israel “antes que estes vampiros” – escreveu Gopstein – “bebam nosso sangue”.
Em seu pronunciamento, o rabino acusava os cristãos de querer fazer
proselitismo no Estado hebraico. Em declaração difundida pelos canais
oficiais do Patriarcado latino de Jerusalém, a Assembleia dos Bispos
ordinários católicos da Terra Santa condena firmemente as palavras
“irresponsáveis do Rabbi Gopstein”, definindo-as “um insulto ao próprio
diálogo” surgido depois do Concílio Vaticano II.
Os Bispo católicos, que já em outras ocasiões denunciaram as
provocações e intimidações do rabino extremista, apelam às autoridades
israelitas, frisando que afirmações semelhantes “representam uma
verdadeira ameaça para a convivência pacífica no país”, diante da qual é
preciso “adoptar medidas necessárias, nos interesse de todos os
cidadãos”. No passado, o rabino Gopstein justificou os ataques e
incêndios ateados em igrejas e mesquitas no Estado hebraico como
tentativas legítimas de purificar a terra de Israel de cultos de
idolatria.
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