Várias notícias têm vindo a ser veiculadas por jornais internacionais, referindo que o número de infanticídios tende a aumentar sobretudo naqueles países, onde se tem facilitado e fomentado a prática do aborto.
Le Monde, por exemplo, salientava há algum tempo, que os tribunais julgaram dezenas de casos anuais, mas que o ritmo parecia acelerar-se. Trata-se, em todos os casos, de mulheres “ignorantes, em situação de miséria no sentido social da palavra”, diz o jornal parisiense. A pena imposta é quase sempre meramente simbólica. E o jornalista conclui: “o desamparo material e moral que cada um destes casos traduz, merece reflexão. A propósito do aborto, falava-se dos fracassos da anti – conceção. E acerca de alguns destes infanticídios, melhor seria que se reconhecesse o fracasso do aborto”.
Fracasso do aborto, sim, mas antes de mais nada, fracasso da sociedade civil e, em última e primeira instância, fracasso do Estado.
Um Estado que, para a resolução dos problemas reais da sua população apenas admite, fomenta e promove uma cultura da morte é, sem dúvida um Estado fracassado! A atração pela morte é um dos sinais de decadência. E senão, vejamos: o que é que em Portugal se tem vindo a discutir?! Tem-se discutido o modo de combater o envelhecimento da população à semelhança da Alemanha que, além de outras medidas de proteção à família, coloca à disposição de cada mãe que dá à luz um filho, a importância de 25 000,00 euros? Claro que não!...Todos estamos saturados de ouvir e perceber quais são os objetivos destas medidas governativas, destas políticas ditas democráticas: está em causa nada menos do que a vida humana na sua fase de vida intra-uterina; visa-se a destruição violenta do filho inocente e indefeso nas entranhas da mãe; a destruição da mãe naquilo que ela tem de mais precioso enquanto pessoa e recetáculo sagrado do acolhimento à Vida e ao Amor...e a morte da mais maravilhosa cultura que é a cultura da vida!
Mas o Estado, o Governo é realmente incapaz de outras soluções?!
Não tem capacidade para promover os nascimentos facilitando a vida às mães incentivando as empresas no mesmo objetivo? Criando creches, infantários, escolas em vez de as fechar, promovendo assim o emprego e a qualidade de vida dos cidadãos?
Tem-se preocupado em fechar maternidades – maternidades para nascer! - E tem andado preocupado a seguir com as “tais clínicas” para matar?!
As famílias numerosas que, felizmente, ainda existem por aí, estão a ser beneficiárias de algumas condições especiais?!
Um estudo revelou há pouco tempo que os portugueses sorriem pouco. É verdade! Mas não será porque o país precisa de crianças? De crianças que são sempre uma fonte de alegria, de energia e de otimismo? Um sinal de saúde. De saúde física, psíquica e espiritual para os Pais, em primeiro lugar, e para a sociedade em geral?
Em lugar de tudo isto, discute-se o aborto. Qualquer dia discutir-se-á a eutanásia como se têm discutido outras coisas aberrantes, anti-naturais... Onde é que estamos e para onde nos querem encaminhar?!
Preocupam-se muito com a legislação civil. Penaliza?! Não penaliza?!...
E a Lei Natural, onde fica?! Esta, quer queiramos quer não, acaba sempre por ser aplicada... Uma sociedade que não respeita os Direitos Humanos é uma sociedade desumana, anti – natural! É-o de cada vez que nega a alguém o direito de nascer! “Uma sociedade, para ser à medida do Homem não pode pôr senão no seu fundamento o respeito e a defesa do pressuposto primordial sobre qualquer outro direito humano: o direito à vida” (Papa, S.João Paulo II).
Este direito à vida não depende do reconhecimento ou aceitação pelos pais, pela sociedade ou pelo Estado. O sujeito humano, desde o momento da sua conceção, é um valor infinito que merece um infinito respeito. É um valor incondicionado e último, a respeito do qual qualquer outro valor criado se converte em condicionado, penúltimo, instrumental. Concretamente, é o caso dos animais, que alguns, atualmente defendem com mais afinco e convicção que aos próprios humanos.
É impressionante, paradoxal, que os primeiros a defender os bebés – focas ou a indignar-se porque nos matadouros se empregam métodos bárbaros para matar as reses, defendam a legalização do aborto ou da eutanásia!
Após uma séria, responsável e ponderada reflexão, a atitude a tomar perante a Vida, é a de uma ascensão, uma ascese coletiva: dizendo ‘não’ à cultura da morte.
E porque somos conscientes e corajosos, não temos medo à vida: queremos transmiti-la, respeitá-la, melhorá-la, prolongá-la!
Sem medo à morte, amamos e defendemos a Vida!...porque a Vida é o maior Dom de Deus! O maior dom do Senhor da vida e da morte…
Dizemos ‘não’ ao aborto, dizendo ‘sim’ à Vida; dizendo ‘sim’ à dignidade da Mulher, à dignidade da Mãe!
Dizemos ‘não’ ao aborto, dizendo ‘sim’ à Vida; dizendo ‘sim’ à dignidade da Mulher, à dignidade da Mãe!
Maria Helena Marques
Prof.ª Ensino Secundário
Prof.ª Ensino Secundário
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