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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Francisco pode ser o primeiro Papa a visitar a “Grande Mesquita” de Roma

O Papa receberá no Vaticano uma delegação muçulmana que vai formalizar o convite. De acordo com o imã de Florença poderia acontecer no dia 27 de Janeiro. Bergoglio seria o primeiro Papa a visitar a Mesquita

    Papa Francisco


O Papa Francisco poderá, em breve, fazer uma visita à Grande Mesquita de Roma. Quarta-feira, 20 de Janeiro, afirma ANSA, antes da Audiência Geral, o Pontífice receberá no Vaticano uma delegação da mesquita de Roma que vai formalizar o convite para a visita, que já se preparara há meses.

Já no domingo passado, durante a visita do Papa à Sinagoga de Roma, o imã Yahya Pallavicini, vice-presidente da Coreis, desejou a vinda de Bergoglio na mesquita. “Espero que aconteça e trabalharei para isso”, disso à imprensa. Ele próprio, junto com Abdellah Redouane, director do Centro Islâmico Cultural da Itália, que lidera a mesquita de Roma, alguns embaixadores e uma representação do conselho de administração da “Grande Mesquita” farão o convite para a visita do Pontífice durante a Audiência Geral de amanhã.

Segundo o presidente da Ucoii (União das Comunidades Islâmicas da Itália), Izzedin Elzir, falando à TG2000, disse “a visita do Papa Francisco na Grande Mesquita de Roma poderia acontecer no dia 27 de Janeiro”. Essa, acrescentou o imã, quer “reforçar e enfatizar a importância do diálogo que há décadas se mantém com a Igreja Católica”.

E hoje, “mais do que nunca, é necessário destacar a importância desse diálogo”. “Sem dúvida a visita do Papa – continuou Elzir – ajudará o caminho de diálogo. Pude encontrar-me muitas vezes com o Papa Francisco, a sua humildade e proximidade nos toca positivamente desde a sua posse. Não por coincidência escolheu o nome de Francisco, que para nós representa a pobreza, mas também o grande diálogo com o mundo islâmico”.

Seria “um gesto importante”, comentou ainda Izzedin Elzir, que “mostra que as religiões dialogam, se encontram e visitam os seus respectivos lugares de oração. Quem usa o nome de Deus para matar o próprio irmão não tem nada a ver com a religião, mas por trás há só um interesse político e de poder”. “O Papa Francisco – concluiu – não e somente um bem para o mundo cristão, mas para toda a humanidade porque está lidando com questões importantes para crentes e não crentes”.

Francisco seria o primeiro Papa a visitar a Mesquita de Roma.


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