O Dia Mundial do Doente foi instituído pelo São João Paulo II em 1992 para a data de 11 de Fevereiro, dia de Nossa Senhora de Lourdes.
Obviamente que não é só neste dia que pensamos e ajudamos o doente ou idoso, pois todos os dias são bons e propícios para praticar essa obra de misericórdia corporal.
Só vivendo diariamente com o doente/idoso se sabe agradecer a Deus essa possibilidade de poder servir, ao mesmo tempo que se dá conta do valor que uma vida tem.
Seria um role de exemplos de carinho, afeto e disponibilidade ouvir contar as suas histórias de vida, já repetidas tantas vezes, mas que têm um sabor sempre novo. Faz lembrar a história do Principezinho que está sempre à espera dessa hora.
A semana passada uma amiga enfermeira contou-me um episódio, entre muitos, que se passou no centro de saúde onde trabalha: São vários os casos em que quando os doentes precisam de marcar uma consulta querem a enfermeira "que parece psicóloga". E isto porquê?
Porque ela "deixa falar", dá conta da necessidade que o doente precisa de referir mais coisas pessoais do que a simples situação clínica.
Há uns dias abdicou da sua hora de almoço porque uma doente necessitava desse tempo para resolver um problema importante. Ficou feliz porque teve oportunidade de ajudar alguém que, naquele momento era prioritário ouvir. Referia-me que é principalmente nestas situações que na área da saúde e não só, porque todos nós vivemos em sociedade, devemos estar muito atentas ao atendimento de cada pessoa, sem pressas e que basta olhar simplesmente para o "olhar" de cada um para saber o que se passa.
Dá gosto ouvir estas "histórias" verdadeiras que nos ensinam como podemos aliviar, nem que seja só um bocadinho, a pessoa que está ao nosso lado.
Adelaide Figuinha
Professora
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