No dia 13 de maio de 2017, Francisco celebrará em Fátima o
centenário das aparições. O processo diocesano para a beatificação de
Lúcia deve ser concluído este ano
O processo diocesano para a beatificação da Irmã Lúcia de Jesus, uma
das três videntes das aparições da Virgem Maria em Fátima, deve ser
concluído ainda este ano, foi o que disse a vice-postuladora da causa,
Irmã Ângela Coelho, à assessoria de imprensa do Santuário de Fátima, no
âmbito de uma entrevista concedida semana passada.
O processo destinado à beatificação da Irmã Lúcia, que morreu no dia
13 de Fevereiro de 2005, no convento carmelita da cidade Portuguesa de
Coimbra, ainda está na fase diocesana.
Irmã Ângela Coelho disse que há uma grande expectativa sobre o
processo de canonização de Francisco e Jacinta Marto, que foram
beatificados no dia 13 de Maio de 2000 por João Paulo II, porque existe a
esperança de que possa ter finalizado para o centenário das aparições,
que será celebrado em Fátima com a presença do Papa Francisco.
A vice-postuladora do processo da Irmã Lúcia esclareceu o facto: “Não
tenho certezas, mas estamos trabalhando nisso, sem deixar de reconhecer a
complexidade da história de vida de Lúcia”.
Acrescentou que o processo da Irmã Lúcia acabaria este ano e depois
seria traduzido ao italiano para ser apresentado à Congregação para as
Causas dos Santos.
A religiosa indicou que além da análise da correspondência de Lúcia,
“também estão sendo interrogadas as testemunhas do processo, as pessoas
que ela conhecia e com quem convivia”.
“Há mais de 70.000 cartas recebidas e respondidas pela Irmã Lúcia
desde a década de 80, de todas as partes do mundo e das mais variadas
origens, de cidadãos anónimos à papas, cardeais, embaixadores e outros”,
disse.
Irmã Ângela Coelho disse que “trata-se de um processo complexo no
qual viveu: duas guerras mundiais; a guerra civil espanhola, a ascensão e
queda da União Soviética e pelas preocupações que tinha”.
Na realidade, ‘a Senhora vestida de branco, com uma luza mais
brilhante do que o sol, durante as aparições, começadas no dia 13 de
maio de 1917, permitiu-lhes ter uma visão do inferno, convidou-lhes à
devoção ao Coração Imaculado de Maria, e disse-lhes quando o Zar Nicolas
II Romanov estava no poder: “Rússia irá expandir os seus erros pelo
mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão
perseguidos, o Santo Padre terá que sofrer muito, várias nações serão
destruídas”. Previu também o fim da Primeira guerra mundial e o começo
do segundo conflito mundial, e prometeu que a “Rússia se converterá e,
finalmente, o meu Imaculado Coração triunfará”. Além da terceira parte
do segredo de Fátima, atribuído ao atentado que sofreu São João Paulo II
por mãos de Ali Agca.
“Eu acho que na sua cela – acrescentou o vice-postulador – esta –
esta religiosa carregava a dor do mundo do século XX”, assim que, “toda a
atenção que dispensamos e a seriedade e consideração com que fazemos
este trabalho são fundamentais”. E acrescentou: “O tempo que estamos
usando para realizar o processo beneficia Lúcia, mas também a Mensagem
de Fátima”.
Irmã Ângela Coelho esclareceu que “neste processo estão trabalhando
15 teólogos de várias nacionalidades, que se dedicaram de corpo e alma a
este trabalho de estudo”. Além do mais procuraram “superar alguns
obstáculos com a finalidade de facilitar o trabalho de Roma”.
“Sempre tivemos cuidado – concluiu – sobre a necessidade de uma
declaração inequívoca: é um santo e a igreja tem que dar-se conta disso e
deve ter esta certeza ao beatificá-la”.
in
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