Lisboa, 20 jan 2016 (Ecclesia) - O autoproclamado ‘Estado Islâmico’
destruiu o mais antigo mosteiro cristão do Iraque, em Mossul, construído
há cerca de 14 séculos, segundo notícia avançada pela agência
Associated Press.
O mosteiro de Santo Elias, que já tinha perdido grande parte do teto,
ficou sem paredes, provavelmente com a utilização de bulldozers e
explosivos.
Em declarações à AP, após visualizar as imagens de satélite que
demonstravam a destruição, o padre Paul Thabit Habib, disse ser
impossível descrever a sua “tristeza”.
“A nossa história cristã em Mossul está a ser barbaramente arrasada.
Vemo-lo como uma tentativa de nos expulsarem do Iraque, eliminando e
acabando com a nossa existência nesta terra”, acrescentou.
A comunidade católica no Iraque inclui a Igreja caldeia, que reza na
mesma língua que Jesus falava, o aramaico, e sobrevive há 2 mil anos sem
nunca ter tido um rei ou um império cristão no território.
Estes cristãos viviam no país antes de Maomé e representam umas das
mais antigas comunidades do Oriente, remontando ao século II.
A chamada Igreja Assíria do Oriente, obteve a autonomia no concílio de
Markbata, em 492, com a possibilidade de eleger um Patriarca com o
título de "Católico".
Em 1830 o Papa Pio VIII nomeou o "Patriarca da Babilónia dos Caldeus"
como chefe de todos os católicos caldeus; a sede deste patriarcado era
Mossul, no norte do Iraque, e seria transferida para Bagdade em 1950,
após a II Guerra Mundial.
O rito caldeu é um dos 5 principais ritos do cristianismo oriental.
OC
in
Sem comentários:
Enviar um comentário